O senhor  presidente

O senhor presidente Miguel Ángel Asturias




Resenhas - O Senhor Presidente


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Taly 21/04/2024

Leitura intensa
Que livro difícil, é impressionante a capacidade de Miguel nos colocar na cena dramática e intensa dessa história de amor carregada de autoritarismo político.
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Consuelo 13/03/2024

Podres poderes
A servidão voluntária dos povos latinos americanos ?que sempre precisarão de ridículos tiranos (?)?. Genial que O Senhor Presidente não tenha nome próprio, é a figuração do poder. Não há similaridade nas histórias, mas a relação do povo com presidente me lembrou bastante de ?O outono do patriarca.?
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Marcus 30/09/2023

República de Bananas
Uma típica república de bananas, comandado por um típico general de república de bananas. Em volta disso, uma história que juntas diversos personagens numa trama policialesca e amorosa. O melhor da obra é o texto espetacular do premiado escritor guatemalteco.
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Vinder 27/09/2022

Um clássico da literatura latino-americana. Diante da próximas eleições presidenciais no Brasil, « Senhor Presidente » fica ainda mais « real e atual ». Vote pela democracia, sempre.
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dani ð 17/09/2022

sobre a América Latina, a qlqr momento, em qlqr lugar
um livro sensacional que retrata perfeitamente os mecanismos de poder, de produção de ""verdade"" e de controle sociais colocados em ação nas ditadura latino-americanas, nas quais importa pouco a lei e muito mais a sua proximidade com o poder (o presidente)

o fim do personagem principal Miguel é simbólico: em um regime ditatorial personalista é inconcebível que os agentes do poder amem e sejam leais a alguém mais do que a seu líder. o amor é perigoso. e sua utilidade é resumida em cumprir ordens sem questionar e sua habilidade em agradar.

um livro com relatos cruelmente verdadeiros. e, mais do nunca, extremamente necessários.
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mayara.marinheiromartinelli 27/02/2022

Bom livro, representa muito o funcionamento das ditaduras militares na América Latina! É um retrato cru e ao mesmo tempo poético da realidade
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Janaina Edwiges 02/01/2022

"Um inocente de mal com o governo está pior do que se fosse culpado"
O Senhor Presidente, do escritor guatemalteco Miguel Ángel Asturias, foi inspirado no governo do ditador Manuel José Estrada Cabrera, presidente da Guatemala no período de 1898 e 1920, que marcou a infância e adolescência do escritor.

Tendo como ponto de partida o assassinato de um militar próximo ao presidente, o livro reconstrói o funcionamento de uma sociedade totalmente subjugada ao autoritarismo. A história é permeada de prisões e eliminações de opositores políticos, abusos de autoridades, violência, confissões admitidas por meio de torturas, acusações e denúncias injustas, espionagens, emboscadas e corrupção, além de expor as desigualdades sociais criadas e perpetuadas neste sistema.

Uma cena do livro me chamou muita atenção, sobre um fuzilamento, em que uma das personagens questiona como aquilo poderia acontecer, como poderia ser feito “por pessoas com ?a mesma cor de pele, com o mesmo sotaque da voz, a mesma maneira de ver, de ouvir, de deitar, de levantar, de amar, de lavar o rosto, de comer, de rir, de andar, com as mesmas crenças e as mesmas dúvidas”? da vítima. Essa observação me fez refletir sobre as pessoas aparentemente comuns, que são capazes de empreender ações tão cruéis e violentas nos regimes autoritários.

Um pequeno detalhe: o Auditor de Guerra, responsável pela condução de tantas atrocidades, também toca harmônio na igreja. A “?bondade e amor ao próximo?” dos cristãos é algo que nos impressiona tanto não é mesmo?

Recomendo bastante a leitura deste livro, especialmente porque a narrativa é tão próxima do Brasil e de outros países latino-americanos, que têm histórias tristemente marcadas pela presença de ditaduras.
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Letícia 03/07/2021

Vencedor do Nobel de Literatura de 1967, Miguel Ángel Asturias foi um dos precursores do boom da literatura latino-americana na segunda metade do século passado. Escrito entre os anos 1920 e 1930, O Senhor Presidente inaugurou o chamado “romance de ditador”, sendo seguido por obras como O Recurso do Método, de Alejo Carpentier, O Outono do Patriarca, de Gabriel García Márquez, e Eu, o Supremo, de Augusto Roa Bastos.

