Ruído branco

Ruído branco Don DeLillo




Resenhas - Ruído Branco


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Josi 17/05/2021

Paranoias e peripécias de uma típica família americana nos anos 80
Inusitado e bastante divertido, Ruído Branco mostra a dinâmica de uma família americana, permeada pela dinâmica do consumismo e às voltas com uma potencial ameaça química pairando sobre a cidade. Traz algumas reflexões bastante densas disfarçadas ali no meio de tanta esquisitice, o que são gratas surpresas ao longo da narrativa. Recomendo!
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Leila171 16/02/2021

Ruido Branco, publicado em 1985, começa nos mostrando a vida pacífica de uma família americana ?normal? e segue acompanhando a mudança dessa rotina familiar após o surgimento de uma misteriosa nuvem tóxica. O livro tem um ritmo de leitura envolvente e o cotidiano dessas pessoas é um misto de familiaridade e absurdo. Sim, em vários momentos situações absurdas são introduzidas na narrativa sem preparar o leitor, como se tudo fizesse parte da mais ordinária normalidade do dia a dia. O narrador protagonista imprime um ritmo frenético à narrativa, como se estivéssemos imersos em seu fluxo de consciência. Além disso, o autor dá algumas pinceladas de humor ácido para harmonizar com as duras críticas feitas à sociedade ?média? americana, seus hábitos e a imagem que ela cria de si mesma.
Meu primeiro contato com o autor foi só alegria. Leitura muito interessante... super recomendado!!!
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fev 13/01/2021

Eu sinceramente não sei o que pensar desse livro. Não é ruim, mas acho que vim com muita sede ao pote e acabei não encontrando o que queria mesmo não sabendo o que era. Vou ver e ler outras coisas sobre o livro. Pode ser que eu não tenha entendido a mensagem. Acontece.
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Juscelino L 30/12/2020

Ruído branco não foi um leitura fácil de primeira, tive que recomeçar depois de lido umas 60 págs., porque o começo achei arrastado e nada empolgante. Na segunda tentativa já vi o livro com outros olhos e gostei de reler o livro porque há partes que o leitor desprevenido pode deixar passar grandes sacadas do autor, são partes que envolvem a vida, a morte, o comportamento das pessoas e o livro inteiro é cheio de disso.
Mas sinto que devo não ter percebido todas a genialidade do livro, também não me "apeguei" a drama principal do protagonista, este tal ruído branco que sonda o personagem do começo ao fim.
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Sammy 23/10/2020

Prelúdio de nossos dias

É uma obra imperdível,
quanto mais passa o tempo, melhor é sua leitura da realidade.
Don De Lillo interpreta a alma contemporânea como poucos escritores de nossa época.

O clima de fim dos tempos próprio dos anos 80 se amolda aos dilemas de hoje: excesso de informação e a falta dela são extremos estranhamente próximos que exasperam de forma parecida as angústias humanas em relação ao futuro.

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joao 15/07/2020

Muito fácil odiar esse livro. Eu escolhi amar. Durante toda a leitura, eu já sabia que seria um livro sobre personagens. A trama é boa, acontecem várias coisas, te deixam interessado. Mas os personagens peculiares e seus pensamentos são o foco, junto com as reflexões que o autor resolve mostrar. Definitivamente quero ler mais Don Delillo, a escrita dele é rápida, cortante e dinâmica. Nunca tinha lido nada parecido.
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Lara 19/11/2019

Um dos melhores do ano! (Mesmo querendo socar a cara de jack inumeras vezes)
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Valério 14/01/2019

Reflexões de um homem desprendido
O principal mote do livro, a meu ver, não é o fato de a família do protagonista viver em uma constante incerteza acerca da contaminação radiotiva em decorrência de um vazamento de substâncias em um estabelecimento local.
Mas a forma como encara temas como a morte (ele e sua mulher morrem de medo da morte e disputam quem deveria morrer primeiro, além de fazer uma detalhada análise de qual vida seria pior sem o outro), a traição (novamente com participação da esposa) de uma forma que não se vê normalmente. Um distanciamento quase frio.
Apenas a forma diferenciada e desprendida que os personagens transitam nestes temas já vale a leitura.
Menção honrosa para os filhos do casal, tão bem retratados.
Henrique_ 14/01/2019minha estante
Fiquei com vontade de ler


Valério 14/01/2019minha estante
É legal. Vale a pena. Gostei muito do protagonista...




