Essa dama bate bué!

Essa dama bate bué! Yara Nakahanda Monteiro




Resenhas - Essa dama bate bué!


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Vitor 13/07/2023

Um experimento
Difícil falar muito sobre a leitura. É um livro que se torna confuso por vezes. Muito disso deve-se ao português de Portugal e Angola. Com diversas expressões relacionadas aos locais. Mesmo que se pesquise, em diversas frentes, nós perdemos em contextos e tentando decifrar o que significa a passagem.

Isso não torna o livro ruim, mas impacta de certa forma a leitura. Acaba por se tornar uma experiência embarcar nessa viagem junto a protagonista.
comentários(0)comente



Hannah Monise 18/02/2023

O reconhecer de suas origens - e a cultura angolana
Que livro! É a primeira vez que leio algo da Angola e gostei muito.

Vitória foi criada por seus avós em Portugal, após ser abandonada pela mãe aos dois anos - que a largou na frente da casa deles em Huambo, Angola - e fugirem de Angola por conta da guerra. Agora, aos 25 anos, ela retorna ao seu país natal para procurar por sua mãe, com quem nunca teve contato desde então.

No começo, foi difícil me envolver com a escrita, mas logo que avançou eu consegui entender e seguir melhor. A história é muito bem escrita e me remete a O Mapeador de Ausências, de Mia Couto, que tem um enredo parecido. Como o português é de Portugal, exige uma atenção melhor na leitura. A cultura angolana foi bem apresentada e fiquei bem curiosa para saber mais sobre o País.

Acredito apenas que o livro merecia um final melhor, não de repente como foi. Acho que poderíamos ler um epílogo mais conclusivo para a personagem! No entanto, me envolvi, gostei e recomendo a leitura.

"A guerra engole-nos a dignidade antes mesmo de nos tocar a pele". (Página 17)

"Vejo duas crianças só com cuecas a revolver uma poça de água onde flutua lixo, a imprecação da cidade.
Observando a minha expressão desfigurada pela agonia e tristeza, Romena solidariza-se:
- Dói, né?! Vamos fazer o quê? Ver muitas vezes o mesmo habitua o olho e fecha o coração." (Página 33)

"Vitória sabe-o: a dor do abandono nunca sara. Aprende-se a conviver com ela. É uma cicatriz que nunca deixa de dar comichão." (Página 189)
comentários(0)comente



Carolina.S.M 30/01/2023

Ótima escrita, historia forte.
A escrita me surpreendeu positivamente; apesar de muitos termos do português de Portugal e Angola, a leitura nao é dificil (no maximo, precisas jogar no google algumas expressões). Muitissimas frases bem elaboradas, impactantes. No centro, a história do abandono e de como ele forja a personalidade do abandonado. A dama que bate muito é a mãe, a solidão, a guerra, a Angola. A vida e as escolhas que fazemos.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lara 07/01/2023

Essa dama bate bué! é uma leitura obrigatória para todos que desejam amplificar o próprio senso de humanidade. A narrativa de Yara Nakahanda Monteiro explora temas ao mesmo tempo íntimos e sociais, com as reflexões da protagonista Vitória. A leitura flui bem, traz um vocabulário simples, mas incrivelmente belo e profundo, que nos envolve nas jornadas e dilemas das personagens. A autora narra, com exímio, o inenarrável do testemunho de guerra, abrindo espaço para o silêncio das personagens através de palavras carregadas de sentimento. Certamente, é uma obra de forte senso estético e literário.
comentários(0)comente



JoaoVictorOF 26/11/2022

Promete bastante coisa e entrega pela metade.
Confesso que li esse livro com pressa para um curso, o que pode ter afetado minha percepção dele. Gostei da premissa do romance e dos temas tratados: raça, a busca por identidade, o pertencimento, a realidade de Angola, as consequências das guerras de libertação, etc. Digo que a leitura vale a pena justamente por fazer um bom trabalho em introduzir a gente, estrangeiro, naquela realidade.
É bem escrito, apesar das dificuldades que tive com o português de Portugal e suas particularidades. Tem uns momentos bonitos.
O maior problema, pra mim, é que nada é explorado com muito afinco. Muita coisa fica sem conclusão. Entendo que esse é um dos pontos que a autora quer passar, mas não deixa de ser insatisfatório. O final foi mega corrido também, deu pra perceber como os capítulos diminuiam conforme o fim se aproximava.
Enfim, não sei se essa dama baté tanto bué assim, não.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 05/10/2022

Fábula de uma autodescoberta exemplar, Essa dama bate bué! É também uma narrativa em que a identidade e gênero buscam sua refundação integral depois de um passado incerto e nebuloso. Narrado com eletricidade, este é um romance que saudavelmente embaralha as formas e as expectativas: é uma história de amor e também de guerra, um conto contemporâneo que lida com o passado, um chamado (por vezes cômico) à independência das mulheres como seres políticos. E de seus próprios corpos em busca de liberdade, leveza e prazer.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786556921921
comentários(0)comente



Maia 05/07/2022

Neste livro Vitória larga uma vida de sucesso em Portugal para retornar ao local de nascimento na agitada e imprevisível Angola, em busca de encontrar a mãe, sabe quase nada a respeito dela e nada sobre o paradeiro atual.

Em especial nas últimas páginas a narrativa se passa de forma rápida e é difícil parar a leitura, porém o desfecho me deixou com a sensação de incompletude, não que um bom livro precise de ciclos narrativos perfeitamente fechados, é apenas um sentimento que tive ao finalizar. Parece que ficamos órfãos tbm, assim como Vitória, sem sabermos afinal como segue a vida da protagonista, se é feliz ou não, se acha seu caminho ou não, enfim.
comentários(0)comente



Gi_MM 03/01/2022

Por que bate bué?
Este livro traz uma experiência diferente para o leitor, especialmente aos leitores brasileiros. Um português novo, ao qual não estamos acostumados, um reflexo da nossa cultura que é exportada e se torna muito influente na cultura alheia, algo que não estamos acostumados a ver e a pensar e uma realidade cruel que nos faz refletir. O livro não possui uma narrativa linear, vai e volta no passado e nos personagens e vai se descobrindo aos poucos sobre eles se é que acabamos sabendo de tudo... É um livro em que tudo é solto, nada é aprofundado. A história é jogada e lá fica. Há trechos bons em meio a narrativa e só. O leitor cria uma expectativa e a realidade é outra à moda dos memes... Tentando entender até agora a razão do título. Em suma, é um livro diferente, que nos tira da zona de conforto, mas não é um livro espetacular. Recomendo a leitura pela experiência em si e só.
Lívia.Beatrice 16/08/2022minha estante
Bué é uma expressão usada em Portugal. Significa "muito"


Gi_MM 21/08/2022minha estante
Sim, eu sei. O livro está repleto de expressões angolanas, não é o máximo? Você já leu o livro, Lívia.Beatrice? Realmente acho que o título não se encaixa muito bem.


Lívia.Beatrice 09/09/2022minha estante
Li! Concordo q o titulo n se encaixa muito, mas entendi que talvez fizesse sentido na cultura Angola. ?????


Gi_MM 10/09/2022minha estante
Talvez...


Carolina.S.M 25/01/2023minha estante
A dama é Angola, como diz no poema do Bentinho lá pela pag 50. Acredito que seja uma referência ao país no sentido de ser um lugar q se ama e se odeia, complexo, que oferece tanto mas tb tao pouco. Angola bate nos seus, mas tb luta com eles.




10 encontrados | exibindo 1 a 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR