O Falecido Mattia Pascal

O Falecido Mattia Pascal Luigi Pirandello




Resenhas - O Falecido Mattia Pascal


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Gabriel Oliveira 08/01/2022

O mundo é um moinho: e talvez um dia te achem morto nele.
O drama de Mattia Pascal é um pouco o drama de cada um de nós. Quem nunca, sentindo-se miserável em meio a tantos problemas, imaginou que seria melhor abandonar tudo e todos para fugir sem rumo para recomeçar a vida? Pois bem, foi isso mesmo que aconteceu quando confundiram o protagonista da história com um cadáver de um infeliz afogado num moinho na região da Stía, comuna da Itália. Ele aproveitou essa coincidência e fugiu, com intenção de recomeçar sua vida.

Mas não demora para Mattia perceber que a sedutora possibilidade de viver uma vida inventada é, no fundo, apenas uma ilusão para preencher, em vão, as próprias frustrações. Envove-se com outras pessoas lançando mão de mentiras e meias-verdades. Torna-se, assim, prisioneiro de si próprio: personagem-marionete de si mesmo. Acaba caindo numa situação tão miserável quanto a anterior, apenas com a diferença de que as pessoas são outras, assim como o lugar.

O ponto forte do romance é o diálogo nos trechos mais intensos; não é raro cairmos numa atmosfera de comédia pastelão, com trechos claramente feitos para arrancar gargalhadas ao ser encenados (a veia do Pirandello dramaturgo é nítida aqui). Mas isso não ofusca a premissa mais profunda do romance; é uma obra que passeia tranquilamente entre a diversão e a seriedade.

No fim, acaba sendo uma muito mais madura do que parece. Trata-se de um livro que retoma temas e recursos do último realismo do século XIX; consigo traçar paralelos com Madame Bovary, que tenta fugir da monotonia cotidiana com seus romances. Mas aqui a pretensão é menor, e por vezes o clima é de irreverência: o autor critica abertamente, no começo do livro, os romances excessivamente minuciosos. Uma grande obra. Recomendo demais.
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Rosa Santana 08/01/2022

O que somos fora da chancela do Estado?
Morrer significa se enterrar e, junto ao corpo sepulto, deixar também os documentos como RG, CPF e afins!
Deixar para traz e, para sempre, amigos, familiares, cônjuges! Então tá! E aí? Como se passar por morto sem alugar um lugar para morar? Como adoecer e precisar ir se tratar, se internar, fazer alguma cirurgia? Ter filhos e colocá-los na escola e etc e etc e etc??
Nosso sistema atual não nos permite morrer sem, de fato, morrer!
É o que nos mostra Mattia Pascoal, contando sua própria história de morto vivo (ou vivo morto!). Por mais insidiosas que sejam as relações humanas, por mais ?despersonalizados? que sejamos, não dá para nos fazer de mortos!
Ainda que vivamos de máscaras e que compartilhemos com os outros as nossas e as deles, temos que estar vivos enquanto, de fato, não morrermos... E bem vivos!

Lembrei-me do trecho da música de Belchior:
?O ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!?

Um bom livro, bem ao estilo Pirandello.
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Áquila 30/08/2021

Busca de uma certa vida?
Pirandello adora essa busca por identidade, por escolher quem somos e seremos. E nesse texto mostra como o mundo em que vivemos define muito de quem somos e podemos ser, mesmo quando escolhemos ser outros.
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Paulo1584 22/08/2021

Muitas vidas de um falecido
É impossível não se questionar como foi possível que um sujeito como Pirandello tenha se envolvido com o fascismo...

Feito essa ressalva, um detalhe político importante, pois mesmo depois disso ele foi laureado com o prêmio Nobel (1934), posso falar especificamente desta obra-prima que é "O falecido Mattia Pascal".

Um defunto-autor, como o querido Brás Cubas? É o que nos perguntamos quando juntamos o título com a narrativa em primeira pessoa. No entanto, a personagem narradora do romance de Pirandello não morreu de fato.

No que poderíamos chamar de uma primeira parte, acompanhamos o cotidiano desse sujeito chamado Mattia Pascal e que não dá muito certo em muitos sentidos. A relação com a família, com o trabalho, com as pessoas em geral. Obra do acaso, ele é dado como morto e resolve aproveitar a situação para se tornar outra pessoa, o Adriano Meis... Numa "terceira parte" vemos o desfecho do que esse fingimento gerou em Mattia.

É uma obra sobre identidade. Permite pensarmos os limites do eu, ou dos eu's, num sentido muito específico: somos múltiplos, pois estamos sempre em mudança, mas podemos viver como alguém que não somos. A liberdade extrema que se apresenta diante do nosso protagonista acaba se tornando um fardo.

