Paulo 04/05/2010
Comentário
[SPOLERS]
Após um rico prefácio do autor, uma valiosa comédia sobre a hipocrisia e sobre o "romantismo".
Personagens "nobres" vão perdendo esse status conforme os fatos vão vindo à tona.
O primeiro ato começa com a notícia de uma cavalgada heróica de Sérgio, que com ela venceu uma batalha, e os lânguidos suspiros de Raína, sua noiva, idealmente satisfeita com o acontecimento.
A partir daí, tudo são desmascaramentos: o heroísmo foi burrice, como mostra o "soldadinho de chocolate" que invade a casa; o romantismo sincero de Raína, uma farsa; o realismo sincero de Bluntschli, outra farsa; a nobreza de Catarina, puro interesse; a submissão de Nicolau, outro interesse puro.
Cheio de cinismo, o script farsesco é inteligente e cativante.