Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar

Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar Fernanda Young




Resenhas -


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Alyne 31/12/2020

Viagem sem roteiro prévio
O livro começa promissor, é até interessante pensar que, aos 17 anos, a autora já tinha todo aquele questionamento à religião instituída e mesmo soubesse de autores internacionais famosos dos quais muitos adultos sequer ouviram falar. Contudo, talvez até pela idade, ela parece não ter planejado o roteiro. Então, pouco após a metade do livro, a história se perde. É uma pena.
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Van 22/11/2020

“Quero morrer após um beijo de pecado, quero morrer despudorada”
A primeira página já nos mostra a ironia de Nina ao brincar com palavras e a sua avidez ao relatar um acontecimento da infância.
Aos 12 anos, Nina analisava e contestava tudo ao seu redor em sua mente. Vivendo em uma cidade de interior com religiosos fervorosos, vivia perdida em pensamentos profanos que não conseguia evitar e que a fariam “queimar nas trevas do inferno em breve”. Alguns trechos do livro trazem passagens bíblicas e sermões do querido Pastor Ortiz, já nos preparando para as indiscretas observações e aguçadas críticas aos dissimulados moradores da cidade que viriam a seguir.
A primeira menstruação é tratada como o marco da vida adulta, mas simboliza também a descoberta da sexualidade da personagem e todos os questionamentos e desejos que vêm nesta fase. “Tudo o que eu gosto me parece sempre um pré-pecado”.
Nina descreve sua mãe como deveriam ser todas as mulheres: imaculada, ingênua, pura e, claro, progenitora. Ela não quer ser nada disso. Está nauseada, entediada de tudo, dos tolos e medíocres à sua volta. Desconfia do amor e pensa na morte, mas se entrega a poemas românticos. E assim vai vivendo a sua maneira – irreverente, atrevida e audaciosa.
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camaziabento 08/11/2020

Vale a pena pela autora
O que mais me surpreendeu neste livro, foi ele ter sido escrito por uma menina de 17 anos, nos anos 80.
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Raysa 28/10/2020

Posso Pedir Perdão, Só não Posso Deixar de Pecar
Esse é um livro estranho, com certeza não é para o leitor iniciante. A protagonista Nina, não é uma mocinha agradável em busca de amor e romance, ela busca por autoconhecimento, por liberdade, por paixão, por sua feminilidade. Ela quer não apenas questionar mas transgredir e chocar.
A trama é simples, mas verdadeira história de desenrola na mente da protagonista em um misto de tempo cronológico e tempo psicologico, e ainda trás pequenos contos em meio á narrativa principal, constituindo uma escrita original e nada palatável, na verdade há muitos momentos incômodos e provocadores, muitas vezes durante a leitura fiquei chocada, sem entender, ou enojada. Há saltos repentinos de narrativa, pensamentos desconcertantes, e quebras súbitas no ritmo.
A protagonista, uma menina no começo da adolescência, traz em si um misto de inocência, malícia, crueldade, desejos e muitas vezes beira a loucura. Sua vida está determinada desde o nascimento: ser uma boa cristã, casar, ter filhos, levar uma vida pacata e "respeitável", a angustia dessa prisão em que ela vive é palpável durante toda a narrativa, e os seus desejos, sua sexualidade, sua criatividade e sua personalidade são tão reprimidos a ponto de levá-la ao desespero.
A autora dá uma grande importância à religião. Muitas vezes a comunidade religiosa em que Nina vive é retratada como hipócrita, como digna de pena, e em outros casos a devoção é ridicularizada, mas a "culpa cristã", o medo do castigo divino, as alegorias religiosas pautam a trama como se fosse impossível de se livras dos dogmas que foram ensinados à menina mesmo que ela os despreze.
"Posso pedir perdão só não posso deixar de pecar" é original e desconcertante, mostrando uma faceta interessante da literatura recente brasileira: transgressora, feminina e corajosa.
?NOTA: 9,0
?? RECOMENDO? Sim.
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jupitereis 18/10/2020

