Um cisne selvagem e outras histórias

Um cisne selvagem e outras histórias Michael Cunningham




Resenhas -


7 encontrados | exibindo 1 a 7


@jaquepoesia 18/09/2023

Cunnigham recriou os finais dos contos de fadas e oferece aos seus leitores(as) uma versão muito diferente do típico "felizes para sempre". Com contos modernos sobre como os vilões/bruxas se tornaram cruéis (sobretudo consigo mesmos) aqui as personagens dos clássicos dão lugar a seres humanos frustrados e angustiados com suas realidades. E as ilustrações de Yuko Shimizu fazem deste um livro ainda mais criativo, sombrio e original.

📖 UM CISNE SELVAGEM
Um príncipe cujo o braço direito é uma asa de cisne, é resultado da cura parcial de uma maldição. Servindo de piada para os próprio familiares, o ex príncipe encara o mundo real e tenta se readaptar, no entanto é levado pela desesperança e se vê refém do alcoolismo.
📖 VELHA DOIDA
A dona da casa feitas de doces talvez seja uma mulher de certa idade, que depois de três divórcios decidiu morar no subúrbio. 💬 Eis aqui um conto sobre quem seria a bruxa do clássico "João e Maria".
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
Em uma reflexão sobre o clássico, o autor descreve a decepção da mãe por ver o filho vender a única fonte de renda família a troco de feijões mágicos.
"Contos de fadas normalmente têm uma moral(...) A lição seria: mães, tentem ser mais realistas em relação a seus filhos imbecis, não importa o quanto seus sorrisinhos malandros sejam charmosos, não importa o quanto seja de doer o cotação aquela mecha desarrumada de cabelo-doorado escuro. Se os romantizarem, se insistirem
em virtudes que claramente não têm, se persistirem em seu desejo cego de ter criado um filho sensato, um filho que lhes ajudará na velhice... não fiquem surpresas caso se vejam caindo no chão do banheiro e passando a noite inteira por lá, pois seus
filhos saíram para beber com os amigos até o nascer do sol."
• Mas logo o autor enfatiza que infelizmente o conto não é sobre isso e sim sobre acreditar em mágia.
comentários(0)comente



Lice 22/02/2023

Eu queria dar 2.7 pra esse livro, acima da média, mas pouco
Primeiramente eu queria elogiar as ilustrações  elas deixaram tudo mais interessante, eu amei muito. A introdução do livro também foi bem cativante e me deixou empolgada pra ler os contos.

O primeiro conto fazendo jus ao nome da coletânea também me cativou, foi um bom começo, acho que era pra ser inspirado no patinho feio (????) Não tenho certeza, mas gostei bastante.

O do "Homenzinho" eu descobri pesquisando que era a do Rumpelstichen, foi uma das histórias que eu mais gostei, mesmo não sabendo muito da original, foi bem interessante.

O da Branca de Neve até agora eu estou tentando entender... o de João e Maria acho que tudo aconteceu muito rápido também.

Rapunzel é o conto de fadas que eu mais gosto e foi o que eu menos gostei dessa coletânea, então fiquei bolada.

Já o do Pé de Feijão e o do Soldadinho de Chumbo me surpreenderam bastante.

Não acho que a finalização do livro foi tão boa, não gostei tanto dos últimos contos e me bateu um soninho.

Em um geral, creio que a experiência é interessante, me fez conhecer alguns contos de fadas que nunca tinha ouvido falar, mas admito que de 11 contos, eu só gostei de verdade de 4 deles.
comentários(0)comente



Ludy 01/12/2022

O livro tem uma linguagem fluida, traz diversas ilustrações, é dividido em 11 fábulas curtas que retratam vários contos de fadas que já conhecemos, mas em uma versão completamente nova. Achei o livro inovador, prende o leitor do início ao fim, muitas vezes as histórias são ligadas a nossa realidade atual, onde é possível identificar relatos que poderiam muito bem acontecer na realidade.

Uma das milhas fábulas favoritas foi a da velha doida, que nada mais é do que uma referência aos conhecidos João e Maria, porém um relato de como a bruxa foi parar na casa de doces e quais eram os seus planos.

