A Questão dos Livros

A Questão dos Livros Robert Darnton




Resenhas - A Questão dos Livros


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Gabriel.Henrique 30/01/2024

Gostei bastante da leitura, ajudou-me a expandir meus pensamentos a respeito sobre como funciona o mercado editorial assim como o futuro dos livros, visando que o livro foi escrito em 2010, hoje +10 anos depois vemos que Darnton pensou no futuro e como isso reflete na vida das pessoas, com seus Kindles e até mesmo a pirataria.
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Tauana Mariana 08/01/2015

Amei
Sobre o livro:
O livro é uma coletânea de ensaios escritos ao longo da careira da autor. trata sobre diversos assuntos relacionados aos livros. O mais interessante é ler uma obra que relaciona o códex e o Google, que conta-nos que muitos bibliotecários destruíram livros e jornais com o intuito de preservá-los, que explica-nos que possivelmente nunca lemos ou leremos um Shakespeare original, pois muitos tipógrafos alteraram suas publicações ao longo dos anos (o autor preocupava-se mais com as peças do que com as obras).

Também foi sensacional ler a defesa da materialidade do livro, que o cheiro, textura, o projeto gráfico e aspectos físicos como um todo influenciam o modo como lemos. A morte do livro foi tantas vezes declarada, como bem lembra o autor, mas parece (ufa) que estamos longe disso. Parece que McLuhan não estava tão certo assim, ao afirmar que a palavra impressa desapareceria.

site: http://tauanaecoisasafins.blogspot.com.br/2015/01/a-questao-dos-livros.html
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Bruna 10/11/2011

Darnton tem meu respeito! Este foi o segundo livro dele que li, e o proveito, novamente, foi grande.

"A Questão dos Livros" é dividido em três partes - Futuro, Presente e Passado. Achei a primeira bastante diferente, visto que trata de temas super atuais - como o Google Book Search, o problema dos copyrights etc. - e mostra argumentos concretos e fatos acerca do destino dos livros de papel. É uma discussão muito instigante e construtiva.

Gostei muito também da terceira parte, principalmente quando Darnton trata dos "livros de lugares-comuns", revelando o modo como as pessoas liam séculos atrás, que é muito interessante! O livro como um todo é uma grande discussão que traz bastante informação e conhecimento a respeito da história e das questões dos livros...

Robert Darnton voltará, sem dúvida, às minhas leituras. Para quem se interessa pelo universo da leitura, recomendo!
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Ludmila119 31/08/2016

A questão dos livros
No meio literário, uma das discussões em maior evidência é sobre o que acontecerá com o livro. Nunca se produziu e vendeu tanto, e ainda entram no mercado novas tecnologias de leitura que prometem mudar o cenário literário. Aqui no Brasil, o mercado editorial baseado na digitalização ainda está engatinhando, mas nos Estados Unidos esse é um tema discutido há muito tempo, e os números só apontam para o crescimento do consumo de e-books e e-readers. A Questão dos Livros (Companhia das Letras), do historiador Robert Darnton, faz justamente essas reflexões, mas por um olhar acadêmico. Nessa reunião de ensaios e artigos, o autor fala de questões relacionadas ao presente, passado e futuro do livro e, principalmente, das digitalizações de obras promovidas pelo Google.

Darnton trabalhou como jornalista e é especializado na história do mercado editorial francês do século XVIII. Atualmente, é diretor da Biblioteca da Universidade de Harvard, que conta com um acervo com mais de 14 milhões de obras. Em A Questão dos Livros, ele divide seus textos em três partes, começando pelo futuro do livro. Aqui, o assunto mais recorrente é o Google Book Search, iniciativa da empresa em digitalizar acervos de grandes bibliotecas e disponibilizá-los em um banco de dados para acesso de qualquer pessoa. Sua opinião sobre esse empreendimento é dividida. Por um lado, aprova a ideia, pois facilita a difusão de conteúdo e de conhecimento. Por outro, desaprova a ideia de cobrar pelo acesso a essas informações, forma escolhida pela empresa para pagar pelos direitos autorais das obras depois de um processo que terminou em acordo entre editores, autores e o Google.

A crítica de Darnton a esse lado mercadológico do Google Book Search é necessária. Como ele afirma, será uma assinatura para o acesso ao banco de dados inclusive das bibliotecas que lhe cederam gratuitamente as obras para digitalização. Outro ponto negativo dessa iniciativa apontada pelo autor é o possível monopólio que será construído pela empresa, que quer atuar sozinha na distribuição online desse tipo de conteúdo. Darnton caracteriza isso como a privatização de um bem público, e condena o poder sobre todos esses acervos digitais nas mãos de uma única empresa. Ele mesmo admite que os termos do contrato entre o Google, editoras e autores são confusos, mas apresenta de forma clara as questões mais polêmicas sobre esse caso.