Pirandello explora muitas faces da humanidade, essa coisa que não é muito verossimilhante mesmo.

Foi uma leitura vagarosa e muito marcante para mim!
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Renato 20/07/2021

O des-falecido Mattia Pascal
O livro conta a história de Mattia Pascal, um jovem que, após diversas frustrações em sua vida, decide abandonar a sua família e sua pequena cidade natal para ter uma vida nova. Ao retornar, se depara com um fato inesperado: descobre que não existe mais para aqueles com quem vivera e se depara com a chance de começar uma vida nova.

Em O falecido Mattia Pascal, Luigi Pirandello escreve uma narrativa leve e divertida, com personagens risíveis, com características e personalidades depreciativas que ilustram nada mais do que a hipocrisia de uma sociedade.
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Codinome 04/07/2021

Um pouco sobre "O falecido Mattia Pascal"
Romance do início do século XX (1904), escrito pelo autor italiano Luigi Pirandello e minha primeira experiência com esse escritor. Um livro com uma atmosfera parecida com a de “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881), de Machado de Assis, tanto pela ironia característica do autor italiano quanto pela própria estrutura da história: narração em primeira pessoa por um sujeito distanciado da vida que viveu.

Brás Cubas já está morto, Mattia “morreu” e ressuscitou.

A história de Mattia Pascal é basicamente o seguinte: confundem ele com um outro homem que se suicidou, Mattia fica sabendo desse engano e se vê livre a viver da maneira como lhe bem agrada, já que sua antiga vida estava bem indesejável. Ele, então, muda de nome para Adriano Meis e começa a viver como viajante em uma liberdade, aparentemente, ilimitada. E é nesse ponto que está a grande problemática do livro.

Pirandello teve formação filosófica e devemos sempre ler com atenção esses escritores que fizeram ficção e com bagagem em filosofia (apesar de eu não saber se ele se formou antes ou depois da publicação do livro, de qualquer maneira, ou a semente ou fruto já existiam na vida do escritor). Isso torna a obra muito boa quando visualizamos esse paradoxo da liberdade (um problema filosófico) para com o protagonista.

Mattia, por mais que esteja em uma nova vida, possui a mesma consciência das lembranças e não uma tábua rasa ou um papel em branco em que tudo possa ser escrito do zero. Sendo um profundo peso o fato de mentir aos outros sobre isso e, pior ainda, mentir para si mesmo. Como o próprio personagem diz em determinada altura do livro: ele não é um devasso, um cafajeste ou um canalha (ele não usa nenhum desses nomes, mas é nessa linha de pensamento), o que facilitaria para colocar suas mentiras em prática (tal como um outro personagem que ele encontra na história e Mattia percebe como o sujeito mente descaradamente).

Além disso, também existe a dificuldade formal e jurídica de conseguir fazer coisas simples com essa nova identidade, como por exemplo denunciar para a polícia um furto de dinheiro ou marcar um duelo com outra pessoa (essa segunda atitude já não é, infelizmente, mais simples nos dias de hoje).

O romance pareceu-me, em certos capítulos, meio gordo. Ou seja, alguns capítulos aparentemente desnecessários (por exemplo: “A lanterninha”), a leitura às vezes ficava meio difícil de fluir nessa nova vida de Adriano Meis e nas histórias de infância/juventude/maturidade de Mattia. No entanto, vale a pena o leitor continuar e ser recompensado com uma escrita que revela maturidade e com o pensamento de Pirandello: “o paradoxo entre a essência e a aparência, entre o que é o homem e o modo como a sociedade o vê” (não sei de quem é essa frase, mas define muito bem).

Uma conclusão que podemos chegar é do quão difícil é ser plenamente livre e, nos perguntando, o que de fato é ser livre. Parece-me, após essa leitura, que é sermos plenos de nossa identidade, sem a necessidade de ficarmos mentindo sobre nossos valores e opiniões. Essa é uma possível resposta que Pirandello nos dá sobre o que é liberdade.
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ElisaCazorla 13/06/2021

Não se pode fugir de si mesmo? Ou pode?
Pirandello é magistral! Escrito impecavelmente, este livro te carrega numa narrativa deliciosa e numa trama muito interessante.
Quando Mattia Pascal tem a chance de deixar para trás sua vida enfadonha e endividada, cercado de pessoas que o desprezam e que ele também desdenha, não pensa duas vezes e aceita os documentos de falecido Mattia Pascal para construir uma nova identidade e viver uma nova vida.
Mas, será que existe Eu além dos documentos burocráticos? Existe Eu longe das pessoas que conhecem nossa história e o nome que foi nos dado ao nascer?
Mattia Pascal se vê diante de uma das maiores, senão a maior, questão filosófica de todas: quem sou eu? Eu!
Eu decido ser quem eu sou ou não?
A história decide quem eu sou?
Meus documentos é que dizem quem eu sou?
E eu? Quem eu decido que sou?
Não consigo falar mais sobre essa obra sem dar qualquer spoiler mas o final é revelador tanto para o narrador quanto para nós, leitores.
Será que somos construídos ou construímos nossa persona?
Viver em uma sociedade tão burocrática nos deixa dependentes de documentos que comprovem nossa existência mas, e se pudéssemos renascer, reinventar, recriar uma nova persona em um lugar totalmente novo, será que seríamos capazes de ser outra pessoa?
Afinal, quem somos?
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Val Alves 29/03/2021

No meio da busca por sua identidade vc pode se perder
E se você tivesse a oportunidade de viver uma nova vida, com uma nova identidade, o que você faria?

Sou fascinada com a habilidade de Pirandello em criar narrativas interessantes e provocantes, que já chamam a atenção pelo título. Em muitos aspectos a leitura fez lembrar Machado de Assis e seus personagens incríveis,  de personalidade única e também na habilidade em criar um texto elegante, envolvente e com fina ironia.

Inspirado em uma notícia que lera num jornal sobre um triângulo amoroso que deveria acabar em suicídio coletivo por uma decisão unânime dos envolvidos, mas que termina com o suicídio apenas da inocente esposa e que acaba por deixar o campo livre para o marido e a amante, Pirandello cria essa obra genial em que o pobre Mattia, por ironia do destino, é confundido com um homem encontrado morto perto de sua residência bem no instante em que ele estava retornando de uma fuga temporária em outra cidade. O que no início era uma tentativa de ganhar novos ares e uma saída para se livrar de um ambiente doméstico enclausurante, num segundo momento se transformou numa outra tragédia que parece nos dizer que, para alguns seres humanos como Mattia, a paz não existe e, se tentar fugir de seus problemas, outros aparecerão.

No final do livro há informações extras bem interessantes, e fiquei bastante surpresa em descobrir que o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1943 sofreu com a crítica que implicava com seus textos dizendo que eram absurdos e sem verossimilhança. Fiquei me perguntando em que mundo essas pessoas viviam pra fazer uma crítica tão besta, pois basta olhar um pouquinho para o mundo através de nossas janelas para presenciar o absurdo que se impõe sobre nós todos os dias.
Não é o primeiro nem será meu último Pirandello lido.
Reticente da Silva 29/03/2021minha estante
Estou lendo Cadernos de Serafino Gubbio e é impressionante a leitura de Pirandelo sobre a Modernidade que começava a caminhar. Depois desse texto ele pula para o teatro para tentar ampliar a sua obra.

Ele é incrível


Val Alves 29/03/2021minha estante
Esse livro que vc citou ainda não tinha ouvido falar.


Val Alves 29/03/2021minha estante
Já até coloquei na minha lista rs. Obrigada!


Reticente da Silva 30/03/2021minha estante
Ah que legal... depois me diz o que achou :)


Val Alves 30/03/2021minha estante
Com certeza! ;)




Heidi Gisele Borges 19/03/2021

becodonunca.com.br
Em 28 de junho de 1867, em Agrigento/Girgenti, na Sicília, nascia Luigi Pirandello, autor de O Falecido Mattia Pascal (1904), Um, Nenhum e Cem Mil (1926), entre outros romances e peças. Ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1934. Faleceu em 10 de Dezembro de 1936.

Sobre O Falecido Mattia Pascal (Abril Coleções, 314 páginas), não sei o motivo, mas esse livro me chamou.

Queria colo. Aceitei levá-lo comigo.

No começo a leitura é um pouco arrastada. Mattia Pascal narra sobre sua infância, em que passa muitas adversidades, e dá vontade de abandoná-lo, contudo, por algum motivo desconhecido - já que não tenho nenhum problema em abandonar livros que não estão me cativando, seja para sempre ou para voltar em algum momento - continuei a leitura.

Mattia se casou e sua mulher deu à luz gêmeas, uma morreu em pouco tempo, a outra faleceu alguns anos depois, no mesmo dia em que sua avó materna também se foi. A vida desse homem não era fácil. A mulher não se cuidava mais, a sogra implicava com ele.

