Resenhas - The Wise Man's Fear

Felipe 25/05/2022

A Verdade está nas histórias
Se reler "O Nome do Vento" foi uma ótima experiência, a leitura de "O Temor do Sábio" conseguiu ser ainda melhor, e o fato de estar em inglês deu um sabor ainda mais especial, afinal consegui entender toda a leitura (com uma ajuda do dicionário do Kindle).
Enquanto no primeiro livro Kvothe luta para sobreviver e acompanhamos seu crescimento e o começo de sua vida de aventuras, nesse a história acompanha o seu amadurecimento e a perda de inocência em diversas áreas, mas ainda guardando uma certa gentileza e bondade.
O autor também expande o mundo, apresentando novas localizações, novas culturas (algumas bem diferentes e extremamente interessantes) e aprofunda as lendas que existem nesse universo, criando camadas e mostrando interpretações diferentes para algumas passagens históricas, mas deixando bem claro o medo que acompanha a fama de certos personagens.
Muitos dos mistérios já estabelecidos são abordados e ganham substância, trazendo um sabor ainda mais especial para tentar solucioná-los antes que as respostas sejam reveladas.
O Temor do Sábio consegue ser maior e melhor, é mais grandioso e aborda assuntos diversos durante a jornada do jovem Kvothe e revela alguns de seus pensamentos atuais sobre seus feitos. Temos romance, magia, aventuras em cidades e nos ermos, intriga política, preconceitos, superação, aprendizado, humildade, humanidade, sexo, relacionamentos e é claro, histórias e música!
Todos os assuntos são abordados de uma forma leve, mesmo os mais pesados (como agressões físicas por parte de quem supostamente deveria nos proteger, sequestros e abusos), e a forma “poética” de se expressar do autor continua presente, criando diversas passagens de reflexão e beleza, mesmo em momentos sombrios.
Continua com uma característica muito humana, mas a palavra que usaria para definir esse livro é amadurecimento, dado o grande número de situações novas, complicadas e as responsabilidades que pesam no personagem com consequências que podem ser mortais.
Um livro que eu recomendo sem medo para todos os fãs de ficção, fantasia, aventura e mesmo romance, o único problema em ler é ficar na espera pelo terceiro livro, e torcer para que não seja o último, pois acompanhar Kvothe é uma experiência incrível, não tem como não sentir empatia, se ver na história e se emocionar com ela e seus personagens (Auri, estou falando especialmente de você!).

Andre 10/01/2022

O livro da minha vida
Quarta leitura desse livro que pra mim é a melhor coisa que alguém já escreveu nesse planeta nosso.

@livrostasticos 09/11/2021

Apesar de ser um livro incrível, eu acabei por gostar mais do primeiro livro. A escrita de Rothfuss continua fantástica e envolvente, a história interessante e fiquei preso a cada palavra até o final, em momento algum me senti entediado ou cansado da narrativa. Porém, ao contrário do primeiro livro, The Wise Man's Fear me passou a impressão de ser um pouco menos intencional do que o primeiro. Muitas vezes, apesar de estar totalmente entretido, me peguei a questionar qual era o objetivo do que estava acontecendo. No fim, acabei com a sensação de que acabamos a história exatamente aonde começamos sem nenhum progresso para o enredo principal, e foi por isso que não pude dar 5 estrelas a TWMF.
Enfim, no geral eu gostei muito do livro e infelizmente me juntei as milhares de pessoas que estão ansiosas pela continuação!

Iago.Nonaka 14/05/2021

Muito bom
Este livro foi recomendado pra mim com o argumento "Mudou minha vida" e eu muito surpreso por tal recomendação fui ler. Realmente, o livro é muito interessante, ele te cativa e faz você querer ler cada vez mais. Recomendo para quem gosta de Sci-fi, aventura e romance. De qualquer forma ele superou minhas expectativas que eu criei desde o primeiro livro, então realmente este segundo é incrível!