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Caio.Gomes 16/08/2018

Livrão
Livro tava indo bem até o final, nota 3/3,5, mas quando chega nos últimos capítulos, principalmente na parte do diálogo com a freira, fica incrível! Valeu mt a pena chegar até ali! Recomendo!
Carlos Patricio 14/01/2019minha estante
vc tem o pdf? gostaria de ler esse dialogo com a freira


Geórgia 23/03/2019minha estante
carlos, tem no lelivros




Felipe Gabriel 25/07/2018

A massificação cultural e os medos do homem que persistem independente da época são os dois aspectos sobre os quais esta obra se apresentou na minha percepção de leitura. No que diz respeito à cultura de massa é evidente em ruído branco como as formas de consumo, entretenimento e informação são banalizadas pelos meios de comunicação que, para fins comerciais, glorificam o gosto médio e de certa "enfeitiçam" o público e os espõe ao tóxico gás ignorância, as cores vivas e chamativas da publicidade escondem os tons de cinza da morte da individualidade. Com relação aos medos, no livro há uma angustia generalizada causada pela ideia da morte, a mim parece que esse medo da morte é tão presente por que essa é a própria personificação da limitação humana uma vez que o homem em sociedade constroi impérios capitalistas e chega ao seu ápice de "humanismo" porém ainda parece refém dos caprichos do devir. Grande obra, merece ser lida.
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Oz 25/09/2017

Ruído Branco no seu cerne: uma mistura de frequências
"Ruído branco" é o nome que se dá a um sinal aleatório com mesma intensidade em diferentes frequências. O barulho de um aspirador de pó é um ruído branco. Quando você liga uma TV sem sintonia em nenhum canal, aquela imagem granulada também é a representação de um ruído branco. Em estatística, o rúido branco é uma sequência de variáveis aleatórias, sem correlação temporal, com média zero e variância finita. Então, o que seria o Ruído Branco de Don Delillo?

O ruído branco de DeLillo está representado no livro em duas dimensões: como objeto e como forma. No primeiro caso, temos o ruído branco que permeia a vida dos personagens em uma multitude de sinais aos quais qualquer pessoa está exposta no dia-a-dia. Ao longo do livro, esses sinais se manifestam através das frequências de rádios, TVs e toda a enxurrada de propagandas, produtos e marcas que bombardeiam os personagens. Um supermercado, por exemplo, se torna uma fonte quase inexaurível desse tipo de ruído, emitindo sinais e informações sem parar. Mas essa é apenas uma dimensão mais abstrata de como se pode interpretar a presença do ruído branco no livro de Delillo.

O segundo modo como esse elemento aparece na obra é através de sua forma. Isso é, o livro aborda uma grande quantidade de temas, quase que com uma certa aleatoriedade comum a um ruído branco, apesar de que é possível unificar esses temas através do modo de vida americano, ou melhor, do medo de perdê-lo. A narrativa traz esse elemento unificador ao acompanharmos o cotidiano de nosso narrador-protagonista, Jack Gladney, professor universitário e pesquisador da obra e vida de Hitler. Somos apresentados aos seus companheiros na universidade, à sua esposa (a quarta!) e seus filhos e enteados incríveis (nos dois sentidos da palavra): Denise, de 11 anos, uma menina com uma inteligência e sagacidade quase surreal para sua idade; Steffie, de 10 anos, sua filha super-curiosa e receosa; Heinrich, de 14 anos, um menino também de inteligência absurda que é viciado em acompanhar tragédias pela TV; Wilder, o filho mais novo, ainda uma criancinha inocente. Também somos apresentados aos medos e anseios de Jack: enquanto em um momento da narrativa ele se preocupa em aprender alemão para não passar vergonha entre seus colegas, em outro, uma questão mais nobre e profunda começa a surgir, o medo da morte.

