Sybil

Sybil Flora Rheta Schreiber
Flora Rheta Schreiber




Resenhas - Sybil


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Luiz Pereira Júnior 21/11/2021

A doutora Bentinho encontra a sua Capitu...
Assistindo a um documentário em um famoso serviço de streaming sobre o caso de um criminoso que afirmava ter 24 personalidades múltiplas, vi que era citado um livro escrito lá pelos anos 70 e que estava meio esquecido na minha prateleira de livros para ler já há alguns anos. Resultado: depois de terminar a série sobre o suposto caso do criminoso das 24 personalidades, resolvi ler o tal livro.

Sem dúvida nenhuma, um livro chocante, com cenas de tortura que revoltariam qualquer ser humano que pudesse imaginá-las sendo cometidas a qualquer outro ser humano (ainda mais por uma mãe a uma filha). Sem dúvida nenhuma, o retrato em detalhes de sessões psicanalíticas, que se estendem por décadas para ter um final feliz e ensolarado em meio a drinks, risos e animais de estimação. Sem dúvida nenhuma, o retrato horrendo de um dos maiores crimes (se não o maior) que possam existir.

Dito isso, confesso que li certos trechos com um grande ceticismo e me perguntando se aquilo tudo seria realmente possível. A menina sofreu abusos físicos que deixariam qualquer corpo com ferimentos e hematomas visíveis mesmo a distância e ninguém fez nada em todos os anos de infância e adolescência? Se assim for, o relato se torna ainda mais chocante...

Em outros trechos, o caráter sombrio parece adentrar o terreno do lúgubre, do grotesco e do bizarro. Nem vou mencionar esses trechos porque parecem frutos de uma mente doentia, inventados por alguém que viu Hellraiser e teve pesadelos misturados com ele. Se esses trechos realmente correspondem à verdade, o relato se torna ainda mais chocante.

E, em outros trechos, confesso que sem querer acabei rindo. “Ué! Já apareceu outra?”

Como não acredito em tudo que leio, procurei na internet informações de outras fontes (no livro, o relato do caso é única e exclusivamente sob a perspectiva da doutora Wilbur – ela até que consulta outros especialistas, mas apenas para confirmar o que já tinha em mente) e vi que não há consenso do que realmente aconteceu.

Há vários profissionais conceituados que acreditam que o caso não passou de manipulação da doutora para ganhar dinheiro, fama instantânea e prestígio profissional. Alguns desses profissionais até mesmo consideram a próprio paciente como, voluntariamente ou não, participante do esquema. Outros chegam a aventar a hipótese de que a paciente no caso deveria ser a própria doutora.

Uma coisa é um leitor comum (como eu, por exemplo) achar que tudo não passou de invenção ou de manipulação com segundas, terceiras e quartas intenções. No entanto, é outra coisa completamente diferente profissionais renomados, com ampla qualificação e com enorme prestígio em suas áreas acharem o mesmo que eu, leitor comum.

(Isso me fez lembrar o horrendo caso da injustiça monstruosa da Escola Base...)

E em relação ao título da resenha? Bem, em uma de suas obras-primas, como qualquer estudante do Ensino Médio deve saber, Machado de Assis nos conta a história da suposta traição de Capitu a Bentinho. O problema é que a história é contada apenas pelo próprio Bentinho. Já em “Sybil”, a história é contada por uma escritora que privou da companhia da doutora e da paciente, mas que, juntamente com a doutora, não levou em consideração qualquer ponto discordante da doutora.

