Drika.Zimmermann 21/03/2024
A vida era a mistura de tudo e de todos. ?????
Li esse livro em 2022 e reli para um clube do livro, destrinchando cada capítulo de uma forma incrível, assim fui descobrindo a história por trás da história. A oralidade, a ancestralidade, a religiosidade.
Ponciá é herança da sua gente, do embrutecimento que a sociedade impõe a todos.
"Eram secos de carinhos explícitos; entretanto, mesmo sem se tocarem nem se abraçarem, se amavam muito".
O amor para eles era a busca de cada um, para voltar a ser um todo, eles funcionavam juntos, cada um representando seu papel.
O vazio, o esquecimento é presente. Ponciá recorda, pensa, relembra o passado o tempo todo.
O nome não é ela, sua imagem não é ela. Que dor.
A saúde mental e a espiritualidade se abraçam o tempo todo.
A narrativa é cíclica, não é linear, vai e volta, confunde, desconfunde, dá um nó pra logo desatar e já atar novamente. Mas essa escrita de Conceição Evaristo é simples e fluída pra uma história tão pesada e complexa.
Que livro incrível!