Matheus Nunes 12/06/2020
Não há nada novo debaixo do sol.
Se houver realmente algo de novo sob o Sol, o Brasil e seus presidentes, juntamente com seus militares forçosamente presidentes, habitaram e continuam a habitar em uma esfera completamente diversa da realidade da maioria. São quase sempre as mesmas velhas famílias no poder, nomes que durante a história se repetiram tantas vezes que faz em certos momentos a história parecer monótona.
Levando a esse panorama e me esforçando ao máximo para evitar certos anacronismos, parece por ora que não deveríamos ter saído de uma Monarquia e entrado as presas em uma República sem planejamento algum, e por hora parece que ainda vivemos em uma Republica-monarquista na qual de forma indireta certos nomes continuam a rodear os bastidores de nossa velha história de uma forma claramente e escancaradamente hereditária.
São raros os momentos de paz e de sensatez, nossos governantes sempre parecem envoltos em uma enorme tempestade, algumas vezes criadas por ele mesmo, e por outras são pegos de surpresa por fatores externos. A turbulência nesse meio é mais antiga que a palavra Democracia e na maioria das vezes é quem dita a regra.
Aqui o autor, Rodrigo Vizeu, consegue narrar como ninguém a historia de nossos presidentes e construir perfis biográficos com maestria e com a responsabilidade de um historiador que não toma partidos na historia.
Esse sem duvidas é um trabalho esclarecedor, mesmo que as vezes nos entristeça, saber do passado desde a origem do poder Executivo com toda a certeza nos faz olhar com mais clareza e até certa confiança para os momentos atuais e para os que estão por vir. Com todo o arsenal de perfis traçados aqui é difícil dizer que, neste momento em que vivemos (2020), existe realmente algo de novo em quem nos governa.
Talvez o eco do passado seja quem realmente nos governa.