Sô 14/03/2017É um livro que se popularizou por ser controverso, e como eu adoro uma controversa, lá fui eu checar qual era a desse livro. Mas antes disso, eu já sabia que envolvia duas coisas: incesto e crianças presas no sótão.
O começo da história mostra uma família feliz, composta por um casal com quatro filhos, com idades de 5 a 15 anos. O pai acaba sofrendo um acidente grave e falecendo. A mãe que aparentemente não tem qualificação profissional nenhuma para conseguir emprego - aparentemente, porque ao longo da história a gente vai perceber que ela tem é aversão a trabalho mesmo – acaba voltando para a casa dos pais. Só que ela saiu de lá de uma forma obscura e não é mais aceita pela família que é composta pelo pai e pela mãe, já que os irmãos morreram.
Os pais são extremamente ricos, intolerantes e religiosos fervorosos, então por causa desse motivo obscuro, a velha decide receber a filha de volta, mas mantém segredo do marido em relação as crianças e resolve trancá-las no sótão. E elas ficam lá, por três longos anos que serão minimamente detalhados. O que isso quer dizer? Quer dizer que a gente vai ler sobre as várias brincadeiras deles minuciosamente: quando eles resolvem fazer um jardim de papel no sótão; as “aulas” de Ballet da irmã mais velha; as leituras do irmão mais velho; tem até um capítulo inteiro de quando eles pegaram um rato que estava preso na ratoeira e ENFAIXARAM a pata do animal. Sim.
O livro é dividido entre essas partes entediantes com as maldades praticadas pela Vó. Rola desde chibatada até alcatrão no cabelo da mais velha para evitar que o irmão dela tenha pensamentos pecaminosos ao vê-la. Enquanto isso, a mãe se mostra cada vez mais rasa, ficando claro que o que ela mais quer é voltar ao universo de riqueza sem as responsabilidades de ser mãe.
Paralelo a isso, senti que a autora ficava o tempo todo preparando o leitor para a cena de incesto. Os dois irmãos no fim me pareceram mais animais que não conseguem controlar o recém-descoberto impulso sexual. Enquanto eu lia me lembrava a todo o momento daquele filme, A Lagoa Azul, e curiosamente verifiquei que o livro foi lançado em 1979 e o filme em 1980. Seria moda na época esse tipo de história?
É um livro que faz você registrar o que está lendo, mas te faz sentir absolutamente nada em relação aos personagens e ao que está acontecendo. Resumindo, trash.