A Verdade está lá fora (ou, no caso, permanecerá para sempre lá dentro da verdadeira Sybil)...
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brunapcorreia 10/11/2021

Que história boa!
O meu primeiro contato com o Transtorno de Identidade Dissociativa foi quando eu assisti ao filme "Fragmentado", na Netflix, posteriormente, quando eu assisti ao documentário "As várias faces de Jane", no YouTube e, logo, quando eu assisti ao documentário "As 24 personalidades de Billy Milligan", que citou este livro.
Eu devorei esta obra em poucos dias, porque eu não conseguia tirar da minha cabeça a narrativa.
É muito bem feita a construção do enredo e faz com que a gente fique intrigada para entender as motivações do TID, as características de cada personalidade e o destino da paciente.
É uma trama difícil, porque é real e envolve muito sofrimento em razão de todos os traumas relatados.
Por isso, leiam, mas tentem não se envolver com toda a tristeza da história.
Excelente!
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julia 26/10/2021

É uma leitura pesada e muitas vezes técnica pois possui várias análises psiquiátricas, mas gostei muito e é interessantíssimo ter mais conhecimento sobre personalidades múltiplas. obs: não sei quanto do livro é realmente verídico e se algo foi inventado
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Guergolet 12/10/2021

Sybil
Basicamente a história de uma mulher com múltiplas personalidades, Sybil marcou muito minha compreensão das faces humanas.
A autora afirma ser uma história real, mas alguns dizem que é equivocada. De qualquer forma um ótimo livro, com várias coisas vem consistentes da psicologia.
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Juliane.Sturm 14/12/2020

Sim, 16 personalidades!
16 personalidades! Sim, uma história verídica que conta o caso de múltipla personalidade de uma mulher com codinome Sybil. Publicado em 1973, época em que esta doença era pouco conhecida e poucos psiquiatras tinham escrito sobre este assunto. Sou formada em psicologia e acredito que até hoje este seja um caso muito raro. Livro interessantíssimo de ler!

Flora Rheta Schreiber foi uma jornalista e instrutora de inglês na John Jay College of Criminal Justice por muitos anos. Autora do best seller Sybil e também The Shoemaker, um livro que documenta a história verídica de um assassino em massa, que sofria de esquizofrenia.
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gabriel 14/10/2020

Excelente leitura sobre múltiplas personalidades

Livro ótimo sobre caso (supostamente real) de mulher com múltiplas personalidades. A capa é fantástica e belíssima, uma arte muito bem pensada sobre o tema do livro. A leitura é leve, mas o tema nem tanto. Trata-se de um olhar aprofundado e atento na complexidade da mente humana e sobre como nos tornamos quem somos.

Há uma controvérsia sobre se o caso foi real, ou se foi "aumentado" (ou mesmo inventado) para fins editoriais, mas o fato é que o livro parte de uma pesquisa médica verdadeira (inclusive tendo sido publicado em revistas especializadas na época), possuindo portanto importante legitimidade. Mesmo que se considere uma invenção, vale como um excelente livro de ficção no mínimo, com importantes perspectivas sobre a mente e a psicologia humanas.

A leitura é de uma clareza exemplar. A autora trabalha com maestria o assunto. O tema é real, mas o estilo da obra é o de um livro de ficção, sendo saboroso de ler. É impressionante como a autora consegue lidar com dezesseis personalidades diferentes e, mesmo assim, o livro ficar sem confusões. Tudo é muito fácil de acompanhar. É uma leitura que gera empatia e torcemos genuinamente pela protagonista.

As páginas vão fáceis. São mais de 400 delas, mas você vai se ver pegando o livro de novo muito frequentemente, para avançar mais a leitura. É cativante. Algumas passagens são dolorosas, outras são surpreendentes. É um livro coerente e bem sustentado, sem grandes falhas de narrativa ou erros de exposição.

Livro bem embasado por informações da psicanálise/psiquiatria, sem que isso se torne maçante. Não requer qualquer conhecimento prévio para ser acompanhado. É tudo muito bem explicado.

A leitura é altamente recomendável. Ele não só tem um alto valor de entretenimento, como nos ensina e nos espanta a respeito do abismo sem fundo que é a complexidade da mente humana. E, ao mesmo tempo, mostra que ela tem uma origem muito bem definida, nos nossos traumas e defesas. É um livro que joga uma luz sobre nós mesmos.