Autoexilado na França, Asturias denuncia, em O Senhor Presidente, a ditadura de Manuel Estrada Cabrera na Guatemala, sob a qual viveu durante toda a infância e parte da juventude. Estrada Cabrera foi sucedido por outro regime totalitário, de Jorge Ubico, e a censura impossibilitou que o livro viesse a público até 1946, quando foi publicado no México.

O romance tem início com o assassinato do coronel José Parrales Sonriente. Sua morte ocorre pelas mãos de uma figura inusitada, mas é instrumentalizada pelo Senhor Presidente para perseguir opositores e antigos aliados. Com o intuito de incriminar seus desafetos e abafar movimentações revolucionárias, o tirano requisita os serviços de Miguel Cara de Anjo, seu assessor favorito. O que ele não esperava era que seu homem de confiança, “belo e mau como Satã”, fosse se apaixonar pela filha de um dos seus inimigos.

O livro tem muitas cenas gráficas de tortura e violência, o que tornam a leitura pesada e às vezes difícil de avançar. A isso se junta uma escrita poética, marcada pela polifonia e pelo uso de onomatopeias, aliterações e neologismos, o que tira muitos leitores, eu inclusa, da zona de conforto. Em alguns trechos, ler em voz alta fez toda a diferença.

Por conta disso, demorei a me engajar na leitura, que me prendeu mais do meio para o final, quando fui pega pela curiosidade em saber o destino dos personagens frente a tantas atrocidades.

“Não há esperança de liberdade, amigos; estamos condenados a suportar isso até que Deus queira. Os cidadãos que ansiavam pelo bem da pátria estão longe; uns pedem esmolas em casa alheia, outros apodrecem a terra em vala comum”.

Preparem o coração e o estômago.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/
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Lia 05/06/2021

Um livro que nos apresenta o retrato de uma ditadura, onde descreve a corrupção, a violência, o poder ilimitado do Sr. Presidente (ditador) e as mentiras e perseguições aos "inimigos" do país.

Um livro que relata as condições desumanas na qual os presos políticos eram submetidos.
O fim de muitos foi a tortura e a morte.

Uma obra não real, mas tão real que nos leva aos tempos da ditadura no Brasil.

Termino essa leitura com o coração apertado em pensar no que o ser humano é capaz de fazer para ter e permanecer no poder.
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Laura 20/03/2021

Pulado e abandonado
Sabe aquela leitura que não instiga..... pois então. Pulei alguns capítulos para ver se melhorava, se ia seguir a leitura. Mas continuei pulando capítulos até o fim do livro chaaaaaato
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AleixoItalo 16/03/2021

"Sobre homens caçadores de homens, posso assentar o meu governo. Não haverá a verdadeira morte nem a verdadeira vida." São as palavras do Deus Maia da guerra e sacrifício, Tohil, encontradas em uma visão de um dos personagens que melhor sintetizam a obra. Aqui os ritualistas propõe mediante a devolução do fogo aos humanos, sacrifícios e uma guerra eterna.

Em 'O Senhor Presidente' somos lançados num mundo de pesadelo onde vidas podem ser interrompidas a qualquer momento, pelo simples fato de estarem no lugar errado na hora errada. A grande variedade de personagens que dão vida e cor à esse país fictício, estão fadados a serem aprisionados, torturados, executados pelo simples capricho do destino, não sendo poupados nem pela hierarquia social: criaturas do alto escalão e favoritos do governo, são descartados e substituídos num clima recorrente de paranoia absoluta e traições sem limites, uma verdadeira dança exótica pelo poder. Por trás disso tudo assombra a presença absoluta do Presidente, entidade com ares divinos à que tudo converge e que conecta os fios dos destinos dos personagens como um mestre titereiro.

Clássico Guatemalteco do ganhador do Nobel, 'El Señor Presidente' não é apenas sobre a Guatemala, mas um arquétipo da América Latina, uma representação das diversas ditaduras com que a região sofreu, um abuso constante das classes dominantes contra oprimidos que não tem a quem recorrer e cujas vidas estão a mercê do acaso.

Mesmo lançada em meados do século XX, antes do boom do Realismo Fantástico, essa obra já trazia em si o embrião do que seria a literatura sulamericana nas décadas seguintes. Com um estilo até hoje original, uma espécie de surrealismo e absurdo substituem o fantástico de Gabriel García Márquez, e raiva e indignação dividem espaço com o cenário mágico das Américas.

