z..... 05/07/2016
Um clássico na cronologia do Aranha. A história tem seu valor por ser desafiadora às personagens, instigando a superação de seus limites e temores, numa busca de libertação. Por conta disso o texto tem vários momentos introspectivos, com reflexões e decisões marcantes.
É o caso do Kraven tentando superar o Aranha como um objetivo final de vida. Algo de instinto animal, a que ele é dado, onde o adversário tem que ser derrotado e subjugado como inferior. O cara fala tanto de nobreza, mas se entrega a uma causa de valor ilusório e de deplorável orgulho (no objetivo, execução e desfecho).
O Aranha vive no limite de suas escolhas e responsabilidades assumidas. Um guerreiro resiliente em seus objetivos, por mais desestimulantes ou penosos que se apresentem ou tentem lhe incutir outra visão. Seu desafio é a constância em seus ideais, o que entendo por heroísmo.
Ratus é uma criatura atormentada pela incompreensão de sua identidade, vivendo o que lhe é monstruosamente natural. É instigado a canalizar suas frutrações para um objetivo de derrota do Aranha, a personificação do mal que ele vê e projeta por conta da incompreensível retaliação à suas ações em sua mente. Em busca disso ele tenta vencer temores como a luz do dia.
A vida desses três se entrelaça nessa HQ, em rumos marcantes em suas vidas.
Nessa dos roteiristas resgatarem da morte as personagens, bem que poderiam trazer o Kraven numa aventura que o colocasse em choque com o Predador. Que tal, hein? Seria uma história bacana, no estilo dos exóticos encontros no mundo dos quadrinhos.