O Eterno Marido

O Eterno Marido Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Eterno Marido


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Zé Guilherme 18/04/2024

Arrependimentos de um homem ?bom?.
Meu primeiro contato com o Dostoiévski e o que fica de mensagem nessa novela, é a crueza é dureza dos arrependimentos. Apesar de não conseguir me conectar com nenhum dos personagens, o aspecto folhetinesco te faz devorar as páginas. Um começo emblemático.
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sam (?) 24/03/2024

Um bom livro.
"A decisão mais natural! Sim, senhor, a natureza não ama os monstros e ela os extermina com ?soluções naturais?. O monstro mais monstruoso é um monstro com sentimentos nobres: eu sei disso por experiência própria, Pável Pávlovitch! Para o monstro, a natureza não é mãe carinhosa, mas sim madrasta. A natureza cria monstros, mas não para ter pena, e sim para dar cabo deles? e com razão. Hoje em dia, abraços e lágrimas de perdão não saem barato nem para pessoas decentes, quanto mais para gente como eu e você, Pável Pávlovitch!"

Não é lá a obra prima do Dotoievski, tanto que ele fez essa obra em uma situação de endividamento e sufoco. Mesmo assim, há muitas coisas que podemos usufruir nessa história de O Eterno Marido.
Das leituras que tive do Dotoievski até agora, essa é com certeza uma das mais tranquilas e com direiro até a uma quantidade boa de humor em questão aos personagens e conflitos da história, um livro bem àmeno de ler comparado às muitas histórias densas e com teor mais sombrio característico do autor.
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Pedro 21/03/2024

Livro extremamente importante pra se ler do velho Dostoiévski, expõe uma fase mais madura que já se mostrava no próprio autor a um tempo, é o romance pequeno mais bem escrito do autor, além de ser o livro mais sátiro e engraçado do autor
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Zaqueu 17/03/2024

Mistura de amor e ódio.
Ler Dosto é não ter arrependimentos nunca e mais uma vez estive diante de uma das obras mais incríveis dele.

A história possui poucos personagens e temos aqui basicamente uma mistura de traições, falsas amizades, amor não correspondido, vingança, inveja, indiferença ou seja é uma obra recheada de bons acontecimentos e que me prendeu do começo ao fim.
Aqui mais uma vez temos uma figura feminina (Lisa) que dá um tom mais leve e uma certa ordem em todo o caos criado pelos acontecimentos da história.

Obra para quem ainda não começou ler esse autor incrível, mais que indicada, pois ao contrário de Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov não é tão densa.
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letscia 02/03/2024

36 (2024) apenas maridos e mais nada.
"Sim, senhor, a natureza não ama os monstros e ela os extermina com ?soluções naturais?. O monstro mais monstruoso é um monstro com sentimentos nobres: eu sei disso por experiência própria, Pável Pávlovitch! Para o monstro, a natureza não é mãe carinhosa, mas sim madrasta."
Poucas vezes termino uma obra pensando: o que acabei de ler? E isso pode significar duas coisas diametralmente opostas: ou o livro foi esplêndido ou uma aberração. "O Eterno Marido" se encaixa no primeiro caso. A impressão que tive foi que a história teve um desenrolar miseravelmente cômico - e triste. Os dois personagens são muito interessantes e desenvolvem ótimos diálogos.
A leitura me prendeu bastante, sem deixar espaço para questionamentos sobre possíveis omissões ou áreas que exigissem maior exploração. A dramaticidade da narrativa foi surpreendentemente envolvente, mesmo para alguém como eu, que não costuma apreciar tramas que envolvem infidelidades.
Pávlovitch e Veltchanínov têm características, até certo ponto, caricatas. Pávlovitch representa a figura do marido traído, que está mais focado em desempenhar seu papel como cônjuge e em ter uma esposa para chamar de sua - mesmo que a mesma seja estupidamente infiel - do que afetado com o adultério. Ele é passivo ao extremo - até mesmo quando toma atitude, Pável falha - ele é a escória do homem, o personagem representa o ridículo, não conseguimos sentir pena porque ele se rebaixa a um nível absurdo. Já Veltchanínov é o tipo de amigo que Pávlovitch teme apresentar à esposa. Embora seja retratado como corajoso, minha percepção é que ele é, na verdade, o mais covarde dos dois. Não ficou claro se o homem tem algum bom princípio, de todo, mas ele é a figura que constrange homens como Pávlovitch. Aleksei é uma pessoa que performa aquilo que os outros querem ver, ele é quem deve ser no momento que deve ser, e por isso ele se sente superior a homens como seu amigo. Há um momento no início em que ele demonstra arrependimento e sofrimento por suas ações passadas, revelando até mesmo ser um hipocondríaco. No entanto, esses pensamentos parecem vazios, apenas ocupando sua mente, o esquecimento é parte de sua natureza, ele vive ao acaso.
"O Eterno Marido" apresenta uma trama envolvente, repleta de personagens cativantes e uma narrativa que revela profundidade.
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Julio503 27/02/2024

