Estranha Presença

Estranha Presença Sarah Waters




Resenhas - Estranha Presença


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iammoremylrds 28/11/2021

meu deus q thriller perfeito, o mal vai surgindo aos poucos e em q td está nos detalhes e o modo como isso vai afetar a vida dos personagens, sem falar das inúmeras interpretações q podem ser feitas
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Andreia Santana 21/05/2011

O mal que vem de dentro
Ler o romance Estranha Presença me lembrou o filme O orfanato, de Juan Antonio Bayona, estrelado por Belén Rueda. A obra, tal qual a produção cinematográfica, se passa em uma casa antiga, decadente, claustrofóbica apesar do tamanho, cheia de quartos escuros e mistérios do passado. A semelhança do livro de Sarah Waters com o filme não fica por aí. Trata-se do mesmo tipo de atmosfera assustadora que une o sobrenatural das típicas histórias de fantasma e o psicológico. Tem uma nuance sutil de Psicose, de Alfred Hitchcock. Nas mãos do mestre, Estranha Presença se tornaria tão primoroso quanto a saga de Norman Bates.

Há um mal interno que alimenta forças sinistras exteriores que, uma vez liberadas, agirão até as últimas conseqüências. O tom fatalista acompanha o romance desde o primeiro capítulo e em certos momentos, torna a leitura angustiante.

O livro conta a história de uma família de aristocratas ingleses falida após a II Guerra Mundial e vivendo em uma antiga mansão rural arruinada. O pano de fundo é a morte de um modo de vida e o surgimento de outro. Parte das terras da antiga fazenda foi desapropriada para que o governo construa loteamentos de casas para uma nova classe média emergente. A família Ayres, enquanto ressente-se da glória perdida e teme a aproximação da “ralé”, afunda em dívidas e dramas psicológicos que desenterram medos profundos e antigos. A loucura ronda.

A história é contada pelo amigo dos Ayres, um comedido, pacato, porém ambicioso, médico que encarna o protótipo do homem metódico e fleumático britânico, chamado Faraday. Vindo dessa mesma ralé rejeitada pelos aristocratas, ao longo da trama, ele ganha a confiança da família por sua aparente solidez moral e mental. A proximidade com a atormentada família, porém, envolve-o nos acontecimentos sobrenaturais que tem como cenário a sinistra mansão de Hundreds Hall.

A narrativa hábil de Sara Waters propõe o bom e velho jogo de espelhos. Nem tudo é o que parece ser e as conclusões mais apressadas do leitor acabam frustradas pela habilidosa e intrincada trama da autora. Para quem gosta de ser surpreendido, as expectativas são prontamente atendidas. Além disso, ela propõe um romance entre Faraday e a herdeira da mansão, Caroline Ayres, pontuado por preconceitos de classe, expectativas e desejos de uma fuga da realidade vivida pelos dois. O leitor tem uma intuição do que poderá resultar de semelhante enlace, mas a autora ilude a percepção até dos mais argutos.

A trama contada por um observador também envolvido na história não deixa de trazer aquelas questões de sempre sobre o quanto da nossa visão de leitor está contaminada pelo olhar de um único personagem. A dica é ler as entrelinhas, ter em mente a sequência cronológica dos fatos e se ater aos “atos falhos” da narrativa de Faraday.

Pelo desafio à sagacidade do leitor, o texto lembra Conan Doyle e Agatha Christie, não à toa dois autores britânicos – assim como também é o cineasta Alfred Hitchcock - de literatura de mistério que precederam Sarah Waters e lançaram bases sólidas para este tipo de entretenimento que não se pretende elaboradíssimo ou erudito, mas é intenso dentro da sua proposta.

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Karen 04/04/2021

Fazia muito tempo que eu não lia um bom livro de terror, daquele tipo em que o mal vem surgindo devagarinho, em pequenas coisa e vai tomando conta da vida dos personagens, muito bom
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Ket 22/04/2021

Mais do que um gótico de horror: um vislumbre da decadência social
Adorei esse livro. Achei a escrita da autora muito cativante.

