Manual de Aproveitamento Integral dos Produtos das Abelhas Nativas Sem Ferrão

Manual de Aproveitamento Integral dos Produtos das Abelhas Nativas Sem Ferrão Jerônimo Villas-Bôas




Resenhas - Manual de Aproveitamento Integral dos Produtos das Abelhas Nativas Sem Ferrão


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Traudy 31/12/2020

Crie Você Mesmo Suas Abelhas
A meliponicultura (ou criação de abelhas nativas sem ferrão) é uma iniciativa fascinante, sinônimo de sustentabilidade e desenvolvimento de pequenas comunidades. Conhecer a tradição herdada dos povos indígenas aliada aos novos métodos de manejo instiga a apoiar essa atividade (re)nascente e mesmo praticá-la – o que nos coloca tanto em contato com produtos de alto valor curativo e nutritivo como estimula a proteção das centenas de espécies nativas do Brasil; isto, por sua vez, resulta no fortalecimento de florestas e cultivos via polinização.


Este manual ensina as práticas tradicionais – independentes de energia elétrica e de baixo custo – e também técnicas modernas aliadas a ferramentas sofisticadas. É interessante observar como ambas as instâncias coexistem, e o melhor método é aquele que se adequa ao contexto do meliponicultor(a).


Assim, o material aborda os principais temas relacionados ao manejo de abelhas nativas, tais como estrutura dos ninhos, métodos e locais de colheita e beneficiamento, monitoramento e manutenção de caixas, cuidado e eliminação de pragas, entre outros. Merecem destaque as informações detalhadas da multiplicação induzida de impacto mínimo e o modelo de caixa racional desenvolvido pelo INPA que a possibilita. Um anexo com a Resolução do CONAMA sobre a utilização de abelhas silvestres de 2004 faz a devida complementação aos interessados. (Vale a pena mencionar que de acordo com esta lei o corte legalizado em florestas é instado a preservar eventuais colônias de abelhas nativas encontradas e encaminhá-las ao meliponário registrado mais próximo.)


O manual é simples e de fácil entendimento na íntegra. Termos técnicos sempre são explicados e ainda há um glossário nas páginas finais. Há muitas imagens e diagramas que auxiliam na compreensão e memorização das instruções, incluindo fotos in loco. Visto se tratar de uma introdução, as diretrizes tendem a ser genéricas, tratando dos pontos em comum, mas não especificando as variações exigidas por cada espécie de abelha ou clima das diversas regiões e ecossistemas presentes no Brasil – isto precisa ser conferido à parte.


Embora haja breves exemplos para a maioria das menções, senti falta da descrição das características legais que constituem o mel orgânico, uma possibilidade de produção com mais valor agregado que é citada no texto sem nenhuma outra explicação. A despeito disso, trata-se de uma leitura altamente recomendada e excelente.
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