A barata

A barata Ian McEwan




Resenhas -


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Wanderson.Pill 27/02/2020

Criatividade e criticidade
Do ponto de vista satírico com o brexit, o autor tece uma critica bem criativa e mordaz ao associar o espírito dos ministros que apoiam esse postura como baratas ou inseto cafkaniano.
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Elaine | @naneverso 15/02/2020

E se o futuro do seu país fosse confiado a uma barata?
A barata ? escrito por Ian McEwan, publicado pela Companhia das Letras e traduzido por Jorio Dauster ? é basicamente uma sátira do Brexit, tendo como personagem principal uma barata que, de repente, acorda no corpo do primeiro-ministro britânico.

Apesar de bem fundamentado e de realmente ser possível ver as caricaturas de várias figuras da política que conhecemos, a maior parte da história é tediosa e apresenta alguns pontos questionáveis. A parte mais interessante mesmo é o posfácio, onde o autor explica de onde tirou suas ideias e o que tentou fazer com a obra. Talvez eu tivesse preferido ler um artigo escrito por ele sobre o assunto do que um livro de ficção. ?????

De qualquer forma, é uma leitura rápida e que causa algumas risadas de vez em quando. Pode ser uma boa opção para aqueles momentos em que estamos entre uma leitura e outra, esperando num consultório médico ou apenas de bobeira em casa.
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andrealog 15/02/2020

Instigante
Como sempre Ian McEwan tem a capacidade de nos tirar da zona de conforto. Realista, incômodo, sensacional! Ao final da leitura não tem como você não olhar para o lado e refletir afinal quem é quem???
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Leila de Carvalho e Gonçalves 03/02/2020

Reversalismo
A Barata? é uma sátira política de autoria de Ian McEwan cujo tom remete a Jonathan Swift e seu ponto de partida é ?Metamorfose?, um clássico da literatura escrito por Franz Kafka.

Considerado como um conto longo, são apenas 103 páginas, o livro começa numa manhã, quando uma barata acorda depois de um sono inquieto e constata que não é mais uma barata... Tornara-se uma criatura gigantesca e monstruosa, um humano, e não se trata de qualquer humano mas de Jim Sams, Primeiro-Ministro do Reino Unido.

Apesar de McEwan afiançar que os nomes e personagens são produto de sua imaginação e qualquer semelhança com baratas reais, vivas ou mortas, é uma simples coincidência, fica claro para o leitor que a tal barata é uma projeção de Boris Johnson e a história é uma resposta literária para o dilema do Brexit. Por sinal, comecei a ler o conto em 31 de janeiro, dia que a Inglaterra saiu da União Europeia, fato que comprova a atualidade e o interesse que pode despertar a obra.

Entretanto, ?A Barata? não é apenas sobre um inseto transformado em Primeiro-Ministro. Também apresenta um governo que consegue convencer seus cidadãos de que a Inglaterra só voltará a ser a grande potência que foi no passado, caso adote uma doutrina econômica sem pé nem cabeça chamada ?Reversalismo?.

Sinteticamente, ela inverte o fluxo de dinheiro, logo quem trabalha, paga; quem gasta, ganha. Por exemplo: no final de uma semana de trabalho, o funcionário dá dinheiro à empresa por todas as horas que trabalhou, mas quando vai às compras, recebe uma quantia por cada item que leva.

Dividida em quatro capítulos e um Posfácio, a narrativa apresenta o desenrolar de um plano para aprovar essa medida. Ele conta com um Ministério aparentemente formado por outras baratas, uma população instável, sujeita a mídia digital e não digital, além do apoio de Archie Tupper, Presidente dos Estados Unidos, e da desaprovação de uma não nomeada Chanceler da Alemanha.

Se ficou curioso com o destino do Reversalismo e do ortóptero protagonista, adquira o livro, mas posso adiantar que o humor transcende qualquer reflexão mais séria aplicável à realidade. Afinal, como afirma McEwan: ?Se a razão não prevalece, talvez só nos reste o riso.?

Nota: Adquiri o e-book e recomendo.
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