Amor e Perversão
Entre Veltchanínov e Pável Pavlovítch, não existem tantas diferenças assim, como o próprio narrador faz questão de evidenciar ao fim do livro. Ambos são incomuns, avessos a normalidade, profundamente mesquinhos mas, acima de tudo, perversos, cada um a sua maneira.

Em meio a amores proibidos, traições, revelações, e até mesmo uma tentativa de assassinato, vemos uma história incomum sendo desenrolada, onde as intenções não parecem ser, seja de qual lado for, muito claras ou definidas. Tudo parece mutável, as emoções extremamente voláteis, com a única certeza sendo a de que existem dois lados, onde nenhum tem o privilégio de se chamar de certo, ou o demérito de se chamar de errado. Ambos estão perdidos, confusos e, mesmo com atitudes moralmente questionáveis, só pode se ver dois homens e suas histórias que, quando se entrecruzam, geram atrito (muito atrito) e caos.

É um livro inteligente, sagaz, de um humor sórdido, que elabora não só a ideia do marido traído, mas também do medo de ter a traição descoberta por parte do traidor, das consequências dos atos do passado e do presente, e de como as aparências, por vezes, parecem ter o único intuito de enganar, fazendo paixão ter a imagem de ódio.
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henrique.barsil 14/02/2024

Dostoiévski e sua literatura incomparável
O mestre da Literatura Russa Clássica! Dostoiévski traz em sua obra sentimentos crus, diamantes brutos, prontos para serem lapidados pelos olhos do leitor. Obrigado, Dostoiévski!
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melbernardoo 11/02/2024

O amor com maldade é o amor mais forte.
O eterno marido de Fiódor Dostoiévski é uma novela que foi publicada originalmente em 1870. Possui um caráter mordaz e trágico, em que o cômico aparece trazendo leveza e descontração ao enredo. Apesar da genialidade de Dostoiévski ao abordar temas como traição, moralidade e neurose, o aclamado autor russo não se orgulhava dessa obra. Em uma carta endereçada a sua sobrinha disse ?odiei essa história desde o começo?, queixou-se o autor. Dostoiévski escreveu o romance em apenas três meses a fim de sanar as dívidas que possuía.

Os acontecimentos vão se desenrolando de modo que o leitor não é capaz de adivinhar o que acontecerá em seguida.
Aleksei Veltchanínov é um solteirão de quase quarenta anos que viveu com intensidade. Todo o mal comportamento da juventude deu lugar ao arrependimento, fato esse que lhe causa notória ansiedade e hipocondria.
Veltchanínov passa a notar que, com certa frequência, há um homem de crepe de luto no chapéu que parece observá-lo, mas ele não o reconhece.
O homem de crepe no chapéu trata-se de Pável Pávlovitch Trussótski, um amigo que Veltchanínov não via há mais de nove anos e está de luto pois sua esposa Natália faleceu de tuberculose, deixando sua filha Liza orfã de mãe e seu marido viúvo.
Tal novidade deixa Veltchanínov atordoado, uma vez que chegou a ser amante de Natália durante um longo período. Seria Liza filha dele? Trussótski saberia de algo? Tais questionamentos passam a permear os pensamentos do homem.

