A máquina de fazer espanhóis

A máquina de fazer espanhóis Valter Hugo Mãe




Resenhas - A Máquina de Fazer Espanhóis


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Sayuri 01/02/2021

Sensacional
Livro perfeito que retrata questões de terminalidade da vida dentro do contexto de uma casa de repouso. Interessante ver como é o viver idoso, de ser encarado como incapaz, de ver o corpo falhando e mesmo assim tentando se afirmar e manter uma dignidade ao fim da vida.
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ray 29/01/2021

atemporal
você fica tão preso nesse livro que tem até pena de terminar, sem dúvidas um dos meus livros favoritos no momento.
Valter Hugo representou de forma única e singular sobre como é perder uma pessoa, e lidar com tais sentimentos...
o peso da angústia e da melancolia, e também dos maiores prazeres que temos na vida, tudo foi escrito de forma leve como se estivessemos tendo uma conversa com algum amigo próximo.

ainda continuo apaixonada e triste por ter terminado esse livro!
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Arthur 27/01/2021

Envelhecimento e identidade
Primeiro de tudo, a escrita de Valter Hugo Mãe é muito boa! Já tinha tido essa impressão em "As mais belas coisas do mundo", e agora, com um texto maior, isso se confirmou.
De certa forma, o que identifico como a principal temática de "A máquina de fazer espanhóis" também está presente em "As mais belas coisas do mundo": a construção da identidade e o envelhecimento. Claro, em perspectivas diferentes.
Na trajetória já de fim de vida do protagonista Silva, constatamos como aquela pessoa foi "forjada", através de quais experiências ela foi obtendo a sua identidade - tanto no âmbito pessoal, quanto a sua identidade nacional - e como a velhice também é fase de construção, e não apenas de memórias. Essa identidade passa desde experiências bem pessoais, a eventos políticos, reforçados por referências diretas à cultura nacional portuguesa - que chegam, em alguns casos, a interagir com os personagens.
Sobre o título do livro, acho que só lendo a obra para entendê-lo.
Gostei!
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Bebela 26/01/2021

Tocante
Valter Hugo Mãe e sua sensibilidade nos mostra o universo de um asilo. A forma que ele descreve as vidas e as relações ali criadas nos fazem pensar.

Me emocionei muito nessa parte: ?Precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de companhia?


Sempre vale muito a pena ler Valter Hugo Mãe.
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Renata 17/01/2021

Aih, o que dizer de VHM?!
Lindo, né, gente! Este é o terceiro livro que leio do autor e a beleza da escrita de cada um desses livros é impressionante!
"A máquina de fazer espanhóis" conta a história de António Silva que, após perder a esposa, passa a viver em um lar de idosos. É o próprio senhor Silva quem nos conta sua história. De forma não linear vamos conhecendo a vida dele no lar de idosos e anteriormente a isso, especialmente com sua amada Laura.
No início o livro é um pouco difícil de ler, visto que o autor usa apenas ponto final e vírgula, não fazendo demarcações dos diálogos, perguntas e etc. Mas logo a gente se acostuma e é conduzido pela lindeza da escrita do autor ao tratar os temas da velhice e da morte com muita sensibilidade.
Amei e super recomendo! Mas meu preferido do autor segue sendo "O filho de mil homens".
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paraondealeiturameleva 13/01/2021

A dura realidade vivida na velhice com o olhar e sensibilidade sempre presentes nas obras de Valter Hugo Mae
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Pri 12/01/2021

Leia antes de envelhecer
Adoro a forma com Valter Hugo mãe escreve. Esse foi meu primeiro livro dele e fiquei totalmente encantada. Impressionante os sentimentos que esse livro traz à tona no leitor. De certa forma ambivalente, ao passo que traz desconforto e satisfação. Lindo e poético. Minha primeira recomendação dos últimos tempos.
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Cristian Bianchini de Athayde 10/01/2021

a ternura e generosidade que a última solidão é capaz
ler vhm é sempre um encontrar-se. esse encontro, tão sincero em sua beleza e melancolia, nos possibilita experiências de tornar-se vários alguéns ao longo da leitura que enriquecem e desabrocham partezinhas da nossa sensibilidade. nutrir amor pela vida é explorar e compreender (e ambos são, e sempre serão, indissociáveis) todo o intercâmbio de emoções, sensações, alegrias, dores, incoerências e contradições, mas também coerências e aspirações que constroem o nosso eu no mundo.