É um livro rápido de ler e que super recomendo.

Você já conhece o lado bonito dos contos de fadas, mas e o lado sombrio, você está preparado(a) para conhecer ??
comentários(0)comente



Mariana Dal Chico 19/10/2022

Meu primeiro contato com a escrita do autor Michael Cunningham foi com o livro “Um cisne selvagem e outras histórias” publicado no Brasil esse ano pela @BertrandBrasil que gentilmente me enviou uma cópia de cortesia. O livro tem ilustrações de Yuko Shimizu.

Nesse livro, o autor faz uma releitura de alguns contos de fadas. A escrita é bastante envolvente, a narrativa tem agilidade e prende a atenção do leitor. Os contos são curtos, algumas vezes contando o que aconteceu após a quebra de um feitiço, outras trazendo a história para o tempo contemporâneo, com bastante ironia e comentários ácidos sobre a humanidade.

O texto de abertura “Des. Encantar” mostra ao leitor o tom que permeia o livro “[…] A maioria de nós não precisa de ajuda para produzir nossas próprias desgraças. […]”

“A pata do macaco” é baseado no conto homônimo de W.W. Jacobs, um dos meus contos preferidos de terror - se você gosta do gênero e ainda não leu, aproveite o clima de Halloween desse mês. Aqui, Cunningham dá um final diferente do original e questiona a decomposição da felicidade.

“Homenzinho”, fundamentado em “Rumpelstiltskin” é um dos meus preferidos da coletânea, o autor deu voz a quem não tinha na história original e conseguiu desenvolver bem uma virada na moral dos personagens.

“Feras” é alicerçado em “A Bela e a Fera” e seu desenvolvimento me pegou de surpresa! A protagonista é mais frustrada que altruísta e uma pergunta importante só lhe ocorre após quebrar o encantamento.

“Para/Sempre” fecha o livro com um tom otimista, mas com ótica realista, ainda que os personagens sejam reis e rainhas de lugares distantes, podemos facilmente encontrar elementos da nossa vida diária.

Foi uma ótima experiência de leitura, li um conto por noite antes de dormir, mas como todos os livros de contos, nem todas as histórias me cativaram completamente.

site: https://www.instagram.com/p/Cj58Lm-OcYM/
comentários(0)comente



Clube do Farol 12/10/2022

Resenha por Elis Finco @efinco
Olá, faroleiros. Hoje é dia de escrever sobre a leitura de uma releitura. Um novo olhar sobre os contos de fadas que nos contaram quando éramos novos demais para entender além da primeira moral, e que agora talvez sejamos velhos demais para ler sem nos questionar sobre as verdades escondidas entre as linhas e todo o pó de fadas e magia. Mas nem tudo precisa ser tirado nesse processo e por isso as ilustrações e a belíssima edição nos recordam que nunca deixaremos de olhar uma história com a mesma fascinação da infância, porque é onde reside nossa capacidade de acreditar, que talvez em algum lugar essas histórias foram reais, mesmo que esse lugar seja a criatividade de quem a escreveu.

A coletânea é composta por 11 histórias diferentes e independentes tanto em narrativa, algumas em primeira, outras em terceira pessoa, quanto em tamanho. Enquanto fui lendo, fiz uma divisão em duas partes do livro, porque acabei me encantando mais pela segunda metade do que da primeira. Nessa primeira, ele trouxe uma versão que quebrava a barreira do tempo espaço, misturando a época em que foram escritas e os dias atuais, em uma mistura um tanto quanto absurda e sem dúvida bastante sexualizada, porém, em momento algum de forma gráfica. O tom deste livro acabou em uma mistura perfeita entre o bem-humorado, a crítica e a ironia.

Na segunda metade, os contos são bastante fieis a seus originais, contudo dando fala a personagens que não as tinham ou simplesmente nos fazendo questionar atitudes, situações e ações que bem analisadas, mostram que foram bastante romantizadas para a narrativa infantil e que, quando colocadas sob a lente da vida adulta, mostram que normalizaram atitudes realmente indesculpáveis. Como a maioria das antologias, essa também tendia a ser um pouco confusa. Diria que a maioria das histórias foram boas ou ótimas e poucas delas eram apenas boas, felizmente essas eram as mais curtas.