?Mas será que ele me amava ontem, quando ficou falando de amor e me disse: ?vamos acertar as contas?? Sim, ele amava com maldade, e esse é o amor mais forte??
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Michele Soares 06/02/2024

F. dostoievski in his very prime - ou: um amor incômodo.
Estranhíssimo. mas essa talvez não seja ao certo a palavra. talvez a palavra ideal para essa história seja surpresa. e tensão. como se a comunicação entre o protagonista e seu amigo-rival-inimigo nunca alcançasse seu termo. algo paira no ar, inaudito até o final (talvez replicado pelo fato de - mini spoiler - a história terminar com uma pergunta, sem resposta).

no final das contas, é uma história de pessoas que estão, para o bem ou para o mal, indefinidamente ligadas uma a outra pelos meios mais plausíveis e também pelos meios mais improváveis, você se pergunta quem é o encosto de quem nessa história, quem é obcecado por quem, quem persegue quem, e por que raios esses personagens ainda estão juntos, ainda dividem a mesma cena. nem os próprios personagens sabem o porquê, ao menos é o que o protagonista percebe. pode não ter motivo, e ainda sim é uma ligação incontornável.

e angustiante

e uma prova de como a literatura antecipou em anos luz a psicologia. stendhal e dostoievski foram os grandes psicólogos e, um com o vermelho e o negro, e dostoiévski com essa obra principalmente dão a ver personagens tão psicologicamente nuançados que num primeiro momento você se pergunta se eles são malucos. mas, isso é o pior: passada a primeira impressão, você percebe que eles são só humanos. tão humanos quanto um corpo de palavras dispostas em papel podem ser. tão complexos quanto.

no limite entre o amor e o ódio e a inveja e o ciúme. a linha tênue. a perturbação. impossível conhecer o outro até o final. terminei esse livro e não sei mais sobre seus protagonistas do que no começo. o que sei do eterno marido é o que o protagonista vê e interpreta (passagens surpreendentes pra mim, que me sinto uma leitora desatenta quando o personagem crê desvendar na minúcia as intenções do outro. o que eu dou, a um e a outro, é o benefício da dúvida. princípio jurídico: inocente até que se prove o contrário. embora inocente não queira significar bonzinho. não existe um personagem bonzinho em dostô). não sei nada sobre eles. vou mandar e-mail: dostoievski não entendi. porém, não entender faz parte da graça dessa história grave demais para ser cômica, apalhaçada demais para ser trágica. impressionante. inquietante. e mortalmente ambíguo. uma faca de dois gumes disfarçada de história de c0rno.
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Luiza.MarAal 01/02/2024

Gostei das reviravoltas e como o livro trabalha muito em cima dos diversos conflitos da vida dos personagens, representando muitas contradições e confusões internas que temos, mas achei meio arrastado algumas partes, gostei dos diálogos em um geral, e estou numa fase engajada na leitura, mas talvez se não estivesse assim, possível que deixaria essa leitura de lado e demoraria pra acabar. Porém, ainda acho que vale a pena ler.
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Danilo 30/01/2024

Muito bom
Para mim é sempre difícil classificar uma primeira leitura de qualquer obra de Dostoievski. O eterno marido não é bem um triangulo amoroso, é muito mais sobre vaidade, tristeza e solidão.
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hemily 27/01/2024

?não sei nem mesmo libertar-me de mim no presente?
Um indivíduo um tanto desequilibrado e de saúde questionável, é confrontado pelo seu passado por uma pessoa na sua porta que se trata nada menos nada mais do que o marido da sua ex amante (que àquele ponto, já estava em outro plano) então acompanhamos Talaricov (Veltchaninov) e Cornovitch (Pavlovitch) ao longo de uma história relativamente simples e psicológica, mas em que tudo pode acontecer 

Sobre opiniões pessoais agora, eu sinceramente não consegui um ritmo esperado e a leitura não foi muito fluída, me fazendo quase largar em algumas partes. Na verdade, a parte mais divertida do livro para mim foi a sinceridade do protagonista, afinal, "O que que eu tenho a ver com isso?"

Pode ser um começo interessante para quem vai ler o autor pela primeira vez, por se tratar de uma obra menos densa. (Por mais que eu ainda prefira a leveza profunda poética em noites brancas!)
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Leticia2513 23/01/2024

Romance sobre um triângulo amoroso, com foco no marido e no amante. Enredo forte, que te prende do início ao fim, com um toque de curiosidade de saber o que vai acontecer em seguida.
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jo ^^ 22/01/2024

A escrita de Dostoiévski sempre é viciante. Em seus livros sempre escreve os traços psicológicos de uma forma tão profunda que as vezes chego a ter empatia pelos personagens.
Ao decorrer do livro tive tanta raiva e compreensão pelo mesmo personagem, me deixando até confusa!
Indico muito (lembrando que não é para todo mundo os livros dele).
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