Não perca tempo entrando na polêmica se Sybil inventou ou não o seu caso. O tema é controverso e vai tirar o humor da leitura. Pense que, se fosse somente uma ficção como qualquer outra, o livro teria o seu valor. Pode, então, ser encarado assim.

Possui adaptações cinematográficas. Texto limpo, a autora é objetiva, mas não banal. A experiência em jornalismo dela deve ter colaborado. Muito bem escrito e leitura muito fluida.
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Sandra 27/06/2020

Impactante
Literatura voltada à transtornos de personalidade. Narra a difícil construção psíquica de uma jovem que sofre maus tratos pela mãe. Leitura de universidade
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caroldea 18/05/2020

Chocante
Este livro nos leva a refletir o quanto a mente humana é complexa. Pode ser uma leitura desgastante por causa do ritmo lento que a trama adota, entretanto vale muito a pena.
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Lua 03/04/2020

Uma livro informativo maravilhoso
É um livro que conta a vida de Sybil, que foi a primeira pessoa com multiplas personalidades que foi "descoberta", pois foi a primeira a ser tratada.
A vida dela não foi nada fácil, a mãe abusava psicologicamente e fisicamente da menina (chegando à tortura), o pai era ausente e não mostrava ter interesse de perguntar para a filha do porquê estava machucada, sempre perguntava para a mãe e o que ela respondia ele aceitava.
E durante esses anos ela foi se dividindo em várias personalidades, sendo duas masculinas, duas crianças (se não me engano) e as outras se formaram durante a adolescência e fase adulta.
Quando resolveu procurar saber do porquê ela tinha apagões constantes, descobriu as múltiplas personalidades e resolveu se tratar.
Em algum momento quem a ajudava no tratamento não poderia ajudar mais ela, então Sybil começou a se autotratar e a vida dela, aos poucos, vai entrando no eixo.
Não coloquei que continha spoiler pois é um livro informativo, só falei por cima, para saber de forma mais precisa, recomendo mto a leitura.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 20/03/2018

Rory Gilmore Book Challenge
Flora Rheta Schreiber, falecida em 1988, foi uma jornalista americana que se especializou em escrever romances sobre casos reais de esquizofrenia. Além do seu bestseller Sybil, ela também escreveu um livro sobre o serial killer Joseph Kallinger.


Sybil, escrito em 1973, documentou o caso real da paciente Shirley Ardell Mason, na época ainda viva e que, por isso, ganhou o pseudônimo que dá nome ao livro. Sybil procurou psicoterapia pois sofria de lapsos de memória, bem como de crises de ansiedade. Ao longo de seu tratamento co a psicanalista Connelly Wilbur, descobriu-se que Sybil, na realidade, sofria de múltiplas personalidades e estava dividida em 16 partes. O desafio da Dra. Wilbur foi de descobrir suas 16 personalidades e integrá-las, para que Sybil pudesse voltar a ter uma vida funcional.

Aos poucos, o processo psicoterápico deixa claro quais são as origens da ruptura da mente de Sybil. Sua mãe, Hattie, era esquizofrênica e abusava de Sybil quando criança, tanto fisica quanto psicologicamente. Hattie molestava crianças, torturava Sybil e a mutilava nos orgãos genitais, quando Sybil tinha não mais que quatro anos de idade. Três personalidades de Sybil (Ruthie, Peggy Lou e Peggy Ann) foram derivadas destes traumas iniciais. Além disso, os pais de Sybil faziam sexo na frente dela, o que contribuiu para sua doença.