Não foram reescritos para serem apenas divertidos ou terem uma nova “lição de moral”, mas sim para serem divertidos, esclarecedores, sombrios e honestos. Neles encontramos o ciúme, desgosto, o nunca estar satisfeito, medo, pena e o amor. Exatamente como a vida adulta, onde o “felizes para sempre” é uma ilusão — quase um truque de mágica —, e como tal encantadora, muito caprichosa, contudo, a perspectiva adulta consegue adicionar humor, ternura e melancolia tão presentes na vida.

O convite é ver os contos depois do "felizes para sempre", quando a mágica acabou, e a “realidade” começaria a acontecer. Como seria para Branca de Neve ser casada com alguém que não se importou de beijar alguém morta em seu caixão? Eu sei que não faltam histórias de contos de fadas publicadas, mas eu acredito que Michael Cunningham fez um trabalho fantástico de humanizar os relacionamentos dessas histórias. O sombrio nos contos é graças a realidade, afinal o que te assusta mais? O fantasma que não existe e deixa de assustar com o simples acender das luzes, ou o que se esconde sob a forma humana e que você pode encontrar nas ruas da vida ou estar ao seu lado dentro de casa?

Agora, preciso mesmo falar das ilustrações. Gente, ficaram INCRÍVEIS!! Sério, eu fiquei realmente chocada com o quanto o trabalho em preto e branco trouxe um visual deslumbrante para as histórias. Elas são instigantes, lindas e horripilantes de alguma forma, perfeitas exatamente por serem assim.

A edição, na totalidade, é um presente a quem lê, ortografia, revisão e diagramação deixaram a leitura ainda mais prazerosa e mesmo as folhas brancas contribuíram para o efeito visual lindo do livro. Sério, amei e achei zero defeitos.

site: http://www.clubedofarol.com/2022/09/resenha-um-cisne-selvagem-e-outras.html
comentários(0)comente



Thefllyn 13/09/2022

"Um Cisne Selvagem e Outras História" nos apresenta releituras de contos de fadas de uma maneira moderna e mais adulta, mas sem perder a essência e o jeito de contar histórias fantásticas que nos causam tanto fascínio.

Alguns contos são mais fantasiosos, outros puxados para o terror e ainda há os que exploram um lado mais humano, onde não existe bem e mal e sim uma mescla dos dois lados, mostrando que nem tudo é preto no branco.

Os contos focam muito nesta questão mais humana, mostrando um lado que não conheciamos de personagens aos quais crescemos ouvindo as histórias.

E se o vilão na verdade não fosse vilão?

E se as princesas não fossem assim tão puras?

E se o egoísmo, a arrogância, o interesse, fosse o que motiva personagens que até então nós conheciamos como o completo oposto disso?

O autor nos apresenta exatamente isso, nos coloca para pensar, nos assusta, nos mostra um lado totalmente novo dessas histórias.

Uma das melhores coisas neste livro é que o autor transita muito bem entre os gêneros, passando da fantasia, ao terror, ao drama, ao romance, e não perde a mão, os contos mantém o mesmo nível do início ao fim.

O último conto me emocionou bastante, pois traz uma história muito bonita. Um outro conto me deixou muito assustada, pois tinha aquela atmosfera aterrorizante dos contos de horror. Outros me deixaram muito surpresa ao desconstruir as histórias que eu conheci quando criança.

O livro vale super a pena, é uma leitura rápida, os contos prendem e mantém o interesse e tem histórias para todos os gostos.
comentários(0)comente



Jaderson.Felisberto 03/08/2022

Bizarro
A melhor parte de se ter uma re-leitura de algo é que literalmente você passa a ver coisas sobre outro prisma ahs fax com que sua cabeça exploda.
comentários(0)comente



7 encontrados | exibindo 1 a 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR