Clássicos Juvenis Três Por Três. Três Animais. O Chamado Selvagem. Beleza Negra. Herói, O Gato

Clássicos Juvenis Três Por Três. Três Animais. O Chamado Selvagem. Beleza Negra. Herói, O Gato Jack London...




Resenhas -


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J. Silva 11/03/2024

O Chamado
Quando assisti ao derradeiro filme do ?Caninos Brancos?, produzido pela Netflix, em 2018, descobri - tardiamente - o universo de Jack London e seus cães da neve. Impulsionado pela curiosidade, realizei pesquisas sobre o autor e suas obras, e, dentre elas, lá estava ?O Chamado Selvagem?, ou como outras traduções a nomeiam ?O Chamado (grito ou apelo) da Selva?.

O Chamado Selvagem me chamou a atenção pela força do instinto com que o cão domesticado foi levado durante sua jornada de autoconhecimento, até se tornar uma ?fera selvagem?, despida de qualquer traço civilizatório. De certo modo, a obra cuida de um regresso às origens, enfrentando nesse percurso as mais duras e injustas dificuldades criadas pelo ser humano.

Em síntese, Buck, o cão protagonista, é retirado à força de um lar confortável no ensolarado Estado da Califórnia para trabalhar no Canadá, no Território de Yukon, durante a corrida do ouro, em 1897. Os cães eram utilizados para puxar trenós, o único meio de transporte de pessoas e provisões confiável naquele terreno inóspito.

Desde o seu sequestro até a derradeira página, Buck não deixou de aprender em um só momento. A todo instante seu instinto natural lhe direcionava e lhe fornecia meios de sobrevivência e de supremacia sobre os outros animais.

Durante sua experiência, Buck aprendeu que na natureza há uma lei suprema: a lei do porrete e dos caninos, isto é, os homens dominam seus animais à base da violência; e, os cães criam sua estrutura hierárquica sob a lei do mais forte. E, em ambas situações, o efeito àquele que não se curva é a morte. Logo, ou o animal se adapta ou então perece no duro processo.

Chamado Selvagem é um livro que proporciona ao leitor diversas emoções, divagações e experiências. Há aqueles que o leem e tiram conclusões sobre a ganância do homem e a busca incansável por riquezas; outros que focam na luta entre espécies para a supremacia do mais forte e, aqueles que se detém na natureza de autopreservação, intrínseca a cada ser vivo, naquela força que faz um simples animal de companhia se tornar o líder da matilha, um ser dominante em um ambiente extremamente adverso.

A mágica do livro, em minha perspectiva, está nas diferentes conclusões que podemos extrair de cada página. Cada leitor, invariavelmente, terá uma perspectiva diferente. Tanto é assim que, numa das resenhas vi um leitor amigo fazer uma relação da obra com política e filosofia (Marx x Nietzsche). Genial!

Por fim, deixo apenas uma recomendação, por desconhecer a obra e o universo gelado de Jack London, adquiri o livro para ler com meu pequenino, e logo nas primeiras páginas tive de interromper a leitura, pois o livro é muito realista na violência com os cães. Portanto, atenção com quem irão ler o livro. Para crianças e pessoas mais sensíveis, a obra poderá não ser uma escolha acertada.
Vania.Cristina 12/03/2024minha estante
To lendo Caninos Brancos. É impactante.


Débora 13/03/2024minha estante
Que resenha incrível! Parabéns e obrigada pela observação ao final!


Léo 15/03/2024minha estante
Resenha está excelente. Até agora só li um conto do autor, Acender uma Fogueira e achei muito bom.




Ludmila 29/02/2024

Nessa novela conheci uma história triste e, ao mesmo tempo, linda! O mundo visto pelo olhar de um cão que foi retirado do mundo que conhecia e voltou a ser selvagem pelo poder da sua ancestralidade.
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