A Comédia Humana

A Comédia Humana William Saroyan




Resenhas - A comédia humana


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Yussif 16/05/2012

Na cidade de Ítaca, Vale de San Joaquin, Califórnia, vive a família armênia Macauley. Nela, mãe e três filhos – Bess, Homero e Ulisses- esperam a volta de Marcus, irmão que foi convocado para batalhar na Segunda Guerra Mundial. “A Comédia Humana”, de William Saroyan, publicado pela primeira vez em 1942, é uma narrativa dividida em pequenos capítulos sobre o cotidiano dessa família e das pessoas que vivem na pequena cidade.
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jota 20/09/2011

Risos e lágrimas
Este é um daqueles livros que mesmo antes de acabar você sabe que vai ficar com saudade dos personagens. Porque eles são tão humanos que parecem gente de verdade, especialmente os irmãos Homero e Ulisses Macauley, entre outros. Enfim, é uma história encantadora que merece até mesmo uma releitura. Li A Comédia Humana duas vezes.

A história que se passa em 1942, durante a II Guerra Mundial. A ação se desenvolve em Ítaca, cidadezinha da Califórnia, pacata e humana. Uma sequência de quadros simples, cotidianos, que emolduram as experiências humanas e de trabalho do adolescente Homero Macauley, estafeta (como o autor) da agência postal e telegráfica local. Perdera o pai, o irmão mais velho, Marcus, fora para a guerra e ele teve de procurar um trabalho para ajudar a família.

Num crescendo de poesia e emoção, Saroyan leva o leitor a identificar-se com o drama do jovem que se vê de improviso chefe de uma família perturbada pela guerra.

Uma das passagens mais tocantes do livro ocorre quando Homero tem de entregar a uma senhora mexicana, um telegrama do Exército. Ela não sabe ler inglês e pede que Homero lhe leia a mensagem. Ele já fazia ideia de que o telegrama informava à senhora a morte do filho, mas não estava preparado para lhe contar isso, de modo algum. Ele era apenas um menino que trabalhava para ajudar sua família; milhões de pensamentos lhe vêm então à cabeça. É uma cena em que ficamos com um nó na garganta; que vai ficar na mente do rapaz como um aviso, a martirizá-lo. Passa a temer que o irmão soldado jamais volte para casa, que um dia um desses telegramas chegue à agência comunicando a morte de Marcus. Teria ele de entregá-lo à mãe?

E com várias histórias tristes e alegres (estas em maior quantidade, felizmente) a narrativa vai avançando. Até que um dia acontece o pior. Um dia, numa loja de ferragens de Ítaca, o pequeno Ulisses (atenção para o nome da cidade e de alguns personagens) fica preso numa armadilha para capturar animais selvagens. Não bastasse isso, continuam chegando os terríveis telegramas do Exército para as famílias de Ítaca...

Mas fiquemos com o parágrafo inicial, pleno de poesia e encantamento, como todo o livro, aliás:

"O garotinho Ulisses Macauley estava, um dia, perto da nova toca de uma toupeira, no quintal de sua casa, na Avenida Santa Clara, em Ítaca, Califórnia. A toupeira, do buraco, jogou para fora um pouco de terra úmida e piscou para o menino, que certamente era um estranho, mas, talvez não um inimigo. Antes que o milagre fosse completamente apreciado pelo menino, um dos pássaros de Ítaca voou até uma velha nogueira que havia no quintal e, depois de pousar num galho, desatou a cantar, desviando a fascinação do menino da terra para a árvore. Depois, melhor de tudo, um trem de carga resfolegou e rugiu ao longe. O menino ficou escutando, e sentiu que a terra tremia debaixo dele com o mover do trem. Começou então a correr, movendo-se (assim lhe parecia) mais depressa que qualquer coisa no mundo." (Tradução de Alex Viany, página 11, edição Abril Cultural, 1974)

A comédia humana, de William Saroyan, é seguramente mais que um clássico moderno. É um livro inesquecível.
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Guilherme F. 22/03/2010

Simples...
Simples é a palavra que resume esse livro... Pode se dizer que a comedia humana é uma coletânea de pequenas historias do cotidiano de uma família Americana durante uma guerra. Os capítulos são curtos com histórias praticamente fechadas, então quem gosta de ler antes de dormir esse é um bom livro. O único defeito é aquela sensação de que a vida é um mar de rosas. Mas essa sensação não atrapalha na leitura, acho que é uma característica das histórias da época.
Você pode ler sem se aprofundar muito na história que vai entender, mas se você quiser pode viajar na filosofia que o autor passa durante os contos.
Todos os personagens são cativantes, principalmente o caçula dos Macauleis.
Ler esse livro é como deitar a cabeça no colo da vó e começar a ouvir as histórias da vida dela.


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