O Eterno Marido

O Eterno Marido Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Eterno Marido


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Martony.Demes 21/02/2022

Eterno marido - por Martony
Eis a novela O Eterno Marido, do escritor russo e universal Fiodor Dostoiévski.

Principio citando que não é um livro denso e complexo, como crime e castigo. Mas não menos importante! É de uma leitura mais fluida.

Entre os diversos tema, o enfatizado é o adulterio (o feminino). Coloque isso no contexto de uma sociedade do século XIX. Imagine!

Um personagem (Veltchaninov ) que outrora era um "Playboy" que mantinha namoros (affair) com mulheres casadas.

Ja em sua velhice, aos 40 anos (isso mesmo! Naquela época), ele tem crises de remorsos! Principalmente ao ver os maridos daquelas mulheres com as quais mativera casos.

Entre tantos, encontrou-se com o Pavel Pavlovitch Trussotski! Este tambem era seu amigo e fora casado com Natalia, a qual teve um caso com Veltchaninov! Isso aconteceu ha 9 anos.

Nesse periodo, o casal teve uma filha, de 8 anos!!! (Veja ai o que nos coloca Dostoiévski!)

A narrativa se constroe através de um embate entre o traido e o traidor! Isso inicia logo apos a morte de natalia!

Nesse cenário febril e facilmente identificável é possível identificar matizes de terror psicologico, jogos retóricos, dinâmicas de humilhação e dominação constantes!

Veltchaninov (o traidor) ocupa uma classe superior ao do traído e de sua esposa. Identificamos grande disparidade de poderes e dominação

Sempre bom lembrar maneria incrivel como Dostoiévski constroe o dialogo dos personagens. Inclusive a etimologia dos nomes dos personagens não são ao acaso.

Outras análises, podemos visualizar os diálogos sempre com tensoes, frases com algo submitendido. Também há falsas submissões. Há momentos em que os poderosos se apresentam cada vez mais assustados, diferente de como era anteriormente! Ocorre a nversao de suas caracteristicas!

Claro, há também: humor, horror, suicídio, morte, traição(claro), tensão, dissimulacao etc.

Uma obra bem interessante! Vale a leitura!

Tem algo a perguntar ou acrescentar? Fica a vontade!
#dostoievski #fiodordostoievski #literaturarussa
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LairJr 06/02/2022

Como é bom ler Dostoiévski. Leio diversos outros autores, best-sellers atuais, e, apesar de sempre ser uma leitura agradável, nada se compara quando retorno à obra de Dostoiévski. A distinção para mim é marcante.
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Carlos 01/02/2022

O Eterno Marido subterrâneo
Romance curto (chamado, inclusive, de novela pelo próprio Dostoiévski) que releva toda a grandiosidade do autor, intercalando temas recorrentes em sua obra, como o homem do subsolo, representado aqui de forma ambígua por Vieltchâninov e Páviel Pávlovitch), a criança abandonada (Lisa) e o bufão, também representado por Páviel.
Considerado por muitos o maior romance curto do autor, para mim ainda fica atrás do impecável Memórias do Subsolo.

?É tudo um absurdo: ambos somos gente viciosa, subterrânea, vil??
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Patrícia 01/02/2022

?Sim, ele me amava com maldade, e esse é o amor mais forte??
Os dois personagens centrais deste livro são Veltchanínov, um homem de meia idade que foi arrogante e inconsequente na juventude, e Pável, o marido de Natália. Veltchanínov teve um romance adúltero com Natália por um ano e frequentou a casa de Pável durante esse tempo.
Nove anos após esse episódio, Natália morre e Pável procura por Veltchanínov. O que acontece a partir daí é um clima de suspense brilhantemente engendrado por Dostoiévski, pois não se entrega o motivo da visita de Pável, nem se ele tem conhecimento da traição. Os diálogos entre os dois são repletos de dissimulação, jogos de dominação e suspense.
É um livro muito bom, de leitura empolgante, sobre o amor e sua ambivalência entre o prazer e a dor.
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emmanuelqueiroz 15/01/2022

