Bom Dia, Tristeza

Bom Dia, Tristeza Françoise Sagan




Resenhas - Bom dia, tristeza


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Luciana 07/02/2010

Bom Dia Tristeza
Descobri Bom dia tristeza durante o trabalho. Depois de ler a sinopse você fica instigada com o livro e quer ler mesmo. Aproveitei esse desafio para finalmente ler Francoise Sagan. Comprei e li. Depois tive a curiosidade de ver os comentários que as pessoas fizeram do livro no skoob. Lá não encontrei muita coisa interessante, alguns comentam que chegaram ao final com a frase “é só isso”? Acham o livro curto, que poderia contar mais.

Uma pequena decepção que tive desses leitores. Esse foi o primeiro livro de Sagan, que poderia ser algo cheio de erros e uma forma de escrita talvez ainda não defina, sem traços próprios ou um objetivo definido. E foi aí que me surpreendi. Bom dia tristeza não é um livro grande, não contém centenas de páginas muito menos é uma novela de lágrimas, com personagens loucos que não sabem o que querem. Pelo contrário. É a história muito bem definida onde uma jovem relata um curto período da sua vida que fez toda a diferença.

Cecily é uma jovem que perdeu a mãe ainda pequena e seu pai a colocou em um colégio interno. Relação familiar ela só foi ter depois dos 15 anos, quando foi morar com o pai, no qual passou a ter laços fortes e uma relação de companheirismo forte. Para formar a família está a amiga de sua mãe Anne, que também é sua madrinha. Sua vida se transformou na vida do pai: festas romances curtos e nada de aços mais fortes com ninguém. Cecily gosta dessa vida e aceita os romances relâmpagos do pai.

Mas tudo muda em um determinado verão. Verão no qual Cecily relata no livro. Após ir à praia com o pai, Cecily se surpreende ao descobrir que o pai e a madrinha Anne irão se casar. Não acreditando que o pai será feliz assim, e que Anne não os deixará felizes, já que fará com que ambos mudem drasticamente suas vidas, decide terminar esse relacionamento. Com a ajuda de um vizinho e da ex-namorada do pai, procura arrumar um jeito de separá-los.

Cecily acredita que não está feliz com esta decisão e será mais infeliz ainda se seu pai se casar com Anne. Ela não é uma pessoa má, pelo contrário, mostra suas dúvidas e medos de fazer isso e se fazer ambos sofrerem mais. Mas continua com seu plano. O sofrimento não vem com a frustração do desejo, mas sim com o fim trágico que acontece. Cecily agora passa a levar consigo a culpa de algo que fez e destruiu a vida de alguém que ela amava muito.

Talvez esse curto livro, que só tem por objetivo relatar um verão, seja tão belo. Não tem objetivos grandes, não quer fazer uma personagem sofrer meses a fio e deixar o leitor angustiado. Sua leveza e o modo claro e simples de Sagan na hora de escrever que faz o livro ser belo e com uma mensagem maravilhosa.

www.becodaspalavras.wordpress.com
Bruno Oliveira 30/12/2013minha estante
Legal sua resenha, acho que o livro é isso mesmo: essa experiência sensível e auto suficiente de vivenciar os sentimentos de Cecile, seus pequenos dramas e infantilidades. Esse livro é lindo, absolutamente lindo, já nem sei quantas vezes o reli, porque há uma sensibilidade, uma tristeza tão natural nele que me encanta muito.




martinho.bia 27/09/2023

Às vezes, aquilo que tentamos destruir seria um passo para nossa realização pessoal e familiar. Nunca saberemos de fato o que fazemos por capricho e irresponsabilidade. Assim é Cécile e seu pai Raymond pessoas sem responsabilidade afetiva e empatia.
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Gi Gutierrez 20/05/2023

Bom dia, tristeza
"Lembrava-me do jantar que eu tinha acabado de passar, com os dentes cerrados. Roída, desfeita pelo rancor, um sentimento que eu desprezava, que me ridicularizava por sentir... sim, era disso mesmo que eu acusava Anne, ela me impedia que eu amasse a mim mesma."

