Livrendo 27/07/2023
Indico demais.
A saga “O Cemitério dos Livros Esquecidos” mexeu com todos os meus sentimentos, provocando uma verdadeira revolução. Senti revolta, fiquei feliz, triste e me emocionei... muuuito. Torci desesperadamente por alguns personagens, odiei outros, embarquei no clima loucaço de aventura, enfim, a saga provou um verdadeiro rebuliço em meus sentimentos.
Hoje, estou aqui para indicar os quatro livros que formam a saga – A Sombra do Vento, O Jogodo Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos – magistralmente escrita pelo saudoso Carlos Ruiz Zafón que faleceu há aproximadamente cinco meses. Fiquei muito triste em saber que jamais teremos a oportunidade de ler, novamente, os enredos cheios de mistério e recheados de dramas amorosos que saiam da cabeça do autor espanhol. Realmente, uma pena.Apesar de muitas pessoas disserem que os livros da saga podem ser lidos fora de ordem já que não são sequências diretas uns dos outros, o meu conselho é para que a galera interessada leia, sim, na sequência. Isto porque, vocês irão acompanhar a ordem cronológica dos acontecimentos, apesar dos quatro livros terem tramas independentes, com começo, meio e fim. Aliás, o próprio Zafon disse que cada livro da saga apresenta uma porta diferente de entrada para a trama, podendo ser lidos em qualquer ordem, mas repito, prefiro lê-los na sequência cronológica do enredo e não dos lançamentos dos livros.É importante frisar que a trama de cada um dos romances acontece numa época diferente e sempre ganhando novos personagens que passam a interagir com os personagens do núcleo principal da trama, formado por Daniel, seu pai – o Sr. Sempere – Beatriz e Fermin Romero. A genialidade de Zafón fez com que até mesmo personagens secundários ganhassem uma importância enorme na trama, deixando os leitores com um gostinho de quero mais, hiper-curiosos para saber detalhes sobre as suas vidas. Acredito que esse foi um dos motivos que levou o autor a escrever os outros três livros, após o lançamento de A Sombra do Vento que foi publicado, inicialmente, sem a intenção de tornar-se o ponto inicial de uma trilogia ou quadrilogia. Por ter um grupo de personagens muito interessantes e que poderiam ser melhor desenvolvidos em outros livros, Zafón teve o insight de escrever O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos, nascendo assim, a famosa saga.Em A Sombra do Vento, lançado em 2001 – chegou ao Brasil, pela editora Suma, somente em 2007 - e que transformou Zafón num escritor respeitado em todo o mundo, conhecemos um Daniel Sempere criança que foi criado pelo seu pai, um livreiro, após a morte de sua mãe Isabela. Daniel, aliás, nunca chegou a conhece-la e como o Sr. Sempere preferiu ficar calado sobre o passado da esposa, o jovem pouca coisa sabe.
Quando completa 11 anos, Daniel é levado pelo seu pai para visitar uma biblioteca enorme chamada de o “Cemitério dos Livros Esquecidos”. Neste local há uma regra que deve ser cumprida à risca. Chegando lá, você tem o direito de escolher um livro e se comprometer a cuidar dele. O garoto escolhe, então, uma obra chamada “A Sombra do Vento” escrita por Julián Carax, um autor misterioso e que publicou apenas esse livro. Daniel gosta tanto da história que resolve investigar um pouco mais sobre a vida desse enigmático autor que viveu na Barcelona dos anos 20, há quatro décadas da Barcelona dos 60, onde Daniel vive com seu pai. Para tentar decifrar o mistério envolvendo Carax, o jovem conta com o apoio de Fermin Romero que trabalha na livraria do Sr. Sempere. Os dois se envolvem numa intriga arriscada relacionada ao livro “A Sombra do Vento”.
Eu amei esse livro e posso dizer que ele é uma porta para esse universo acolhedor e ao mesmo tempo eletrizante dessa série maravilhosa. Eu indico demais.
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