Gabriela 27/03/2021

Thank you, Rothfuss.
But there was always a part of me that hoped for more, and so there was a part of me that was always a fool (p. 516)

Única recomendação/avaliação que eu posso fazer, além das cinco estrelas, é a seguinte:
Um dos melhores livros que já li.

Mel 05/02/2020

Melhor fantasia do momento
Reli este livro depois de 6 anos e ele ainda é o melhor livro de fantasia que eu já li. O autor narra de forma quase poética (embora eu ache que ele não gostaria muito de ouvir isso kkk) com cenas marcantes, muito bem descritas e sem tornar o livro muito pesado ou entediante. Por ser cigana, também me sinto particularmente feliz e tocada com a forma com que o autor trata os Edema Ruh. Recomendo a qualquer um que goste ao menos um pouco do gênero.

Fê 11/12/2012

ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR!

Ai meu deus, por onde começar? Pelo começo ,né? Bom, a vida de Kvothe segue como sempre na Universidade, mesmo depois de passar quatro dias sumido no final do primeiro e de ter incendiado a cidade de Trebon. Kvothe já começa a construir sua fama. Mas isso não é suficiente para garantir a matrícula no novo período no Universidade, e como sempre ele tem que se virar nos 30 pra pagar. Só que Kvothe é persistente e continua lá, cada vez mais determinado a aprender o nome do vento.

As amizades com sim e Wil estão mais fortes, a ponto de eles fazerem uma loucura e arriscarem suas próprias permanências na Universidade por causa de Kvothe. Também Fela, lembram dela?, está mais presente e depois de Kvothe salvá-la de um incêndio na oficina, ela se aproxima do ruivo e se mostra uma boa amiga. Ela sente uma certa atração por Kvothe, mas logo quem conquista o coração da moça é Sim. Mesmo porque Kvothe pode se enganar o quanto quiser, mas só tem olhos mesmo para Denna. Falo dela daqui a pouco.

E Kvothe também vai avançando na Universidade, é promovido a Re´lar e começa a ganhar o respeito de seus mestres e de alguns alunos também. Por outro lado, a rivalidade com Ambrose fica mais séria, principalmente depois e Ambrose se meter com Denna. As coisas ficam tão sérias a ponto de Kvothe ser forçado a deixar a Universidade por um tempo, indo atrás de um patrocinador na longínqua Vintas. Certo, o que Kvothe faz é bem sério, mas Ambrose mereceu, mas é de partir o coração ver Kvothe indo embora da Universidade, depois de tudo que fez e sofreu para permanecer lá.

Mas não dá para sentir pena dele por muito tempo, porque ele logo chega ao palácio do Maer, um cara quase como um rei, e cai nas graças do fulano. O Maer é um homem poderoso, mas com uma saúde frágil. E quando Kvothe descobre que ele está sendo envenenado e salva sua vida (não antes de passar por maus bocados), ele ganha a confiança do Maer, que o encarrega mesmo de conquistar sua noiva, Guardem isso, que vai ser importante. E Kvothe também fica encarregado de uma missão tanto perigosa como prestigiosa quando o Maer o manda para o norte para livrar a estrada de alguns bandidos. E esta viagem vai ser crucial na vida de Kvothe.

Durante a viagem, Kvothe chega muito perto do assassino de seus pais e sua trupe, e também conhece Tempi, um ademriano que o leva para sua terra, onde Kvothe prende as artes de luta pelas quais é famoso. Ademre é uma terra estranha, com costumes muito diferentes, mas apesar de semrpe ser considerado um bárbaro, por seus cabelos vermelhos e por ser um forasteiro, Kvothe até que se adapta bem ao lugar, pelo tempo que passa lá. Claro que nem todo mundo sente simpatia por ele, mas ele se vira.

