SARITA 18/06/2012
Longe de ser um livro de ações, mas de conflitos internos.
Janice é mãe de Margaret, 28 anos, e de Lizzie, 14 anos, e é assaltada numa manhã com a notícia de que seu marido ficou rico. Enquanto o espera e fantasia formas de comemorar, Janice descobre que ele quer se separar para ficar com a melhor amiga dela. Tudo poderia ser até um grande clichê, não menos desastroso, se Janice não recorresse as drogas para enfrentar a situação de uma maneira tão sorrateira. Considerando o fato da sua postura sempre tão reta e preocupada com o que os outros vão pensar, a matriarca viverá todos os viéses de um drogado comum. Mas esta história não é somente de Janice, é também de suas filhas: Margaret e Lizzie.
Lizzie em busca de amor acaba oferecendo sexo a toda da escola, o que ela não sabe é que sua postura acabará por afastar ainda mais o respeito e o amor dos garotos. Do outro lado, há Margaret, que fugindo dos credores de cartão de crédito, de um amor e de um projeto desfeitos, retorna à casa da sua família para dar uma "mãozinha" à sua mãe com o divórcio - O que, digamos, é bem oportuno.
Enfim, a família Miller está em apuros. Cada um vivendo sua ruína interior da forma que consegue. O desfecho do livro é por acaso, mas acabei por "perdoar" a autora, pois no final o que importava mesmo é que elas, as três mulheres da história, saíssem de seus casulos e pudessem ser honestas com elas mesmas e com os outros, sem se preocuparem com que outros iriam pensar. Gostei muito e recomendo. Dou nota 4 porque não chega a ser um livro fantástico e não há o humor que a sinopse acusa.