A máquina de fazer espanhóis

A máquina de fazer espanhóis Valter Hugo Mãe




Resenhas - A Máquina de Fazer Espanhóis


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Bairral 22/04/2023

Esse livro de V.H.M captura o leitor desde o início, transportando-o por uma mistura de emoções. Me capturou pela solidão, dores, medos e reflexões da personagem principal.
A vida de Silva nos remete ao nosso tempo e dramas do fascismo que deve ser combatido todos os dias. As memórias do amor, da família, dos amigos que o sustenta e do enfrentar dos seus medos nos prende o livro todo. Uma das obras do autor que mais me tocou.
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Adriana 16/09/2020

Talvez eu o tenha lido em um momento pessoal de cansaço e fadiga e por isso a leitura tenha sido devagar e quase entediante durante boa parte dele. Mas ao me aproximar do fim, percebi que o ânimo em lê-lo voltou, ou talvez o livro tenha na parte final sua melhor parte... quase como uma melhora da morte.
O livro nos faz perceber que talvez não precisemos chegar ao fim para valorizar o qto cada ser com quem compartilhamos momentos contribui para sermos aquilo que somos.
É um livro sobre a vida e sobre relações e o qto de cada relação se faz a vida. Vale a leitura!
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Eme Pê 02/04/2022

Além do que me permito
Meu maior desejo quando eu escrevo resenhas, é escrever sobre como eu me senti lendo o livro, muito mais do que escrever sobre o que eu li. E é por isso que mesmo e tendendo a complexidade e os assuntos e os personagens e sendo tudo tudo muito bom, eu achei tão cansativo ler?. Acho que é bom a gente se testar e ler diferentes estilos, mas acho que foi demais pra mim?
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Edianne.Novaes 11/04/2020

Finitude
Mais difícil do que lidar com a partida de nossos entes queridos, é o próprio idoso lidar com seu fim iminente...
Terminei esse romance ontem a noite, ainda estou digerindo. Não consigo ainda escrever minhas impressões à altura desse texto tão lindo e sensível de VHM.
Espero retornar com melhores comentários...
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Mariana 22/07/2022

A dureza de envelhecer
O livro conta a história de Antônio da Silva, um idoso que após a perda da esposa Laura, passa a residir em uma casa de repouso chamada Feliz Idade. A obra retrata as reflexões do personagem sobre seu processo de luto, de envelhecimento e suas respectivas perdas (de independência, de vínculos, de capacidades físicas e mentais), além de reflexões também sobre sua história de vida, seu passado e ligações com o contexto político português, e sobre as novas relações construídas dentro do seu novo lar. As partes que mais me impactaram foram aquelas referentes ao sofrimento da perda da esposa, ao relacionamento com a filha e ao fato dela tê-lo levado para a residência, e ao relacionamento do personagem com os funcionários doutor Bernardo e o cuidador Américo, os quais construíram vínculos e afeto entre si. O livro trágico aos poucos vai se tornando cômico, ao retratar o dia a dia da casa e alguns comportamentos bizarros do personagem.
A escrita do autor, no entanto, possui um estilo o qual não estou acostumada e, por isso, em alguns momentos foi difícil acompanhar, seja pela falta de letras maíusculas, parágrafos, recuos, entre outros exemplos. Porém, conforme dito, as reflexões que me impactaram foram sobre o envelhecimento, perdas e afetividades. Bom!
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Claudio 09/06/2021

Lirismo na velhice
Um livro sublime, com cuidado na forma e no conteúdo.
O uso de minúsculas, pontos exclusivamente finais e a não utilização do acordo ortográfico, todos escolhidos com cuidado, tornam a leitura mais especial e desafiadora.
A história tem um lirismo lindo.
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Gabi Sagaz 01/05/2020

Bom mas não essencial
Gostei muito mas não achei tudo que indicaram. Claro, faz pensar sobre a questão do envelhecimento. Até pq dificilmente pensamos sobre isso antes de envelhecer, eu acho. Mas para mim é um 8.5. ( o cara tem uma escrita fenomenal que merece 10 mas a história em si não me marcou como ouço tanta gente anunciando.)
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Gabriel 04/06/2023