Apesar de declarar abertamente seu apreço pelos livros físicos, ou melhor, pelo códice, Robert Darnton se mostra um entusiasta dos livros digitais. Falando sempre com o olhar de pesquisador, na parte sobre o presente do livro ele narra iniciativas que comandou para a publicação de obras na internet. Um dos artigos mais interessantes é o relato da criação e resultados do projeto Gutenberg-e, liderado por ele em 2000. O projeto consistia na publicação de monografias no formato e-book como forma de facilitar a entrada de jovens pesquisadores de História na carreira acadêmica. Darnton faz todo um histórico sobre a crise da publicação de monografias, fruto de uma reação em cadeia que começou com o aumento do preço de periódicos que obrigou as bibliotecas a fazerem cortes em suas verbas. Ele apresenta toda a proposta do projeto e faz um relatório dos resultados até o seu último ano de implementação, em 2006. Um outro objetivo do Gutenberg-e, segundo Darnton, era afirmar a seriedade dos e-books, tratá-los com o mesmo respeito de um livro publicado fisicamente.



Ao falar do passado, o historiador apresenta o estudo da História do livro, pesquisas sobre o comportamento do mercado editorial e também sobre a preservação do papel. O primeiro texto é um ensaio que realizou sobre o livro Doublé Fold, de Nicholson Baker, uma espécie de denúncia contra a destruição de coleções de jornais promovidos por bibliotecários dos Estados Unidos em nome da preservação. Darnton reafirma a durabilidade dos códices, falando criticamente do livro de Baker e de como ele apresentou essa caça ao papel nas bibliotecas. Ocorrida com mais freqüência nos anos 80, bibliotecários americanos começaram a implantar a preservação de periódicos antigos em microfilmagem, danificando e, literalmente, jogando no lixo jornais e revistas antigas que são o material básico para um estudo histórico – mas não o mais importante, ressalta o autor.

E a crítica está justamente na qualidade dessas conversões, em que Darnton aponta seu curto período de vida: muitos microfilmes já estão deteriorados e se perdeu muito material com as fotografias feitas às pressas. Ele concorda e condena a atuação desses bibliotecários assim como Baker, mas também critica a forma como o autor fez esse relato apocalíptico e malévolo contra as bibliotecas, mostrando os exageros textuais da obra. Ainda falando do passado, Darnton mostra de forma bem didática como funcionam os estudos sobre a História do livro, usando como exemplo pesquisas que procuraram entender o comportamento de editoras, livreiros e leitores do passado. Ele afirma o quão complicado é definir como se lia antigamente e o real impacto dos livros na sociedade, um artigo que só aumenta a curiosidade do leitor, que está tendo esse primeiro contato com estudos sobre o livro.

A Questão dos Livros trata de tantos pontos interessantes ligados à História do livro que é impossível falar de todos em um texto só. Para alguns, pode parecer um ode ao livro de papel, uma opinião atrasada sobre essa plataforma de leitura. Mas Robert Darnton fala de forma tão entusiasmada sobre a internet nesse meio, que mostra que os e-books são sim o futuro do livro, mas que ainda há muito o que ser estudado para garantir a preservação das informações e um modelo justo de distribuição do conhecimento. Segundo ele, papel e internet vão coexistir por um bom tempo, e nem e-books, nem livros físicos, devem ser tratados como meios irrelevantes de leitura. Mesmo apresentando essas reflexões por um lado mais acadêmico, A Questão dos Livros é recomendado tanto para quem ama livros, quanto para os otimistas do mercado digital.

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Sarah 13/04/2018

A questão dos livros
Um livro que de fato traz muitas questões e informações interessantes sobre a história do livro, porém, ao mesmo tempo bem cansativo e repetitivo em alguns pontos.
Por ser formado de vários artigos escritoao longo de algum tempo pelo autor para veículos diferentes, alguns temas são bem repetitivos, como o caso do Google Book Search, principalmente no início, que é explicado cerca de 3 vezes e eu já não aguentava mais ler sobre isso.
Algumas coisas foram decepcionantes como o fato de ele ser bem mais focado no mundo acadêmico e deixar de lado livros de entretenimento. Ele trata muito de publicação de monografias e periódicos acadêmicos, mas nada sobre literatura de impulso.
O livro foi compilado com todos os artigos em 2010, mas a maioria dos artigos foi escrito em 2000 e alguma coisa, o que traz algumas informações ultrapassadas, embora seja interessante ver as previsões do autor para a questão do e-book, um tempo de mais ou menos 10 anos para esse assunto é muito grande, então as informações estão completamente defasadas, já que o e-book atualmente é muito mais atuante no mercado e presente na vida de leitores assíduos.
Algumas perspectivas sobre a história do livro, a questão do papel e de como o códice realmente não vai ser deixado de lado entretanto trouxeram alguns pontos interessantes para o livro como um todo.
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