Polêmico mas a história é ruim.
Até um pouco mais da metade do livro foi legal, depois a história desandou e não entendi mais nada. Tem muita polêmica mas no fim não dá em nada, terminei realmente só pra saber se o final me surpreendia. A escrita é muito confusa e tem horas que você se perde na linha de raciocínio. Foi uma péssima leitura (pra mim).
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anarontani 25/09/2020

gostei tanto do começo desse livro! a garota é tão desgarrada e livre !!!! mas o fim deixou a desejar! só provando que o casamento sempre vem estragar nossa vida e uma boa leitura !!!
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Thayane 10/09/2020

O início e o desenvolvimento do livro são muito bons. Apesar de ter alguns pontos pesados, politicamente incorretos, a leitura foi agradável. Porém o final foi um pouco decepcionante. Acredito que o objetivo tenha sido mais ou menos nessa ideia considerando a história da protagonista, porém não me agradou.
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Barbara M Giolo 10/08/2020

Reflexões maduras sobre os prazeres e a culpa da mulher
O livro conta uma história de culpa e libertação. Ele fala sobre sexualidade na adolescência e na fase jovem adulta. Acompanhamos uma jovem de cidade muito pequena e que faz jus a sua fama, cheia de fofocas e tradicionalismo e, é claro, o bom e velho moralismo barato. De uma família muito religiosa e que vai a igreja devotamente, ela entra em um imenso conflito interno quando começa a sentir desejos sexuais após sua primeira menstruação. Considerada pela família e padre locais como potencial pecadora de luxúria, ela é observada de perto e logo se arranja um casamento para ela com um rapaz ordinario. Ela aceita a proposta feita pelo padre em troca de conhecer seu sobrinho que é um moço muito misterioso e recluso.
Em seus primeiros encontros ela pede ao noivo de presente uma coletânea de poemas perdidos de uma figura conhecida da cidade, seu Mathias que era sofredor pelo amor de Romênia com a qual se casou e, por não poder ter filhos, era traído. A partir daí ela se apaixona profundamente por poemas e começa a cultivar uma melancolia sem fim que vai acompanhá-la até o fim da vida. Nesse meio tempo o padre para cumprir sua promessa arranja aulas de piano com seu sobrinho para a moça. Ela logo se vê apaixonada por Bastian e os dois vivem um romance proibido onde ela descobre seu amor verdadeiro e os prazeres da carne. O tempo todo ela busca associações religiosas para seus atos. No meio do texto são apresentados vários sermões religiosos que a enchem de culpa e atormentam mas que nunca a impedem de fazer o que bem entende.
Ela se casa com seu prometido Rodrigo Mendes e vivem juntos até o fim, este se deprime profundamente logo após o casamento quando descobre que sua amada não era mais virgem. Vivem bem apesar de ser uma vida apática e ordinária. Foi uma leitura rápida e muito intrigante. Não sei se entendi muito bem, não que ele seja confuso mas parece que não entendi tudo que eu poderia. Sinto que vale uma releitura. Um livro muito maduro para uma Fernanda tão jovem, com muitas reflexões maduras sobre os prazeres da mulher, tema que explorou muito bem desde então. Vale mencionar um lindo prefácio escrito por sua filha que me emocionou muito. Gostei muito do todo!
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Karina 27/06/2020

Eu nem sei se entendi esse livro, apesar de ter várias notas explicando que ele não tá "completo" já que a autora morreu antes de olharem tudo direito. Eu gostei um pouco do livro, os surtos com a religião, com a família e relacionamentos e como tudo isso molda a pessoa. Por mais que quando se é religiosa muita coisa "pareça errada" o título é bem condizente com a história.
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Natche 26/05/2020

Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar
Sempre fui fã da FY mas não tinha lido nenhum dos seus livros, apenas vi as séries, programas, entrevistas etc. É muito bom entrar no universo dela como escritora, gostei muito. Ela deixa sua marca nesse livro de começo de carreira como escritora.
Como residente de psiquiatria, há muitos diagnósticos psiquiátricos nas personagens, foi interessante analisá-los.
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Maju 26/05/2020

