Li 26/02/2011DESAFIO LITERÁRIO 2011 - FEVEREIRO - BIOGRAFIAS E/OU MEMÓRIAS *LIVRO 5 - EXTRA*
Sinopse: Reunindo relatos de testemunhas, confissões pessoais e documentos particulares, os autores trazem à tona fatos surpreendentes para que se possa entender melhor essa personalidade que se tornou o símbolo do mal na era moderna.
Novamente: Não ia ler mais nenhum livro do tema depois de Dewey, mas faltavam ainda 8 dias para terminar o mês e eu não tinha nenhum livro em mente para ler neste período, então porque não ler outro para o desafio?! E outra, eu fiquei curiosíssima quando vi este na estante do quarto de minha mãe!
Os autores defendem a ideia de que saber mais sobre quem foi o homem, talvez coloque um motivo nos fatos ocorridos posteriormente. Uma infância conturbada? Uma adolescência de timidez? Um passado traumático como soldado na 1ª guerra? Insegurança?
Muitos dos conhecidos do próprio Hitler, através de depoimentos, cartas, documentos, se perguntavam o que teria acontecido se ele tivesse simplesmente se casado com uma mulher que tivesse um poder maior sobre ele e apaziguasse esta sua energia sexual furiosa e não satisfeita - Hitler tinha tendências masoquistas. Muitos tentaram com empenho arrumar uma esposa para ele, que sempre dizia que a Alemanha já fazia este papel - o que não fez com que ele deixasse de ter vários casos durante a vida adulta, com mulheres jovens, bonitinhas e simplórias. Eva Braun foi a única delas que pode ser reconhecida como uma companheira, uma esposa, mas não no sentido completo da palavra, a única que o tornava mais humano, na medida do possível.
Hitler não tinha motivos, fora a neura sexual, para ser inseguro: era um pop star! Nunca tinha pensando nele dessa forma até então... As mulheres o desejavam (a fama e o poder para algumas pessoas é afrodisíaco, né?! Porque bonito ele não era! Rs) e, dizem os relatos, era carismático, enigmático, charmoso... Tinha uma legião de fãs que se ofereciam, ficavam histéricas, mandavam cartas apaixonadas! Não é totalmente estranho pensar nisso sabendo os fatos históricos?!
O livro é bem escrito, com bastante informação. Apesar dos vários fatos não comprovados e dúbios, de ser meio repetitivo e um pouquinho apelativo, achei o conteúdo ótimo e muito interessante saber mais sobre como era a pessoa por trás do líder político, como ele era tão magnético que não foi uma, nem duas mulheres, a tentar suicídio por “amor” a ele, mesmo com toda a esquisitice... Uma das secretárias dele veio a dizer que a Alemanha inteira saiu de um estado de “hipnose coletiva” depois de sua morte.
Os autores deduzem, de todos os relatos, que Hitler descontou a frustração sexual na Europa. Só Frued explica como uma pessoa tão paradoxal e mentalmente instável conseguiu ser um dos líderes mais convincentes da história, mesmo que a lógica e a racionalidade mostrassem que o que ele defendia era uma abominação!
Eu fiquei morrendo de dúvida entre várias passagens interessantes, mas acho que esta resume bem boa parte dos relatos do livro:
“No final, apenas uma coisa é certa: no amor, como na política e no poder, Hitler era indubitavelmente um psicopata – carinhoso e violento, amável e desagradável, atraente e repulsivo, capaz de dar e de tirar a vida, dono de um magnetismo hipnótico, mas perigoso.”
O livro descreve também como era a vida no bunker de Hitler nos últimos tempos da guerra, seus últimos dias, detalhes sobre seu suicídio, e como ficou a vida de alguns envolvidos e suas famílias depois de tudo. Fala sobre o conflito, mas não com o foco na guerra em si, mas sim na sua influência sobre a vida das pessoas.
De longe, o melhor livro dos 5 que li este mês!
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