tdethalyta 03/09/2018Bom, "Modelo para Morrer" não é de fato um dos melhores livros de policial/suspense (fato constatado mesmo com pouca experiência). Porém, foi um livro que eu lia em meu tempo vago, de maneira preguiçosa, já que não me senti tão cativada. Flávio Moreira intercala este livro entre a história e seus pensamentos corriqueiros junto de sua atração por sua síndica cheirosa. Vez ou outra (algo mais frequente para o metade/final do livro), citava seus pensamentos que retratam o quão é difícil ser escritor no Brasil. Todavia, sua ressalva frequente de sempre publicar um livro por mês e seus complementos a sua vida de escritor, fizeram para mim, parecer que Flávio não escreve com tanto prazer assim, mas muito com o pesar de uma obrigação mensal, algo que me incomodou. Talvez meu raciocínio estivesse lento devido a baixa empolgação ou fosse o autor me pegando uma peça, digo certamente que não imaginei que o culpado fosse de fato quem é, mas acredito também que essa falta de consciência na história poderia ter sido resolvida com mais alguns detalhes, um pouco mais de adrenalina. E aquele comentário final do autor? Realidade ou ficção? Algo difícil de decretar, ainda mais quanto percebi que uma das falas de Flávio tinham grande coerência: A ficção e os fatos são uma grande mistura na literatura, onde sequer sabemos qual seria qual, pois ambas se mesclam de forma verossímil.
Esperava um pouquinho mais.