Definitivamente este é um Dostoiévski dispensável, ao meu ver... Além disso, as péssimas tradução e revisão contribuíram para este "desgosto".
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gleysonWHO 15/01/2022

Sim, ele me amava com maldade
Há gênios que não apreciam todas as suas obras. Assim foi com Leonardo da Vinci e assim foi com Dostoiévski, este último chegando ao ponto de admitir que não havia gostado de O Eterno Marido, opinião não compartilhada por grande parte de seus leitores e especialmente pela crítica. Fico do lado da crítica desta vez. Como é possível não gostar desta pequena e peculiar obra-prima? Este livro traz Dostoiévski bem ao estilo do já escrito, na época, Crime e Castigo, porém com uma psicologia, em certo ponto, mais tragicômica. Todo esse aspecto caricato é permeado também por um suspense incômodo, que não admite que o leitor tome a frente e pense por si só. Aliás, convém voltar a este ponto alguns parágrafos adiante, depois de exposto um pequeno conjunto dos acontecimentos principais.
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Eduardo Mendes 07/01/2022

Cuckold
Minha segunda leitura de Dostoiéviski foi o peculiar O Eterno Marido, e mesmo sem ter lido nenhum dos seus clássicos, eu já amo esse russo! QUE LIVRO INCRÍVEL! Minha impressão até aqui é que a escrita de “Dostô” é muito gostosa (já tô íntimo agora), seus personagens são únicos e imprevisíveis, e a história vai escalando de forma surpreendente.

A trama aborda temas como relações conjugais, infidelidade, e seus desdobramentos, trazendo muitos questionamentos filosóficos (que delícia!). Trata-se de uma novela curtinha e que eu devorei rapidinho.

O Eterno Marido tem um tom tragicômico que me prendeu do começo ao fim, principalmente porque o autor mergulha fundo no psicológico dos personagens, se embrenhando nas minúcias do pensamento humano.

Rico, mulherengo, bem relacionado e um tanto arrogante, Veltchanínov é um solteirão na faixa dos 40 anos que mora em São Petersburgo. Quando jovem ele esteve envolvido com mulheres casadas aos montes, pois sempre foi dado à farra. Um belo dia um estranho chamado Pável Pávlovitch bate à sua porta e aparentemente trata-se de um antigo amigo (ele nem se lembra!). Veltchanínov pode ter tido um caso com a esposa deste estranho? Parece que sim! Isso é o que ele quer descobrir.

A partir daí a trama se desenvolve num emaranhado de acontecimentos e reviravoltas fascinantes. A forma como o autor desenvolve a obsessiva e peculiar relação entre os protagonistas é intensa e recheada de embates intelectuais, atingindo o ápice com o encerramento do livro.

Ainda sobre a escrita do Dostô, ele dá um show nos mostrando as nuances psicológicas de Veltchanínov e Pávlovitch, que ora agem de acordo com o que esperamos, ora tomam decisões altamente questionáveis; eles se respeitam, se odeiam, se elogiam, brigam e a forma com que isso nos é apresentado através de coisas que ficam subentendidas é genial. Um pequeno clássico!


site: https://jornadaliteraria.com.br/o-eterno-marido/
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Cintia (@jeitolivrodeser) 04/01/2022

O Eterno Marido do Dostoiévski se revelou uma leitura bem prazerosa para mim. Com situações dramáticas, momentos cômicos e até um pouco de suspense, a narrativa dele nos apresenta um triângulo amoroso, personagens interessantes e diálogos muito bem construídos.

Dizem que esse livro é uma ótima opção pra quem quer começar a ler literatura russa e não discordo. A trama é envolvente e a escrita flui facilmente. Eu amei!