Ecoando as palavras do deus Maia, a América parece sofrer de uma maldição como se alguns dizem "fosse fundada sobre cemitério indígena", os personagens parecem viver numa eterna guerra de uns contra os outros. Da mesma forma que os maias ansiavam pelo fogo, nós ansiamos pela bondade e justiça em meio ao caos, uma esperança de algo de bom pode ser extraído das trevas. Tristeza, dor e muita esperança são marcas registradas da nossa literatura e aqui não é diferente, uma obra poética e dura como a arte deve ser.
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O Ciclista 07/03/2021

Nos trópicos, me sirvam uma provocação!
Mais uma obra que retrata a cortina de ferro que se deu nos trópicos durante a primeira metade do século XX. Como o próprio livro diz "seria uma narrativa tradicional, não fossem a polifonia e as personagens inusitadas, a viloência e a beleza grotesca das imagens, o ritmo frenético, a técnica literária de vanguarda associada a temática política"
Ler este livro, é como assistir a queda da esperança tradicional do "the end", a cada situação não se acredita que tal fim chegou. É como se o leitor estivese com as palpebras presas, assim como o jovem Alex de Athony Burgess, ao ver o fim trágico dos personagens que vão se desmanchando até o final do livro. O que se torna um outro lado da moeda, do final feliz a quem leu De amor e de Sombra de Isabel Allende, dentro da mesma temática.
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Kamylla 20/02/2021

O produto do meio
O livro é repleto de metáforas que para um leitor desatento ou em momentos comuns de todos os leitores, situações podem passar despercebidas e a releitura dos trechos se tornam mais ricos e por vezes, dolorosos. O livro de Miguel Ángel me remeteu a capítulos de poemas; a linguagem sensível e ritmada faz com que essa sensação seja absorvida de forma crescente. Além de toda a estética, a estória não deixa de refletir muitos momentos da realidade, tanto a hodierna quanto os eventos passados. A figura do "Senhor Presidente" é atual: "o mais importante não era a personalidade do tirano, mas sim que havia alguém ali e sempre haveria alguém ali, sem nome, sem personalidade, um Senhor Presidente produto e efeito de toda aquela máquina coletiva de insegurança, desintegração e medo." Vivemos em um momento delicado, e por olhos de desesperança, há de se notar que temos, constantemente, que sair da bolha, ver a realidade dolorosa e impalatável no qual fazemos parte. Se não há a reflexão, criam-se nos seios sociais figuras repetitivas que mais sujam as mãos do que fomentam o desenvolvimento íntegro do país. Me senti triste ao ler, chorei em alguns momentos, mas foi para mim uma ótima leitura.
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Marcella.Pereira 08/02/2021

Leitura um tanto quanto mais ?pesada?. Acho incrível a forma com retrata esse período de repressão mas sem sequer citar a palavra ?ditadura?...
Algumas cenas fortíssimas, e que até agora estou processando e digerindo...
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va 07/02/2021

O Senhor Presidente
"A Democracia acabou com os Imperadores e com os Reis na velha e fatigada Europa, mas, é preciso reconhecer que transplantada à América sofre o enxerto quase divino do Super-homem e da contextura de uma nova forma de governo: a Superdemocracia."
O romance ficcional do escritor guatemalteco Miguel Asturias denuncia os horrores da ditadura de Manuel Estrada Cabrera, o presidente da Guatemala (1898?1920). No entanto, pelas semelhanças desse regime com outros ocorridos na América Latina com a participação e apoio americanos, esse livro pode ser a representação de todos eles.
A trama se inicia de forma confusa, inserindo cenas com as personagens de maneira individual e aparentemente aleatório, porém, no decorrer do texto, essas personagens vão se envolvendo e formando a trama principal.
A obra narra o assassinato de um general associado ao governo, que implica uma perseguição política e uma história de amor.
Não poderia deixar de destacar a escrita de Asturias, extremamente sonora, consegue dar vida aos sons que ambientam a narrativa, nos inserindo com todos os sentidos no romance. Além disso, o autor tem uma escrita muito poética, ligando as palavras de forma mágica, dentro de uma narrativa agudamente cruel e brutal.
?Doía-lhe seu país como se lhe houvesse apodrecido o sangue. Doía-lhe por fora e na medula, na raiz dos cabelos, sob as unhas, entre os dentes. Qual era a realidade? Não ter nunca pensado com a própria cabeça, ter pensado sempre com o quepe. Ser militar para manter no governo uma casta de ladrões, exploradores e vendepátrias endeusados é muito mais triste, como infâmia, do que morrer de fome no ostracismo.?
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