Calígula

Calígula Albert Camus




Resenhas - Calígula


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Edu 27/08/2022

"Os homens morrem e não são felizes", foi a verdade que Calígula, imperador romano chegou após se deparar com a absurdidade da vida.

Calígula é uma peça muito importante pra Albert Camus (1913 - 1960). Apesar de ter estreado em 1945, ha testemunhos de que o autor franco-argelino desde 1937 já estaria escrevendo algo sobre o herói louco.Camus tinha na época que iniciou a escrever a peça vinte e cinco anos a idade do personagem principal e tinha a intenção de interpreta-lo.

Calígula era de tamanha importância pra Camus que no livro ,"Albert Camus: Tragédia do Absurdo" o Prof. José Jackson faz a citação de uma carta de Camus endereçada a Marguerite Dobrenn de Julho de 1939:

"[...] Não posso afastar meu espírito de " Calígula". É fundamental que o trabalho seja bem sucedido juntamente com meu romance(O Estrangeiro) e meu ensaio(O Mito de Sísifo) sobre o Absurdo. "Calígula" constitui a primeira etapa daquilo que, naquele momento, podeira chamar a minha obra. Etapa negativa e difícil de ter êxito, mas que será decisiva para todo o restante".

No tríptico do absurdo a peça foca na liberdade. Calígula após entender que não têm as rédeas do destino, torna-se um agente do absurdo. O seu antagonista na peça, Kerea ao ver o rastro de sangue deixado por Caio(Calígula), diz ao imperador: "...tenho vontade de viver e de ser feliz. Penso que nem uma coisa nem outra são possíveis quando se leva o absurdo as suas últimas consequências".

A peça termina com Calígula sendo assassinado por seus súditos aos vinte nove anos, tendo governado pouco mais de 3 anos.

Texto indispensável pra quem quer conhecer o pensamento de Albert Camus.
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Janaína Calmet 13/05/2022

E, finalmente, consegui ler a tão famosa peça teatral "Calígula", também do Camus!

Há 27 anos, numa catequese, ouvi falar - pela primeira vez - dessa obra que, diferentemente das demais representações do Calígula, apresenta-o não somente como um devasso impiedoso e louco, mas, sobretudo, como um homem atormentado à procura de um sentido para a própria existência. Um homem que se permite tudo, todos os excessos, todas as abominações, mas que, ao final de sua (breve) vida, percebe que nunca foi - de fato - o "deus" que pensava, que nunca foi realmente livre. Um homem que, ao tentar ver sua imagem refletida num espelho, nada encontra.

Que peça teatral! Há anos a procurava e, finalmente, a encontrei completa em português, num aplicativo de leituras chamado Scribd.

?- Para ir onde? E de que me serve ter as rédeas na mão, de que me serve o meu espantoso poder, se não posso alterar a ordem das coisas, se não posso fazer com que o sol se ponha ao nascente, com que o sofrimento diminua e os homens não morram? Não, Cesônia. Dormir ou estar acordado, tanto faz, se não tenho poderes sobre a ordem do mundo.?
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Bárbara 08/01/2019

Ter poder é dar liberdade ao impossível
Calígula, o imperador romano, após a morte de sua irmã e amante, Druscila, resolve utilizar sua posição e poder para testar os limites do impossível e tornar-se um homem livre de tudo: das amarras sociais, dos deuses, do amor, da moralidade e da ética.
Essa peça de teatro é chamada de "O Hamlet do existencialismo".
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