Provocador.
O livro provoca e ao mesmo tempo liberta, para quem se identifica com a acidez da personagem e a personalidade anárquica da Fernanda. Sempre foi difícil desassociar as obras dela com a sua vida, isso pode fazer o autor se sentir falho, ainda mais ela que era uma grande autora de ficção, mas para mim, isso sempre foi uma extrema qualidade, pois Fernanda era e continuará sendo (forever young) surreal, ela era a própria ficção, é então em persona a obra que nos desperta e por isso, também nos inspira a simplesmente sermos o que somos, pecarmos, mesmo que por fim, peçamos perdão. E bem, sobre a dificuldade da desassociação: eu quis chorar com essa obra, ela vem com a força de uma saudade gigantesca, uma falta, algo melancólico, imagino como era mesmo a Fernanda de 17 anos e que tomou uma forma artisticamente linda ao decorrer de sua vida. Obrigada por tudo, F.Y.
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Larissagris 22/05/2020

POSSO PEDIR PERDÃO, SÓ NÃO POSSO DEIXAR DE PECAR - FERNANDA YOUNG

🖤 "Eu acho que era ódio, pavor, era essa maldita submissão, era essa igreja de tolos, esse torpor indecente por Deus, esse estar enamorado eterno, era a pregação do não prazer que matou a professora." (Pág. 32)

🖤 "São naqueles rápidos segundos que realmente vamos até Deus sem querer doces, mas apenas para agradecermos o método de proliferação." (Pág. 34)

🖤 "Nina, você já é moça, pura e prendada, que está confundida pela idade e corpo. Só que deve se lembrar sempre de que a mulher foi criada para gerar e não para ter esses prazeres promíscuos ou necessidades impuras. Para que assim possa honrar o nome de seu pai, seu marido e, futuramente, seus filhos. Sem se deixar levar pelo corpo, o corpo deve permanecer lacrado até que Deus dê a sua benção e seja aberto." (Pág. 42)

🖤 "O meu digníssimo noivo não poupou esforços gramaticais no discurso feito ao pedir minha mão. Mamãe chorou. Al se mostrou aliviada e Gregor demonstrou sua indiferença por não entender bem o que se passava. Eu me sentia como Gregor, sem entender absolutamente nada. Por que aquela criatura falante tanto discursava para pedir o que lhe foi entregue antes mesmo de eu aceitar?" (Pág. 43)

🖤 "Nessa época, descobri que o mundo era quadrado e que pertencia aos que dormem tarde. Na noite se vive, de resto somente se respira." (Pág. 45)

🖤 "No amor dos contos, tudo é lindo e belo. Desconfio da beleza e dos finais felizes convincentes, desconfio dos príncipes encantados e da validade das bruxas, sempre tão burras e derrotáveis. O amor que quero descobrir não está no canto dos pássaros, nem no brilho enjoado da lua, muito menos nos sermões para Deus. Não se encontra amor em uma borboleta, como nas poesias que Rodrigo Mendes me traz. Amor se encontra no sexo que desconheço e penso em breve conhecer." (Pág. 47)

🖤 "Por essas e por outras, a vontade da morte muito me vinha à cabeça. Eu comecei a sentir súbitas melancolias, súbitas tristezas e uma angústia permanente. A morte, ou pelo menos pensar nela, era a única possibilidade de esquecer por algum tempo os cupins e suas asas por cima das camas." (Pág. 59)

🖤 "[...] é fácil demais viver pelas ordens de um pastor, viver com as opiniões dele, com as crenças dele. O pastor tem a função de pensar pelo seu rebanho." (Pág. 60)

🖤 "Todas essas pessoas tão necessitadas de um pastor. Incapazes de chegar a uma conclusão sozinhas, incapazes de viver sem alguém que lhes diga o que fazer, como pensar ou olhar o sol. São exatamente essas pessoas com quem sou obrigada a conviver, essas pessoas que precisam de um pastor Ortiz como guia de suas ânsias e desejos. São dessas pessoas que deveria me orgulhar, uma mãe que crê na pureza e submissão eterna da mulher, um pai que entrega de bandeja e luvas os seus filhos a um pastor ou a um marido, o que é o meu caso." (Pág. 60)

🖤 "Pois que vão todos para o céu brincar de roda e sortear o que é certo ou errado, enquanto descubro o mundo por poesia e sensações, andando de navalha no escuro, navalha afiada em sentimentos." (Pág. 61)

🖤 "Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar. Tudo o que eu gosto me parece sempre um pré-pecado. Por que teremos sempre que nos punir pelo que gostamos? Por que devo ser considerada uma alma ruim pela balbúrdia do prazer? O prazer será sempre motivação egoísta? E a palavra, será que sempre me mostrará a verdade do que escuto? Será sempre pregada como palavra de cura e de salvação?" (Pág. 89)

