Shirlei.Satiro 13/04/2017Para aprender a LERPor um bom tempo na minha vida, acreditei que um charuto era apenas um charuto e, li livros e outras coisas tão somente pelo prazer da leitura e porquê era uma diversão que eu poderia ter sozinha (sem ninguém “enchendo o saco”).
Mas, quando tinha 11 anos, uma professora, Srta. Clélia, nos ensinou o hino Nacional. (Acredito que uma explicação é necessária aqui: o hino nacional brasileiro é um poema e, como tal, o significado de seus versos não estão à vista de todos, você deve prestar atenção cuidadosamente para que as cenas que ele apresenta sejam descortinadas na sua frente).
A partir daquele momento, descobri que, talvez, o charuto fosse algo completamente diferente (Freud explica!).
Apesar de ter estudado os tortuosos caminhos e sentidos da mente (sou uma psicóloga), nunca pude chegar ao mesmo nível de compreensão (que tenho na psicologia) com as minhas leituras. Pode me chamar de “tapada”, “obtusa”...
Sempre tentei decifrar os textos e, embora algumas vezes, sentisse que o significado estava logo ali, ao alcance de minhas mãos, no fim, ele escapava e eu ficava sem saber o “real significado” do texto. Eis o porquê de ter lido este livro: para que eu pudesse ler outros livros completamente.
E o Sr. Foster não me decepcionou. Ele ensina, como um bom professor, o que devemos procurar em um livro para que possamos aprecia-lo completamente. Nunca antes tinha pensado em que quando um personagem fica encharcado, seja com uma chuva ou em um rio, que ele esta passando um “batismo”, uma renovação...
E de agora em diante vou ler e ver as cenas, apreciando-as por sua beleza mas, também, por seus significados ocultos.
Entretanto, manterei em mente que, tal como Freud sabiamente colocou… “às vezes, um charuto é apenas um charuto”.
O Sr. Foster, como todo professor, é uma pessoa muito esclarecida, inteligente, e um tanto quanto, chata (mantenha isso em mente!).
Ao final do livro há uma lista de leitura que preencherá muito do eu tempo.