este livro, que a princípio pouco poderia desvendar a uma pessoa jovem de seus vinte e poucos, é um encontro com outra ponta da vida: a da velhice. uma velhice que é ilustrada de uma maneira potente, seja através do amor incondicional do muito relembrar da laura pelo senhor silva, seja, também, pela amizade entre os velhinhos que além de bela, é, principalmente, generosa.

por último, claro, também é um livro sobre resistência, trauma e memória de uma pequenez autoritária, religiosa e conservadora que foi o portugal salazarista. essa faceta do livro, estrutural, é igualmente fantástica.
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Zuca 08/01/2021

a máquina de fazer espanhóis
Apesar de excessivamente reverente – e até derivativo, principalmente na forma – da literatura portuguesa já consagrada (Pessoa, Saramago), Valter Hugo Mãe consegue criar um slice of life com camadas distintas de recheio que dão ao livro mais chances de agradar paladares variados conforme o gosto por cada assunto: em nível profundo trata da identidade imemorial portuguesa; sobre essa base, ergue uma crítica aos cinquenta anos de ditadura salazarista no país – e, por consequência, à qualquer outra ditadura de qualquer outra época em qualquer outra nação; mas, acima de tudo, faz uma reflexão humanista sobre envelhecer.

Teoricamente mais eficiente em audiências maduras (não necessariamente de idade, mas ao menos da ideia avivada de finitude) o texto pode ter um sabor extra para brasileiros particularmente interessados em entender de onde vem não a identidade portuguesa, e sim a nossa própria – e talvez perceber o quanto não somos uma fruta caída assim tão longe do pé.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
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Liana 31/12/2020

A máquina de fazer espanhóis
A história é sobre um homem de 84 anos e sua vida após a súbita morte da esposa. Ambientado em um lar de idosos, acompanhamos o protagonista em uma jornada de autoconhecimento na terceira idade, criação de novas amizades e algumas recordações, principalmente da época da ditadura em Portugal. O livro traz muitas reflexões importantes que servem para qualquer idade. Recomendo.
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Bárbara 31/12/2020

Um poema sobre a solidão
Inicio esta resenha destacando o título do livro e o nome do autor, ambos grafados em letras minúsculas, por opção mesmo do autor, numa ideia magistral de aproximar a escrita da oralidade, compondo a "tetralogia das minúsculas". Durante toda a obra, não há uma letra maiúscula. Confuso? Um pouco, para quem não esperava encontrar tal forma de escrita. Todavia, com o avançar das primeiras páginas, a leitura passa a ser dinâmica e, sinceramente, isso não me atrapalhou. Isso será assunto de um post em breve, fiquem de olho!

Logo no início, conhecemos o Antonio Silva, um senhor de 84 anos que passa pela triste situação de perder sua esposa, com quem era casado há quase 50 anos. De uma hora para outra, além da dor da perda do amor de toda uma vida, foi levado (diga-se, deixado) num asilo, o "Lar da Feliz Idade", munido apenas de uma sacolinha e suas memórias.

O texto é um verdadeiro poema do início ao fim. Melancolia, tristeza, revolta, luto são temas recorrentes na escrita, com diálogos espetaculares que nos levam a inúmeras reflexões sobre a vida. Instalado num quarto com grades na janela, a teimosia de não querer ter mais alegrias na vida que lhe resta (pois lhe falta Laura, e isso é muita coisa) faz com que esse senhor seja visto como chato ou, como o próprio autor chama, "casmurro". Todavia, a convivência com pessoas da mesma idade - com histórias de vida diferentes e tortuosas quanto a dele - levam o senhor Silva a ter amizade com alguns personagens, como o senhor Pereira, o Silva da Europa, o centenário Esteves, entre outros.

É uma obra tocante, que trata de temas como abandono, morte, memória, solidão, nossas próprias omissões, mas também amizades e amor. Fala também do período da ditadura de Salazar (que vigorou em Portugal de 1932 a 1974), e de como o país foi afetado. É um livro reflexivo, em que a maior lição talvez seja a de que nunca deixamos de aprender, por mais velhos que sejamos, a vida sempre ensina, e que sempre vale a pena ser vivida. E, ainda que com o coração repleto de saudades, há sempre espaço para o novo, para o aprender.

site: http://www.instagram.com/leiturasdebarbara
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Bruno Paccini 27/12/2020

Faz chorar
Esse é dos grandes
Uma linda história. Facilmente aciona os
Ninjas cortadores de cebola
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