O "medo da morte" acaba por ir dissipando o ruído branco temático do livro e se tornando o fio condutor da narrativa. Se no começo do livro nos perguntamos qual é o propósito da história e por qual motivo somos bombardeados com uma certa aleatoriedade de situações e temas, da metade para o fim do livro a situação começa a se tornar mais clara. Somos brindados com alguns diálogos incríveis sobre como o ser humano tenta lidar com a morte, como quando Murray, um professor amigo de Jack, sugere ao nosso protagonista que um ato de assassinato é uma forma de ganhar "créditos de vida", como se matar alguém fosse uma forma de afirmar a perenidade da própria vida ao controlar o destino fatal de outras pessoas.

Se por um lado esse tipo de diálogo, aliado a uma escrita que faz com que a leitura flua muito bem, é um ponto alto do livro, por outro é preciso ressaltar alguns problemas. Por exemplo, o ruído branco como objeto poderia ser melhor explorado. Toda essa quantidade gigantesca de informação poderia ter um papel mais central na história, ficando parecendo que algumas questões ficaram pouco desenvolvidas em pequenos temas fragmentados ao longo da história. Outro exemplo são os personagens. Embora eu até tenha achado cativantes os filhos de Jack, eles são muito cartunescos e pouco convincentes para suas idades. Fica parecendo que todas as crianças que habitam aquele mundo são geniais, ultra-independentes e dotadas de uma capacidade intelectual invejável, o que dá um certo tom de artificialidade a um mundo onde questões tão naturais quanto o medo da morte vão ficando em primeiro plano. Portanto, embora o livro consiga explorar algumas questões interessantes com uma boa fluência narrativa, não está livre de apresentar algumas limitações. Fica a cargo do leitor a capacidade de distinguir as diferentes frequências que formam esse ruído.

site: www.26letrasresenhas.wordpress.com
Amisterdan 02/12/2017minha estante
Nossa, sabe a sensação de que não tenha mais nada a falar? Bem, seu comentário fez isso comigo. Parabéns.


Oz 03/12/2017minha estante
Obrigado pelo elogio, Amisterdan.




Patrícia Belmonte 20/09/2017

"RUÍDO BRANCO", DON DELILLO - EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS
Considerado um dos 1001 livros para ler antes de morrer Ruído Branco é o oitavo romance de DeLillo.

Conta a história de um professor universitário que vive com a família no Meio-oeste americano, numa cidadezinha que é evacuada depois de um acidente industrial. À luz de desastres como o da Union Carbide na Índia, que matou mais de duas mil pessoas e feriu outras milhares (e que acabara de ocorrer quando o livro foi publicado), Ruído branco mantém seu sentido atual e aterrorizante."A grande particularidade de Ruído branco é sua compreensão e percepção da trilha sonora dos Estados Unidos.

O ruído branco inclui o som sempre presente do tráfego da auto-estrada, um murmúrio remoto e constante que contorna nosso sono, como almas mortas balbuciando nas margens de um sonho.Não é tanto com o caráter que DeLillo se preocupa: seu tema é basicamente a cultura, a sobrevivência e a interdependência crescente entre o eu e a comunidade nacional e mundial. O homem viril diante dos elementos, o fora-da- lei, o super-herói, existem no mundo moderno apenas como mitos; somos os elementos da natureza, um povo tecnologicamente orientado que nem por isso deixa de estar preso na peneira da história. No que DeLillo escreve existe o suspense e uma inteligência que questiona, um sentido simultâneo do círculo que se amplia e da malha fina da rede." The New York Times Book Review

site: http://atualizandolivros.blogspot.com.br/2017/09/ruido-branco-don-delillo-editora.html
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glhrmdias 29/05/2017

4,5
Impressiona a maneira como Don DeLillo dá vida a personagens complexos e interessantes (sobretudo o narrador) que passam longe de qualquer clichê ou etiqueta classificatória, praticamente impossibilitando uma análise superficial.