Apesar de a história ter passagens mais lentas (visto ser contado em primeira pessoa por um narrador cheio de divagações internas), os momentos de mistério e picos sobrenaturais são maravilhosos e brincam muito com nossa percepção do que pode ser realidade ou não. As tragédias que se abatem sobre os Ayres são frutos de uma entidade estranha ou delírios levantados pelo isolamento e depressão do pós-guerra? E o que é real e o que é apenas interpretação do narrador, o Dr. Faraday?
Fica a cargo do leitor decidir.

Outro ponto interessantíssimo da história, na minha interpretação, é o fato de a decadência da mansão ser uma metáfora para a decadência da antiga estrutura social inglesa, onde os Ayres reinavam antes das guerras. Cada papel de parede mofado, cada tábua solta, cada tijolo quebrado parece representar um tempo que não irá mais voltar. Achei fascinante!

Indico para quem busca histórias góticas com esse apelo histórico.
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Claire Scorzi 28/05/2010

Suspense, mistério e medo numa prosa que soa antiga
Posso entender porque Sarah Waters é considerada herdeira de um estilo antigo, à maneira de Dickens. Aqui, ela retoma o gasto tema da casa assombrada investindo em alusões, parágrafos densos, longos, detalhes, e um desenho histórico cativante da Inglaterra do pós-guerra.

A história não deixa de evocar a questão das classes sociais, este tema tão inglês, e, também, tão de Dickens, na verdade.

Nós nos interrogamos se de fato a casa é assombrada; em caso afirmativo, o que está provocando - o que teria desencadeado todo o processo - deprimente, doloroso, gradual - de decadência de Hundred Hall e destruição (de uma forma ou de outra) de seus moradores.

Terminada a leitura - e me agarrei ao livro por três dias seguidos até concluí-lo - formei uma teoria, não muito diferente de uma das teorias apresentadas por um dos personagens no transcorrer da história. A diferença é que o "catalizador", ou o "instrumento" usado para provocar todo o horror que assistimos nunca é sugerido pela autora, mas é o instrumento que julgo o mais coerente com os eventos. Sarah Waters jamais o menciona; sutileza? Ou deduzi errado?

A tratar-se de sutileza, cumprimento a escritora. As linhas finais, nesse caso, seriam de uma ironia aterradora.
Lela Tiemi 29/05/2010minha estante
Um livro de suspense e mistério, e à la Dickens! Não posso perder! =0) Estou super curiosa!!


Lu 23/06/2010minha estante
Ótima resenha, Claire! Parabéns! Estou de olho nesse livro. *_*


Rusbis 20/03/2015minha estante
Claire, você acha que vale a pena lê-lo?




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cid 25/02/2013

Na paisagem rural inglesa
Livro muito agradável, leitura interessante e que fica em nossa mente, muito tempo após a leitura. Embora eu não goste de finais indefinidos, eu elaborei um final a partir do que li.O que desejamos quando criança, nos persegue a vida toda. É um livro sobre ricos e pobres, vivos e mortos, final de uma era e começo de outra. Algumas partes acredito que deveriam ter sido melhor trabalhadas, mas é quase perfeito. As primeiras 150 páginas são perfeitas. Mas, é um livro inesquecível.
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Carla 04/06/2023

O terror é só uma pontinha
Esse livro tem uma casa grande e decadente, habitada por uma família aristocrata que perdeu seu poder, dinheiro e prestígio.

Com estes elementos, a autora constroi a derrocada da família aos olhos de médico Faraday que, tendo vindo de um extrato mais humilde da sociedade, é fascinado pela casa e seus habitantes.

A casa é um personagem e acho isso sempre muito interessante. Misteriosa e deprimente, a casa faz de tudo para se manter em pé enquanto a família desmorona ao seu redor presos no passado glamouroso e farto.

O terror dessa história é leve, a trama de concentra mais no drama do dr e da família mesmo.