"Sim, ele amava, odiando, e este é justamente o amor mais profundo?"
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Ste 04/01/2022

Minha primeira obra de Dostoievski. Uma história muito louca, que definitivamente tem alguns momentos cômicos, e que deixa um suspense até as últimas páginas
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Cintia F. Leite 03/01/2022

Madame Bovary Russa
Publicada em 1870, a novela O Eterno Marido é a demonstração de um conflito psicológico intrigante e envolvente entre o amante (Aleksei Ivánovitch Veltchanínov) e o marido traído (Pável Pávlovitch Trussótski) da falecida, Natália Vassílievna. Tudo começa com o reencontro, após quase uma década, das duas figuras masculinas, o viúvo e o ex-amante. Eles relembram do passado e vivem momentos de extrema emoção e ódio. O fio condutor da história será o diálogo entre os dois, assim Dostoiévski explora temas, como: casamento, moralidade, amor erótico, traição, vingança, tortura mental e neurose.

Uma espécie de Madame Bovary russa. Em O Eterno Marido, Dostoiévski escreve sobre adultério feminino e transfere às suas mulheres qualidades tidas como masculinas. O caráter decidido e dominador de Natália Vassílievna faz com que suas infidelidades jamais pesem na consciência. A esposa do eterno marido o trai com os amigos em comum, estando sempre pronta a denunciar a depravação dos costumes.

Considerado um dos romances curtos mais bem sucedidos de Dostoiévski. Em O Eterno Marido, o autor russo desenvolve os dilemas e sentimentos envolvidos desde o começo de uma desconfiança da infidelidade até o momento da descoberta da traição e o surgimento do desejo de matar o rival. O ciúme é elaborado em função de um personagem cheio de fragilidades como Pável Pávlovitch, propenso a uma passividade que o expõe ao ridículo, e as suas tentativas de abafar os seus ressentimentos e alcançar a felicidade a todo o custo. A obra escrita em três meses quando Dostoiévski não possuía dinheiro nem para colocar seu manuscrito no correio rendeu um clima de sarcasmo, ironia que beira a loucura.

Acompanharemos nesta leitura as peculiaridades e fraquezas do caráter humano. Pável Pávlovitch é o eterno marido, pois se dedica constantemente a fazer de tudo pela pessoa amada, sem muito senso crítico.

Para saber mais sobre o livro e conhecer outras obras literárias, visite meu blog @MELKBERG
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anna 31/12/2021

Um ótimo livro
Queria começar falando que se você torce o nariz em ouvir falar em literatura russa, tenha medo de encarar suas obras: comece por essa!

Que livrinho genial! É um livro fluido e envolvente, repleta de diálogos que facilitam a leitura. Você consegue ler rapidinho, juro!

Sobre a obra em si: Trata-se de um tema recorrente na literatura europeia do século XVI: o adultério feminino.
A mulher pivô do triangulo amoroso já está morta (não é spoiler), e o livro baseia-se em diálogos entre o Eterno Marido e o ex-amante. Desconfio que não exista escritor que consiga descrever melhor a alma e o sentimento humano que Dostoievski, e nesse romance ele o faz com maestria: O amante é um playboy de classe alta, narcisista, neurótico (beirando ao que conhecemos hoje como Episodio Depressivo) sem remorsos, (o equivalente do século XXI ao “rei do camarote” haha), que, como diz Renato Russo, “desvirginava mocinhas inocentes e dizia que era crente mas nem sabia rezar”. Bom, as mocinhas não eram tão inocentes, ele mantinha relações com algumas casadas, como é o caso da falecida Natália, esposa de Pavel (do titulo do livro).
Pavel é um homem submisso, que “nasceu para ser marido”, deixava a esposa falar em seu lugar. E quando ele perde a esposa perde consigo seu sentido de vida: o de ser esposo, e então se afunda em bebidas, prostitutas e negligencia parental com sua filha.
Natalia, a falecida, é citada poucas vezes, mas sua personalidade não deixa de ser bem construída: Dostoievski a coloca como uma mulher que nasceu para trair, casava virgem para que depois pudesse “pular a cerca quantas vezes quiser”. E antes que alguém pense “ah, que anti feminista”, o contrário. Ele colocou a mulher no mesmo patamar que o homem, que pode trair mesmo tendo uma vida boa. A mulher, igualmente, nao precisa sempre ter um motivo estrondoso para tal.