Das certezas que temos qdo jovens e a primeira vez que as consequências das nossas impensadas atitudes são jogadas sobre nós...
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Jéssica Dutra 02/05/2021

É um livro sutil, melancólico, que fala sobre a perda da inocência e sobre responsabilidade afetiva.

Não sei mais o que dizer, o final é arrasador.
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isabelle. 13/12/2021

eu, tão naturalmente feita para a felicidade, a amabilidade, a inconsequência, entrava por seu intermédio num mundo de reprovações, de remorsos, no qual, pouco experiente na Introspecção, me perdia. detestava-me demais por causa daquela espécie de drama que eu encenava e que não podia mais cessar.

eis que aqueles poucos dias me haviam perturbado o bastante para que fosse levada a refletir, a me encontrar vivendo. passava por todos os horrores da introspecção sem, por isso, reconciliar-me comigo mesma.

sobre esse sentimento desconhecido cujo tédio, cuja doçura me inquietam, hesito em usar o nome, o belo e profundo nome de tristeza. é um sentimento tão completo, tão egoísta, que quase me envergonha, ao passo que a tristeza sempre me pareceu digna.
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Wivy.Lima 24/02/2024

Breve como um verão, eterno como uma memória.
Não tenho capacidade de detalhar as camadas desse livro - se é que realmente existe e eu esteja enlouquecendo.
A trama simplória do livro esconde sua composição; por trás de uma estória sobre uma garota tentando impedir seu pai de se casar com sua madrinha de consideração, encontra-se temas sutilmente até bem desenvolvidos pela autora - aos olhos de quem lê, claro, e eu espero que não tenha sido o único.
O livro retrata estilos de vida, a liberdade versus libertinagem, a irresponsabilidade e imaturidade e a falta de um exemplo de vida. O mais marcante é a habilidade da autora em mostrar como funciona a cabeça de uma (um) adolescente, seus pensamentos constantes, complexos e indecisos - talvez seja pelo fato da autora ter escrito o livro aos 18 anos.
O destino de um dos personagem é trágico, mas nada que abale o leitor ou a obra. É um livro curto, onde vários pensamentos e julgamentos surgem na mente do leitor no decorrer da obra.
mpettrus 27/02/2024minha estante
Comecei a ler esse romance por causa da sua resenha. Fiquei muito na curiosidade.

Adorando a narrativa da Sagan e é como você falou: é impressionante como ela consegue descrever com habilidade como é a mente de uma adolescente.




Gabe, The Dude 20/01/2024

Por mais que a história seja super gostosinha de acompanhar, o final foi bem coerente diante dos absurdos da protagonista, mas mesmo assim não deixa de ser trágico.
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srasandman 22/10/2023

Bom dia, tristeza
Desmonstração de amadurecimento com uma melancolia indescritível. Cécile é uma jovem que experiência o seu primeiro amor, e acaba convivendo com os relacionamentos amorosos de seu pai.
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Edna 05/02/2021

Vazio
"Sobre esse sentimento desconhecido cujo tédio, cuja doçura me inquietam, hesito em usar o nome, o belo e profundo nome de tristeza."

O livro aborda o comportamento dos Personagens, alguns tão apáticos e sempre cem  um silêncio indiferente,  e se julgando dentro dos seus mundos todo tortos, melhores que os outros,  que se tornam tediosos, frívolos e sufocantes, Cécile a narradora é adolescente cheia de vida mas sufocada pelos outros que imprimem à ela aquelas regras vazias e a atropelam em  destaque para Anne que com sua reserva e indiferença a sufocava.

Eles passam as férias em uma Casa  à beira mar na Riviera Francesa o cenário é tão encantador que senti uma frustração por eles serem tão desprovidos de vida, um Pai viúvo de 40 anos e machista, a amante de quase a  idade da filha, e após uma semana de férias já entediado  liga para Anne que foi amiga  da  esposa falecida, e passam juntos a ignorar a presença de Elsa  a amante, sem contar que essa amante era só uma das inúmeras que ele tinha sempre a exibir como troféus e ainda mesmo sendo um bom pai  aos olhos de Cécile, o que ñ acho que era sempre impondo essas convivências à adolescente e Anne já chega pedante com sua "classe" dominando a vida de Cécile, o que desencadeia em Cécile um sentimento de  revanche e arquiteta um plano com a es do pai e Cyril o namorado  que Anne  proibiu, plano que parecia inocente mas foi  fatal nas consequências, Anne flagra os dois Raymond e Elsa e decide ir embora chocada, recebem  telefonema  trágico.