As personalidades de Sybil comunicavam-se entre si, através do inconsciente de Sybil, mas Sybil não tinha conhecimento de nenhuma delas. As personalidades tinham vidas próprias (amigos, trabalhos, atividades) e, quando estas personalidades desempenhavam estas vidas paralelas, Sybil ficava completamente ausente, de onde vinham seus lapsos de memória. Quando um(a) amigo(a) de uma das personalidades encontrava a Sybil consciente, momentos esquisitos e desconfortáveis aconteciam, e Sybil não conseguia compreender como tantas pessoas a conheciam sem que ela soubesse quem elas eram. Estes episódios do cotidiano foram muito bem escritos por Flora e sua competência narrativa faz o leitor apreender a existência confusa e dolorida de Sybil.

Vicky, uma das personalidades, começou a ajudar a Dra. Wilbur, orientando-a sobre como conduzir as sessões com as outras personalidades. Vicky parece compreender a totalidade do inconsciente de Sybil e é a ferramenta mais importante da psicanalista. Suas dicas foram imprescindíveis para que a integração de Sybil fosse possível.


Outro aspecto curioso é que Sybil tinha duas personalidades masculinas - Mike e Sid - que eram espelhos de traços de personalidade do pai e do avô de Sybil. Elas também representavam todo o desprezo que Sybil sentia pelos homens e por relações íntimas. Além delas, Sybil tinha personalidades extremamente fanáticas e religiosas (Marcia, Helen, Nancy) que odiavam Sybil e queriam prejudicá-la. Talvez estas personalidades, as negativas, tenham sido as que mais atrapalharam o processo terapêutico. Por outro lado, Sybil tinha personalidades alegres, expansivas e muito interessantes, como a própria Vicky e Vanessa. Elas ajudavam a Dra. Wilbur a perceber que Sybil ainda tinha possibilidades de ser feliz.

A Dra. Wilbur mostrou-se envolvida afetivamente com Sybil, considerando-se sua amiga, e estes sentimentos a impulsionaram a prosseguir com a terapia quando tudo parecia perdido. Posteriormente, alguns jornalistas disseram que todo o caso não passava de uma fraude mas, na minha opinião, é só a dificuldade que as pessoas tem de entenderem que a mente humana é muito mais complexa do que somos capazes de imaginar.

O livro é pesado e, embora trate de psicanálise, qualquer leigo no assunto é capaz de entender o passo-a-passo da integração. Flora escreveu de uma forma que o relato não parece um documentário nem um prontuário, e sim, uma obra de ficção, o que prende a atenção de quem lê. Foi uma leitura muito intrigante e que, de forma geral, me agradou

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2018/03/rory-gilmore-book-challenge-sybil-de.html
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Patrícia Belmonte 20/09/2017

"SYBIL", FLORA RHETA SCHREIDER - EDITORA CÍRCULO DO LIVRO
Sybil é um livro escrito pela jornalista estadunidense Flora Rheta Schreiber e publicado em 1973, a história de uma mulher (identificada anos depois como Shirley Ardell Mason), que sofria de transtorno dissociativo de identidade e teve 16 personalidades diferentes.


Um livro forte, uma leitura intensa com algumas passagens difíceis de serem lidas pela intensidade das situações vividas pela personagem. Uma história comovente e que pode ser de grande interesse para quem tem curiosidade sobre assuntos de psicologia, psicanálise e transtornos mentais.

Sybil é a história da psicanálise das dezesseis personalidades de Sybil, levada a efeito durante onze anos e a única psicanálise de uma personalidade múltipla até então realizada. Esta narrativa vigorosa e absorvente acompanha o desenrolar estranho e angustioso da história das muitas facetas de Sybil - envolvendo a reconstituição dos primeiros e chocantes anos de sua vida, até a integração das muitas personalidades numa única. Baseado em horas de conversa com as principais personagens, em notas feitas pela Dra. Wilbur, durante a análise, em diários e ensaios de Sybil, em gravação das pretensas personalidades verdadeiras e na acareação com cada uma das dezesseis personalidades de Sybil. Este livro conta a história da luta desesperada de uma mulher que quer voltar a ser uma só.

site: http://atualizandolivros.blogspot.com.br/2017/09/sybil-flora-rheta-schreider-editora.html
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