Também durante a viagem Kvothe conhece Feluriana, uma espécie de fada que enfeitiça os homens, que acabam como reféns de seus desejos e acabam por morrer ou perder sua sanidade. Com Feluriana, Kvothe aprende as artes do amor e é daí que vem sua fama de bom amante (e bota bom nisso). Kvothe, claro, consegue escapar, tanto com sua sanidade como com a vida, mas sai do bosque de Feluriana mudado. Não só pelas proezas que aprendeu, mas de modo geral. Ele não é mais o mesmo Kvothe que entrou lá.

De modo geral, Kvothe amadurece muito neste. Muita coisa acontece com ele, e claro que ele não pode passar por isso incólume. Está mais determinado que nunca na sua bisca pelo Chandrian, mas Kvothe agora está menos impulsivo e faz as coisas depois de pensar um pouco mais. Tanto seu tempo com Feluriana como em Ademre contribuíram para isso. E sua fama começa a crescer também, de forma que ele começa a compreender o que é ser uma lenda viva. E nem sempre isso é bom, ele às vezes se sente incomodado por isso.

Não esqueço de Denna. Depois de passar quatro dias em companhia dela, e conhecer um pouco de suas vulnerabilidades, a relação de Kvothe e Denna está mais complicada. Denna continua com seus mistérios, e ainda esquiva, e Kvothe tem que prosseguir com cuidado para não afugentá-la. Denna, por sua vez, também sente o mesmo que Kvothe, mas também tem medo, é uma situação nova para ela também. Nenhum dos dois sabe como lidar com isso, então sua relação é sempre tensa. E piora depois que, em Severen, eles discutem feio, e Kvothe tem que partir em missão para o Maer, sem aviso. Denna fica magoada, achando que Kvothe é só mais um que a abandona. O que Kvothe sabe muito bem, e isso também tem seu preço sobre ele. Ele sofre por isso também.

O livro ainda se divide em duas partes, o presente, onde Kvothe conta sua história par ao Cronista, e o passado. Mas neste, esse interlúdios são mais espaçados e mais curtos. O que não quer dizer que não são interessantes também. Neste ficamos sabendo que Bast tem um segredo, bem no final. Ainda não está claro, só saberemos no terceiro. Mas já deixa um baita de um gancho para o próximo. E fica claro que há um história paralela neste interlúdio também. O ruim é agora esperar pelo terceiro.

Trilha sonora

Prelude 12/21, do AFI continua sendo a cara de Kvothe. Sombria e misteriosa como ele. Ainda Breath of life, de Florence and the machine, Ameno e Divano, do Era, Silver Strand e Toss the feathers, do The Corrs são perfeitas mesmo para o anterior, porque as duas me lembram vento (não sei como não pensei nelas antes). Também Only one (perfeita para Kvothe/Denna) e Somewhere in between, do meu amado Lifehouse, Feel the quiet river rage, do Live e Secret Smile, do Semisonic.

Se você gostou de O Temor do Sábio, pode gostar também de:

ciclo A Herança – Christopher Paolini;
As Crônicas do gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
Harry Potter – J. K. Rowling;
As crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
coleçao Percy Jackson – Rick Riordan;
As Crônicas dos Kane - Rick Riordan;
trilogia de Tinta – Cornelia Funke;
As Brumas de Avalon – Maruion Zimmer Bradley;
O Trílio negro – Marion Zimmer Bradley;
O Senhor ds Anéis – J. R. R. Tolkien;
O Hobbit – J. R. R. Tolkien;
As Fronteiras do Universo – Phillip Pullman.

Publicado originalmente em: natrilhadoslivros.blogspot.com

Maj 01/10/2012

Simpático e envolvente, a atmosfera do livro se mantem como a do primeiro: cheio de coisas novas. Kvothe não deixa de nos surpreender, com suas habilidades e jeito de lidar com as situações, o artista-artífice-mago de cabelos cor de fogo agora vai conhecer lugares que antes eram só citados.

O que mais me deixa encantado com a série é a capacidade que ele tem de trazer coisas da atmosfera medieval-renascença que outros livros negligenciam, como a poesia e a música, que têm bastante importância no livro.

Sabendo que o próximo será o último, já fico triste.

5/5