"Sempre fui inconstante e ñ faço questão de me ver diferente do que sou."

"Você não  tem mais ninguém senão a mim, eu não tenho mais ninguém senão a você, estamos sós e infelizes."

"É um sentimento tão completo, tão egoísta, que quase me envergonha, ao passo que a tristeza sempre me pareceu digna."

"O pecado é o único toque de cor viva que subsiste ao mundo moderno." Oscar Wilde
*Cécile repetia a frase lapidária quando confrontada.


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Amanda 23/12/2011

Mais um comentário do que uma resenha.
Eu li algumas resenhas desse livro que ajudaram a lembrar-me dos detalhes da história, a qual eu li a mais de um ano atrás. Não sei como é o estilo da autora, pois só li este livro dela e também não sei como são os livros franceses, por isso não posso falar muito bem desse assunto e nem vou, por medo de generalizar.
Bom Dia, Tristeza tem uma história que eu classificaria como leve. Não é um livro que eu leria com muito entusiasmo, só uma coisa pra passar o tempo mesmo, mas isso é minha opinião. E não é que ache o livro ruim, acho até bem escrito e com uma história interessante, mas, para mim, os personagens não tinham profundeza. A história toda era superficial, senti falta de um clímax propriamente dito. Até mesmo a tragédia que se desenrola no final foi contada de um jeito leve e superficial que nem me pareceu grande coisa.
Talvez seja apenas eu que goste demais de livros intensos, com histórias amplamente desenvolvidas e que nos façam realmente sentir com os personagens. Mas não é isso o que deixa história interessante, pra começo de conversa? Enfim, a minha conclusão é que Bom Dia, Tristeza conta uma história muito bela em certo sentido, mas que nos deixa com uma sensação de que algo falta. Fez-me perguntar "É só isso?", como eu vi em outras resenhas, é uma pergunta que alguns outros leitores também se fazem.
Day! 15/08/2018minha estante
Achei o mesmo que você. Achei os personagens vazios


VRSilva 26/09/2018minha estante
Acho que a história ser superficial e os personagens vazios eram a intenção. Acho que o brilhantismo da escritora está exatamente aí: "contada de um jeito leve e superficial, que não parece grande coisa". Pois Cecile é exatamente assim. Ela não dá muita bola pra outras coisas além dela e do pai e ama a futilidade.




Karen 10/12/2021

Fácil de amar, difícil de achar
Conseguir o livro, não foi tarefa fácil, já a sua leitura, foi de uma vez só.
Curtinho, de linguagem fácil e com personagens ardilosos e egoístas ... foi um deleite!
Favoritado com louvor na minha estante!!
"Seu único defeito foi o de me inspirar por algum tempo um cinismo desabusado em relação ao amor, que, tendo em vista minha idade e minha experiência, devia parecer mais divertido e emocionante".
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lorenaeow 23/08/2023

"A liberdade de pensar, de pensar mal e de pensar pouco, a liberdade de escolher minha própria vida, de me escolher eu mesma. Não posso dizer "de ser eu mesma'; pois eu não era mais que uma pasta moldável, mas haveria de recusar os moldes."
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Priscila.Senna 28/05/2020

Bom dia, tristeza
Ele conta a história de uma jovem adolescente q ama a liberdade dela e a do pai, e que se vê repremida pela namorada do pai, coisa que nunca tinha acontecido antes, quando o pai arranja uma nova namorada E está prestes a casar com ela. Essa nova namorada é cheia de regras e ñ aceita o modo de como os dois ainda querem continuar levando a vida, e ela vai tentar colocar ordem na vida dos dois...
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