O livro é muito bom, divertido, irônico e com umas pegadas psicanalíticas que, MEU DEUS! A relação de amor x ódio (“ele queria me beijar ou queria me matar? Talvez nem ele soubesse”)
Terei que ler novamente alguns capítulos porque ainda desconfio que um dos personagens tivesse tendencia homoafetiva se escondendo atras de um papel de submissão (ou de ate desconfiar das traições da esposa e sentir prazer com tal).
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Jessi 13/12/2021

Que livro incrível
Conheço pouco da obra de Dostoiévski, mas esse meu Deus!! Que coisa mais incrível que leitura gostosa que te prende, o relacionamento do protagonista com o marido [*****] dela, gente que tensão que loucura!! Amei!!
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Geovana 06/12/2021

É o meu segundo contato com o Dostoiévski, e embora curto, o livro passa a impressão de ser denso. Possui muitas nuances e muitas lacunas que, talvez, devido a minha ignorância não consegui compreender a carga significativa. O livro inteiro foi carregado de um mistério pesado que não teve fim, até mesmo após a resposta do ponto principal do enredo fica o sentimento de algo mal resolvido.
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O resenheiro 03/12/2021

Muito mais do um triângulo amoroso...
Quem ainda não se deu o prazer de ler Dostoiévski, talvez esse romance seja uma boa pedida. Uma leitura que flui com naturalidade, mas sem deixar de mostrar sua forma peculiar de escrita, com muita ironia, irreverência, diálogos e reflexões. Eu gosto muito da forma como ele expõe os fluxos de pensamentos dos personagens, resultando em atitudes muitas vezes inusitadas, em conclusões duvidosas, deixando nós leitores sempre na expectativa do que pode acontecer.

Sendo assim, mesmo tendo o triângulo amoroso como tema principal do livro, a história é muito diferente do lugar comum por tudo o que acaba acontecendo desde o reencontro entre Pável Pávlovitch, o aparentemente tolo e "eterno marido", e Veltchaninov, o seu eterno adversário, até o desfecho da trama.

Pávlovitch chega a São Petersburgo depois de nove anos desde que Veltchaninov havia se despedido do casal na cidade de T. Os rivais se esbarram pela cidade algumas vezes até que enfim o reencontro oficial ocorre de maneira inusitada no meio da madrugada. Veltchaninov começa então a se relacionar novamente com Pávlovitch, o qual acaba chamando de "eterno marido".

As intenções desse retorno de Pávlovitch não ficam claras logo de início, o que torna a história cheia de surpresas que nos prendem e nos deixam na expectativa do desenrolar dos acontecimentos. Os diálogos entre os dois são intensos, com ironias, ódio e rancor. Outras vezes parecem grandes amigos. Nunca sabemos se eles vão partir para uma briga ou se vão se entender no final.

Teve um capítulo que ambos visitam uma família russa, os Zakhlievínin, onde os anfitriões os recebem com suas incontáveis filhas e alguns amigos em sua casa de campo que é impagável. Juntos, fazem brincadeiras infantis, do tipo esconde esconde, acerte o provérbio, e por aí vai. Me lembrou algumas passagens de outros livros como Pais e Filhos de Ivan Turguêniev, quando os personagens principais tá visitam uns amigos.

São passagens como essas que nos fazem sentir como se estivéssemos lá, dentro da história. Dostoiévski é único, estou cada vez mais fã deste autor que escreve e descreve tão habilmente os hábitos, jeitos e trejeitos do ser humano, com todos os seus problemas e características. É realmente notável!
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