🖤 "Hoje é terça-feira e mesmo neste colégio medíocre e com a insistente presença de Alice a querer me chamar atenção, estou feliz e tal sentimento me alerta que posso ficar triste a qualquer instante, um círculo vicioso, para estar feliz obviamente é necessário que estivesse infeliz e tal e tal..." (Pág 103)

🖤 "Rimos um pouco mais, não tanto, e dançamos ao som de tango, numa vitrolinha pequena que havia tempos era distribuída para os soldados, 'crepúsculo interior', dançamos enlouquecidamente, desmedidamente, direcionando e exorcizando, éramos dois loucos sintomáticos, talvez patológicos." (Pág. 107)

🖤 " - Tu sofres por aprendizado, minha tristeza não é por profissão, nem opção, é por desgraça. Deve ser mais belo sofrer por opção. Eu te acho linda, pois podes sonhar que cais em precipício e, antes de alcançares o chão, podes falar: "Pronto!" Devo acordar, eu não preciso cair." (Pág. 113)

🖤 "De você terei saudades, mesmo com antagonismo de nossas tristezas e prantos. Somos poetas e algo temos em comum: elegância e bom senso, apesar de nossos porres em tardes de piano ou dos rumos desconexos que vivemos, lembremo-nos dos dias de chuva que passamos juntos e reconheçamos que não há poema mais lindo do que a cumplicidade que temos e por mais besta que pareça, sempre teremos, enfim..." (Pág. 116)

🖤 "Despedi-me de Bastian quando o apresentei a meu marido, não sei, mas sempre tive a tendência de apreciar partidas, para quem não tem muito a fazer, se torna uma boa coisa para ocupar o tempo, lembrar." (Pág. 119)

🖤 "Quando cito meu pai, falo simplesmente Jofre Tiengo. Pode parecer frio e até mesmo vil, enfim, dessa forma não me canso nem me cobro perante a posição familiar de ter que conviver com um homem como ele. Não que ele seja mau, não tenho a intenção de passar uma imagem ruim de meu pai nem de ridicularizar sua posição, mas nunca concordei com suas opiniões e ações, ões, ões, não gostei nunca." (Pág. 119)

🖤 "Mamãe olhou-me insegura, pedindo para que eu não o ignorasse. Pelos seus olhos visualizei o desprezo de anos que dei ao meu pai, a frieza sarcástica que correspondi à sua opinião, esquecendo do Papo que, quando pequena, mesmo ignorante, me pegava ao colo com a força de um herói. Eu não sabia que os heróis não deveriam necessariamente ser inteligentes, geniais." (Pág. 147)
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Mari Moraes 21/05/2020

Nunca gostei de Fernanda Young
Acho que seria honesto eu começar falando que nunca gostei de Fernanda Young.
Pronto, primeiro impacto, sei que ela tem uma legião de fãs e a respeito muito por isso. Ela deve ter algum trabalho bom (ou muitos, não duvido), mas eu nunca consegui me conectar com o trabalho dela, sempre soou prepotente pra mim e eu problematizava muitas coisas que ela falava, mas não quero me estender sobre isso aqui porque esse não é o ponto.

Esse foi seu primeiro livro que li (possivelmente único), porque com sua morte (R.I.P.) e as redes sociais trazendo a tona seu legado, pensei: "ok, talvez agora com outra cabeça, eu tenha uma outra visão", fui muito atraída pelo título da obra (posso pedir perdão mas não posso deixar de pecar? sim, consigo me relacionar com isso), mas não rolou.

Fui com a cabeça aberta, mas continuei achando a escrita um pouco prepotente, nem sei direito porquê, não desenvolvi empatia nenhuma por nenhum dos personagens, peguei uma implicância enooorme com a personagem principal, demorei meeeses pra ler esse livro curtinho, foi enfadonho, quase como uma obrigação.
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juhpancini 16/05/2020

Só o prefácio já é belíssimo e vale a leitura. Principalmente para aqueles que têm alguma "história" com a Fernanda Young... Mas o que mais me impressionou no livro é pensar como a mente dessa escritora fenomenal funciona, é de uma criatividade, é de uma loucura, é inacreditável. Recomendo! E leitura é rápida!
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