Resenhas -

Girotto Brito 13/02/2020

Um romance comovente e necessário
Em seu romance de estreia, Alfredo Guimarães Garcia nos mostra a que veio. Através da história e lembranças do protagonista Joaquim, Alfredo nos apresenta -- com uma força narrativa surpreendente -- um Brasil ferido, ainda com as cicatrizes da Ditadura Militar. O ano é 1989, período das eleições presidenciais em que disputavam Lula e Collor. Mergulhado nessa atmosfera, Joaquim retorna do exterior, após longo exílio, para sua cidade natal, Benquerença. O retorno, motivado pela doença terminal de seu pai, leva-o a reencontrar antigos amigos, um amor já quase esquecido e um mais uma surpresa que não contarei aqui para não dar spoiler.
É um retorno dramático, de relembranças e curas, de descobertas e perdas.
"Enquanto meu pai morre" é, certamente, um livro que marca, um grande achado da literatura produzida no Pará.