Infância

Infância J. M. Coetzee




Resenhas - Infância


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Faluz 09/04/2024

Infância - J. M. Coetzee
Leitura deliciosa onde o autor conta parte de sua infância com mudanças de cidades, escolas e alterações econômicas. Desde sua dependência extrema da mãe até quando passa a criticá-la e entendê-la melhor diante das situações protagonizadas pelo pai.
Sua relação crítica com a mãe, que acredita amá-lo excessivamente sem deixar brechas para que ele possa antepôr-se.
Muito boa narrativa sobre professores preconceituosos, relacionamentos sociais difíceis entre africânderes, ingleses, negros numa sociedade heterogênea.
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Biblioteca Álvaro Guerra 27/02/2024

Ele não conta nada para a mãe. Sua vida escolar é guardada em segredo absoluto. Ela não vai
saber de nada, decide, a não ser o que estiver no boletim trimestral, que será impecável. Ele será
sempre o primeiro da classe. Seu comportamento será sempre muito bom, e o aproveitamento
excelente. Enquanto o boletim dele for irretocável, ela não terá direito de perguntar nada, é o
contrato que estipula mentalmente

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535916454
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Jacy.Antunes 06/04/2023

Minha vida de menino
·        Infância é o primeiro livro da trilogia  autoficcional do autor , vencedor do prêmio Nobel de literatura.

·        Narrado em terceira pessoa ele relata a sua infância numa África do Sul onde os negros viviam em condições degradantes.

·        Como Paul Auster em Diário de Inverno, Coetzee endeusa a mãe : é ela que mantém a família, que cuida dele enquanto o pai é um perdedor.

·        Para fugir desse mundo , o menino cada vez mais introspectivo se refugia nos livros e no futuro será um grande escritor.
É um livro menor de Coetzee, Desonra e Juventude são melhores.
Ana Sá 19/04/2023minha estante
Gostei da resenha em tópicos, Jacy! :) Eu li Desonra qdo era muito jovem e não gostei muito... É um livro que tenho vontade de reler, agora que estou um pouco mais madura na vida e na literatura! rs


Carolina.Gomes 21/04/2023minha estante
Misericórdia ?




Vanessa 24/06/2022

Uma versão lúgubre de O Sol é Para Todos
Coetzee estava em minha lista de leitura por muito tempo, assim que terminei a obra de Harper Lee resolvi me embrenhar. A sensação de ler Infância após O Sol é Para Todos é semelhante a comer goiabada com queijo.
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Renata.Borges 18/04/2022

“Ficção autobriográfica”
Chamada de “ficção autobriográfica”, trata-se do primeiro volume de uma trilogia escrita pelo Nobel de Literatura de 2003.

Na trama, um garoto sul-africano conta seu cotidiano, valores, preconceitos, ensino, família, sociedade. Um mundo baseado na violência que o torna um indivíduo de personalidade solitária, como tantos outros que foram vítimas da brutalidade do mundo ao seu redor.

Durante a leitura tento compreender o mundo sul-africano tão preconceituoso. Tento entender a divisão de castas velada e ao mesmo tempo tão descarada. Tento entender porque os indivíduos acham que explorar o outro é normal?

Tudo estranho… valores estranhos. Mundo estranho!

Mostra uma criança/adolescente mimada, malvada e egoísta. Descreve situações familiares bem estranhas. Uma mãe permissiva mas, batalhadora e um pai alcoólatra e “encostado”; uma família que não demonstra amor.

A escrita flui muito, muito bem.
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Luciano 10/04/2022

No meu caso, não foi uma boa porta de entrada para o autor. Ainda assim, pretendo dar mais algumas chances com outros livros dele.
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Rafael V. 03/07/2021

Bom
Vale a pena ler.

O narrador em terceira pessoa mantém um certo afastamento, mesmo sendo autobiográfico. Um esforço para não reviver novamente as violências da infância, não tanto de si, mas as que a ele eram mostradas no contexto em que vivia.
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O resenheiro 27/05/2021

Uma infância na África do Sul
Relatos de uma infância passada em Worchester e na Cidade do Cabo, este livro é daqueles que aos poucos vai nos cativando com as histórias contadas pelo narrador sobre o menino John Coetzee, suas relações com os pais, seus medos e anseios na escola, a brutalidade da época, o tempo em que aos professores se dava o direito de bater com vara nos alunos, a vida numa cidade isolada onde andar de bicicleta era simples e normal, mas não para a mãe dele, das diferenças entre os Africânderes e Ingleses, dos jogos de críquete e rugby, dos tempos de férias passados na fazenda do pai, enfim, daquilo que constrói a vida de uma pessoa em algum lugar deste mundo, que no caso é a remota e tão pouco conhecida por muitos de nós, a África do Sul.
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Lívia 04/05/2021

Infância
Ano passado li "Desonra" do mesmo autor e gostei bastante.

Infância é a primeira parte da trilogia de autoficção de Coetzee.