A autora é especialista em trazer críticas e desnudar as rachaduras de padrões de vida de forma implícita em sua narrativa. Assim, essa obra traz um retrato do pós Guerra e do quanto a aristocracia viu seu telhado desabar.
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Gláucia 10/12/2022

Estranha Presença - Sarah Waters
Esse livro estava na fila há muito tempo, na categoria, "não vejo a hora, que capa!, deve ser incrível".
Adoro toda a atmosfera de um bom romance gótico, especialmente quando envolve histórias misteriosas de família, dramas mal resolvidos e casas com fama de mal assombradas. Temos tudo isso aí mas quanta gordura no meio, que enrolação pra chegar quase a lugar nenhum. Poderia bem ter umas 200 páginas a menos sem o menor prejuízo para a história.
Gostei da forma como foi elaborado o final, considerado aberto para alguns mas achei bem evidente, haja vista ser a única explicação possível.
Existe um filme e estou muito curiosa em assistir. Não é uma história ruim apenas enrolou demais. A expectativa lá nas alturas também atrapalhou um pouco minha experiência.
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Mariana Dal Chico 24/08/2010

Histórias de suspense que envolvem mansões antigas e decadentes sempre me fascinaram, é meu tipo de suspense preferido. Não dá para pensar nesse tipo de livro e não lembrar do livro ‘O Iluminado’ do Stephen King.

Em Estranha Presença, somos conduzidos pela história através dos olhos do Dr. Faraday, médico de família que por um golpe do destino acabou sendo chamado para atender com urgência uma moça de quatorze anos, Betty, empregada de Hundreds Hall, a imponente casa da família Ayres.

A mãe do Dr. Faraday foi uma das babás da casa, antes da Segunda Guerra Mundial, quando esta ainda vivia seus dias de fartura e glória. Ele tem lembranças desejosas da casa, como se lá fosse o lugar mais belo e rico do mundo. Mas ao chegar em Hundreds Hall, ele constata que hoje ela é apenas um eco do que foi no passado.

Com o final da guerra, a família perdeu muito dinheiro, o patriarca faleceu, deixando seus filhos e esposa para cuidarem da casa. Roderick, o filho mais novo, apesar de sua pouca idade, é um veterano de guerra que tem sequelas terríveis, como cicatrizes de queimadura em seu rosto e uma fratura mal cuidada na perna. Diante de tantas dificuldades para manter a casa, aos poucos ele teve de tomar a decisão de vender alguns lotes da fazenda, a casa por ser muito antiga, dá muita manutenção e a família já não tem mais dinheiro para sustentar tamanha austeridade. Isso deixa Rod ainda mais deprimido.

A Sra. Ayres, é uma senhora que vive com seus pensamentos no passado, apesar de suas roupas puídas e situação financeira calamitosa, ela ainda se comporta como uma matriarca de família importante da paisagem rural inglesa.


Leia mais: http://www.psychobooks.com.br/2010/08/resenha-estranha-presenca.html
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Tania_Lamara 21/01/2022

Resenha somente para estatística
Estou reorganizando meu skoob com livros que li há alguns anos e não estavam aqui. A maioria estava no ORELHA DE LIVRO. Portanto, muitos deles não me lembro tão bem da história para fazer a resenha. Portanto essa é mesmo uma forma de entrar pra estatística quando eu precisar. Espero que entendam!!!!
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Adriana 28/09/2012

Terror com Sutileza
Muito bem escrito e descrito!
Vale a pena ler pena maneira como é escrito.
Um livro de terror escrito com muita sutileza e delicadeza.
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thaís 21/02/2023

Fazia tempo em que eu não lia uma cena de suspense/terror que me deixou realmente assustada. sarah waters foi capaz de me fazer sentir isso neste livro.
o livro no começo é bem parado, fiquei até um pouco entediada. senti o mesmo em apenas alguns capítulos após, de fato, engatar na história. mas as cenas de suspense são muuuito boas! a tensão que a autora vai criando com pequenas situações esquisitas até se chegar no clímax... fantástico!
e o final! tive tantas suspeitas, criei tantas teorias e apenas no final desconfiei da verdadeira estranha presença da casa. enfim, um livro muito bom e que amei ler.

uma observação: preciso falar o quanto senti raiva do narradoooor!!! que homem chato, insuportável!!!
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Patricia.Cunha 15/11/2023

Gótico mais raiz que esse, impossível!
Gostei muito da ousadia da autora em criar essa história, um baita gótico raiz! É um livro lentoooo, poderia sem um pouco mais curto? Poderia, mas isso não tira a força da obra. Se você tiver em mente que é um livro com alta carga dramática, tento as consequências da guerra como pano de fundo e uma pitada de sobrenatural, você entenderá a proposta da autora. Gostei bastante!!!
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