A história é conduzida com fluidez e ritmo compassado; uma obra de música de vanguarda em que melodias modais se intercalam e modulam em complexa estrutura de fuga, num contraponto com um ruído branco, desprovido de altura, exposto, desenvolvido e recapitulado de maneira a descolorir as aparentes construções harmônicas, evidenciando sua onipresença na existência moderna. Isso é a vida, o resto é silêncio.
hestelotto 30/05/2017minha estante
mais um que tá na minha lista desde que ouvi você falar dele pela primeira vez.


glhrmdias 31/05/2017minha estante
foda que parece que a lista só aumenta! hahahah


hestelotto 31/05/2017minha estante
e se juntar a lista de álbuns e filmes, a coisa fica três vezes infinita.




Daniel 03/10/2013

Paranóia americana
Este livro foi lançado nos Estados Unidos em 1985, e levou o American Book Award. Além disso ele está nas listas de melhores livros de muita gente interessante, como David Bowie.

A história é narrada por Jack Gladney, um professor que vive no interior dos Estados Unidos com sua família tipicamente americana: sua adorável quarta esposa e os filhos de casamentos anteriores. O cotidiano da família é atormentado pelo tal “ruído branco” do título, que simboliza tanto os ruídos de verdade (o som das autoestadas, das propagandas da TV, das máquinas, etc) quanto o ruído da conversa vazia das pessoas; da falta de diálogo entre os membros da família, seus medos ocultos, etc.

De repente a rotina é abalada por uma nuvem tóxica que ameaça a cidade, obrigando todos a evacuarem suas casas. Aí as personalidades de revelam, o que estava submerso de um modo geral vem à tona. O constante tom de sátira à cultura americana (seu consumismo, suas notícias sensacionalistas, suas conversas absurdas, etc) é ao mesmo tempo engraçado e meio aterrorizante. Os personagens são tão humanos (Babette, a esposa), divertidos (Heinrich, o filho mais velho), não há como ficar indiferente a eles.

O leitor minimamente “paranoico” vai se reconhecer em algumas elucubrações dos personagens, e com alguma sorte vai saber rir de si mesmo e do homem contemporâneo.

Vale lembrar que o livro foi publicado uma ano antes do acidente nuclear de Chernobyl, o que tornou a coisa toda perturbadoramente mais próxima da nossa realidade... Meio bruxo esse DeLillo.
Julyana. 04/10/2013minha estante
Bela resenha. :)
Uma coisa que gosto no DeLillo é que a contemporaneidade nele não soa artificial. Também gosto desse modo leve (por vezes divertido) para falar de coisas difíceis.


Arsenio Meira 04/10/2013minha estante
Excelente resenha, Daniel. Gostei deste romance de cara. O tom satírico, que assusta e faz rir, e o pano de fundo contestador (toda sátira é uma forma de contestar) não são fáceis de manejar, ainda mais no meio dessa fauna de personagens que não nos deixa indiferentes, conforme você anotou com precisão.


Daniel 07/10/2013minha estante
A lista dos 100 favoritos do Bowie:
http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/books/news/from-homer-to-orwell-david-bowies-100-favourite-books-revealed-8851127.html


Flávio 25/01/2014minha estante
DeLillo, autor de uma obra um tanto irregular, dissipou em mim, com este Ruído doído, patético, grotesco, real e taumaturgo, qualquer tipo de dúvida. É um grande escritor. Resenha que leva, ou deveria levar o leitor ao exemplar mais próximo.




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