Recomendo.
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Nat 29/06/2020

O autor utiliza uma linguagem seca e precisa para relatar seus anos de formação, onde sua família era “estranha” devido a brutalidade que o cercava (o pai não batia nos filhos; a mãe era a chefe de família, quando em outras casas o pai era quem mandava; não vêm de família católica mas ele se declara católico, dentre outras situações). Eu gostei porque o autor não enrola nem dramatiza sobre sua própria vida. Certos relatos podem causar estranheza no leitor, mas é nisso que vemos (pelo menos para mim) quando um livro vale a pena. Recomendado.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/06/198-livros-africa-do-sul-infancia-jm.html
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arthur966 19/04/2020

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"como guardará todos em sua cabeça, todos os livros, todas as pessoas, todas as histórias? e se ele não se lembrar, quem o fará?"
eu me identifiquei TANTO com tantas partes desse livro. os pensamentos do john parecem tanto com os que eu tinha quando criança. enfim, esse livro me deixou muito triste.
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Mario Miranda 06/04/2019

Poucos projetos literários podem ser tão ousados quanto narrar, mesmo que de maneira ligeiramente ficcional, a sua própria história. A autobiografia exige do autor não apenas a maturidade da escrita, mas um desprendimento em relação a sua própria intimidade que, inexistindo tal abandono de pudor, a autobiografia corre o risco de ficar plenamente fantasiosa, uma leitura claramente inverídica.
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Coetzee, tal qual Pagnol em ?Lembranças da Infância? - dos quais os dois primeiros da Tetralogia, ?A Gloria do meu Pai? e ?O castelo de minha mãe? foram traduzidos para o português - e a coleção ?Minha Luta? de Knausgard - principalmente a terceira obra, ?A Ilha da Infância? - narra em ?Infância?, primeira obra da trilogia do Prêmio Nobel J.M. Coetzee, narra período compreendido entre os 6/7 anos do autor até o início da sua adolescência, por volta dos 13.
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Envolvido em uma sociedade sul-africana dominada pelo racismo e Apartheid, o jovem Coetzee - sempre narrado em 3ª pessoa, como se tivéssemos um autor distante da história - pouco, ou nada, entende daquela relação entre descendentes de Holandeses/Alemães, descendentes dos Ingleses e os nativos africanos. Em uma criação onde o núcleo familiar claramente caminha para uma falência, é uma sociedade onde a violência e o desprezo são tão latentes, resta como única arma do jovem Coetzee retirar-se daquele mundo: ser diferente.
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Ryllder 26/04/2018

Meninos,eu vi
Linguagem seca,direta, muitas vezes sacode quem está lendo. Uma infância nada idealizada, na ríspida África.Bom livro, lerei a continuação.
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DaniM 04/01/2018

Trata-se do primeiro volume da trilogia autobiográfica do incômodo escritor que já ganhou um Nobel de Literatura por Desonra(já lido e dito por aqui). Coetzee cresceu em uma Africa do Sul segregada e este livro se situa no momento pós instauração oficial do Apartheid no país e o autor o usa como pano de fundo para suas reminiscências. Ele nos narra sua própria infância na 3ª pessoa, nos assusta com sua estranheza, seus pensamentos cruéis, sua antipatia pelo pai, seus sentimentos contraditórios pela mãe, seu modo tão adulto(já) de ser mau e de se autoavaliar como um ser desprezível. A sinceridade do relato nos choca e nos envolve, afinal, é costume humano esconder os defeitos e exaltar as qualidades, algo oposto ao que faz este autobiografado. Num mundo em que a vida de aparências é a única vida que se quer viver, ver alguém se desnudar dessa maneira é embriagante para o leitor.
“A idéia de ser transformado num menino africânder, de cabeça raspada e descalço, o faz tremer. É como ser mandado pra prisão, para uma vida sem privacidade. Se fosse africânder, teria que viver cada minuto de cada dia em companhia dos outros. É uma perspectiva insuportável.”


site: https://www.instagram.com/danimansur/
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

A infância e a adolescência sempre renderam ótimas obras literárias de cunho memorialista. Infância, do sul africano vencedor do Prêmio Nobel J. M. Coetzee, evoca também este período marcante e confuso de nossas vidas numa trilogia composta também pelos títulos Juventude e Verão. Poderia ser mais uma obra nostálgica, mas o narrador da estória, claramente inspirada na própria infância do autor de Desonra, faz toda a diferença e desfaz qualquer ambientação difusa, mesmo amparando-se no olhar curioso e inquietante de uma criança. A começar pelo uso dos verbos no presente que dá um duplo sentido dos acontecimentos que estão sendo transpostos para este romance. Por mais que o recurso cause ao leitor uma sensação de fatos acontecendo simultaneamente à leitura, sabemos que o próprio autor faz um retorno ao seu passado, não há como deixar a impressão de que as situações são rememoradas, num texto claramente autobiográfico. Sob o olhar do jovem Coetzee acompanhamos, de forma velada, os acontecimentos sociais de uma África do Sul cuja língua se dividia entre o inglês e o africânder, o tratamento preconceituoso dado aos negros (que deixa o garoto totalmente constrangido) e sua precária condição social; a educação rígida que recebia nas escolas que também possuíam seu modo de segregação (além dos professores que incutiam a cultura do medo com as varas que agrediam os alunos que não se comportassem); as crises familiares, a admiração da força da mãe, sempre presente e disposta a protegê-lo, fato que deveras o incomoda e o acomoda, o ódio implícito ao pai e certo desprezo pelo irmão, a estadia prazerosa na fazenda da família do pai, a falta de adaptação ao novo bairro onde foi morar. Infância é a África do Sul pós Segunda Guerra vista pelos olhos inquisidores de uma criança que percebe os contrastes do país através do microcosmo familiar e dos papéis sociais exercidos por negros, brancos, africânderes e ingleses. A infância representada por Coetzee não está isenta da dureza do mundo e isso reflete na sua prosa igualmente rochosa e arisca, que retrata um ser humano em formação, num constante devir e amadurecer.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2014/10/na-estante-23-infancia-j-m-coetzee.html
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