Os herdeiros de uma nação sem habitantes
Adotando um estilo de escrita que muito reverencia a prosa de Saramago, o texto do Valter Hugo Mãe aqui abdica de tecnicalidades como a hierarquia das letras maiúsculas e nivela toda palavra a uma altura encolhida, quase curvada em timidez, mas ressabiada e pronta para vinganças silenciosas que chegam sem aviso. Assim, diante de elucubrações que passeiam com passos largos entre mágoa e fascínio, a narração do recém viúvo António Jorge da Silva – e Silva como tantos outros com quem esbarra -, nos despista sempre das iminências lúgubres do seu ambiente novo, um lar de idosos, e também de suas ações fatais contra uma vizinha de quarto.
As longas horas e tédio abrem frestas antes costuradas no passado do nosso Silva protagonista, uma história do exemplar homem familiar português que foi combustível cultural de uma das ditaduras mais longevas da era moderna. A dedicação absoluta aos filhos e a mulher como única verdadeira amiga durante a vida não é um cenário raro, mas sim a exata expectativa de um governo de exceção onde se dissipa qualquer senso de comunidade em prol de uma fantasia muito mais abstrata de nação. Ao se ver sem o amor de sua vida e se sentindo abandonado no leito de morte pelos filhos, Silva redescobre ao longo de vários capítulos e indivíduos múltiplos que cruzam seu caminho neste réquiem crepuscular coletivo.
A princípio parece ao Silva quase uma traição com sua esposa, este resto de vida sem ela, principalmente quando, com espanto, conhece Esteves, um sujeito que alega ser personagem de um dos poemas mais célebres da língua portuguesa escrito por Pessoa. Inclusive Esteves nutre certa mágoa por ter sido acusado de “sem metafísica” tão levianamente pelo poeta, visto que às vésperas de fazer 100 anos ainda se sente um sujeito repleto de alma pelas coisas vividas. Esta possibilidade ao fim de tudo que se experimentou de ainda ser deslumbrado por um encontro extraordinário, participar de uma história contada a tantas mãos, faz ruir segmentos inteiros da muralha que Silva construiu toda sua vida pois acreditava que esta era a maneira de maior retidão moral de ser um cidadão honrado.
Esse isolamento emocional é o próprio ato de herdar Portugal e sua violência disfarçada de cordialidade e, conforme o tempo passa, mais memórias revelam o profundo desgosto de Silva consigo mesmo, levando-o a rebeliões tímidas como se desvencilhar do catolicismo e maltratar uma estatueta de Maria, mas também confessando arrependimentos medonhos, como ter entregue um jovem de oposição política às forças militares. Um jovem que tinha família, Silva pensa, e que se fosse seu filho, tanto faria para proteger. Mas nada tinha a ver com ele além de provocar o desafio de servir à uma pátria mais que satisfeita em deixa-los todos na faixa da miséria necessária para domesticar a todos sem mata-los por inanição. A vida prometida pela moral fascista era a de homens bons – como revela já o título do primeiro capítulo -, pacatos e inofensivos, mas isto só culminou em arrependimentos e solidão para Silva.
Apesar de seu sentimento particular quanto a suas escolhas, o sentimento de inferioridade parece ser herdado também por todos os portugueses nesta narração, a ralé da Europa, o resultado de um povo igualmente desunido e servil. A ironia deste contraste é acentuada na presença de um sujeito espanhol disposto a agredir qualquer um no lar de idosos que duvide dele ser um português típico do Alentejo. Esta imigração mental é desconexa para todos os outros que estão acostumados a um século de portugueses mais sortudos emigrando para sua vizinha espanhola, dispostos a encontrar ali uma verdadeira dignidade. Portugal não cria portugueses, este “arremedo de península” é uma máquina de fazer espanhóis.
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h4gatha 13/01/2024

Você segue as peruas ou as feiticeiras?
Edição belíssima, uma das minhas melhores aquisições de um sebo. Sempre tive curiosidade de ler Valter Hugo Mãe, mas não esperava que fosse gostar tanto assim

Acho que esse é o retrato perfeito daquilo que a Rita Lee falou: ao envelhecer, você pode escolher entre ser uma perua ou uma feiticeira, aproveitar o caminho até chegar a um fim, ou odiar todo processo.

O senhor Silva faz uma transição de perua pra feiticeira, e encontra dentro da sua realidade motivos pra viver. Esse livro fala muito sobre etarismo e a vivência de pessoas idosas que muitas vezes tem sua autonomia roubada

E pra além disso discute muito o facismo e outras questões identitárias portuguesas, inclusive a religião

Ansiosa pra outras obras do autor
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Luciana.Lopes 23/05/2020

a máquina de fazer espanhóis
Que dizer desse livro, cheio de sabedoria, picardias, tristezas?
Rimos e choramos, como na vida. Desvenda nossa alma, nossos fascismos, nossas ações autolimitantes.
Mais do que um "nos revelar" é um convite a sermos mais! Sermos por inteiro, mais humanos e cidadãos, agigantando nossa família, para além dos laços sanguíneos, agigantando-nos para além dos papéis impostos e dos medos que cultivamos num quintal pequenino do conforto e do silêncio.
É bem mais que isso, só lendo...relendo, chorando e rindo...só vivendo-o em suas páginas e para além delas.
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asnmendes 10/06/2020

Livro tão profundo, quanto poético
Este foi o primeiro livro do Mãe que li. Já tinha ouvido falar do autor em vários canais no Youtube e perfis literários no Instagram. Só não imaginava o quão profundo seria conhecer as histórias apresentadas neste livro.

Para quem deseja mergulhar em uma prosa contemporânea, colorida pelos sentimentos humanos e marcada constantemente pela decrepitude da vida, a máquina de fazer espanhóis é uma obra certeira e cheia de atalhos para interpretações diversas sobre as memórias, a cidadania, o amor e a morte.

site: https://medium.com/asnmendes
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Matheus Gonçalves 29/06/2020

Memórias, velhice e solidão
Com a precisão de costume de Valter Hugo Mãe, a história simples é escrita de forma a fazer viajar o leitor pela solidão humana e o peso das memórias. Nunca somos os mesmos ao terminar um livro desses.
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Pri 12/01/2021

Leia antes de envelhecer
Adoro a forma com Valter Hugo mãe escreve. Esse foi meu primeiro livro dele e fiquei totalmente encantada. Impressionante os sentimentos que esse livro traz à tona no leitor. De certa forma ambivalente, ao passo que traz desconforto e satisfação. Lindo e poético. Minha primeira recomendação dos últimos tempos.
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paraondealeiturameleva 13/01/2021

A dura realidade vivida na velhice com o olhar e sensibilidade sempre presentes nas obras de Valter Hugo Mae
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Edilinda 18/11/2022

É um livro cheio de metáforas,trata do envelhecimento de uma forma muito especial, a leitura não é fácil, é uma dor, um livro escrito com uma autenticidade ímpar do VHM.
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