Pois um dia Mattia se revolta com essa vida. Ele, um bibliotecário em uma cidade que não lê, resolve sair de casa. Confesso que depois dessa parte comecei a gostar de passear pelas desventuras desse homem que se descobre, ao ler um jornal, morto.

Acontece que ele abandona a casa em que mora e vai para outra cidade onde acaba descobrindo o jogo de roleta e numa sorte de principiante, acaba ganhando muito dinheiro. Quando está em um trem a caminho de casa, fazendo cálculos de quanto e para quem deve, percebe que ficará sem nenhum tostão. Compra um jornal e lê a fatídica notícia de que seu corpo havia sido encontrado, Mattia Pascal tinha se matado!

Mas como não é um romance fantástico, e esse que nos acompanha não é um fantasma, o homem culpa a sogra de querer se livrar do peso e reconhecer Mattia em qualquer cadáver.

Pirandello se filiou ao partido fascista em busca de apoio para a sua companhia de teatro. "Ele assumiu - com a ajuda de Mussolini, antes de se tornar antifascista - a direção do Teatro d'Arte di Roma, em 1925, até sua morte" (...) "Ele chegou a doar sua medalha do Nobel ao governo fascista após a Itália declarar guerra à Etiópia, em 1935". Fiquei sabendo desse "detalhe" depois de terminar a história, quando li sobre vida do autor no especial que contém no final da obra. Essa medalha, esse pequeno objeto, pode ter causado muita dor, pode ter sido transformado em uma arma, em balas. Um momento muito triste da História em que infelizmente alguns precisavam de apoio, mesmo que do lado errado, alguns, por medo, eram obrigados a isso... Enfim, não vou me aprofundar, pois não li nada mais sobre o assunto na vida do autor.

Mas essa edição da Abril Coleções, além de ser visualmente muito bonita, com capa dura e tecido, contém notas de rodapé que deixam o romance ainda mais rico. A história vale a pena ser lida.

Beco do Nunca
becodonunca.com.br

site: http://www.becodonunca.com.br/
Val Alves 29/03/2021minha estante
Não sabia dessa ligação dele com o fascismo. Que triste. :/


Codinome 06/07/2021minha estante
Boa resenha! Só achei meio infantil o ato de abandonar livros que não te cativam no início: é algo que pode acontecer sim. No entanto, só pegando várias porcarias para ler que não é um problema isso como hábito.




Beatriz Rosa 31/10/2020

Liberdade! Liberdade?
Um livro que comprei por intuição, sem nunca ter ouvido falar dele e com uma rápida lida na sinopse. E como fico feliz por tê-lo tirado daquela estante no sebo!

Trata-se de um homem que conta sua história de vida e, ao mesmo tempo, faz reflexões acerca da pequenez dos indivíduos perante a imensidão do universo.

Com base nisso esperava uma leitura triste e arrastada, no entanto, Mattia Pascal se mostrou um personagem muito divertido e carismático, nos presenteando com uma narrativa leve, mesmo quando questionou a importância dos indivíduos e suas vidas isoladas diante da história do mundo.

Uma outra questão muito presente na história é a da liberdade, seria possível sermos livres? Mesmo após nossa morte seríamos livres? O que nos aprisiona realmente é a raiz das nossas aflições? Ou seria a liberdade que nos afligiria? Uma narrativa que com certeza vale a pena ser lida.
Val Alves 29/03/2021minha estante
Também fiquei pensando na questão da liberdade pois, mesmo acreditando tê-la, percebe-se logo que já muitos obstáculos para Mattia de fato ser um homem livre.




Vitor 29/06/2020

"Uma das poucas coisas e, talvez mesmo, a única que eu sabia ao certo era esta: que me chamava Mattia Pascal."
Luigi Pirandello (1867-1936), escritor italiano vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1934, foi um dos grandes renovadores do teatro e um dos maiores dramaturgos modernos. Suas obras no geral tratam da questão da identidade, como na clássica peça "Seis personagens à procura de um autor" (1921).

No romance "O Falecido Mattia Pascal" (1904) não é diferente: o protagonista é um homem medíocre, sem grandes ambições, metido num casamento fracassado e sem grandes posses; enfim: absolutamente infeliz. Quando tem a chance de ser dado como morto, aproveita e começa a viver uma segunda vida, após sua pretensa morte. A partir daí, acompanharemos as desventuras de Mattia Pascal em busca de quem ele é, do que o fará feliz, enquanto morto caminhando em vida.

A escrita de Pirandello é segura, elegante, por vezes intrusiva (lembrando Memórias Póstumas de Brás Cubas, ainda que menos experimental), com muitos tons de humor e ironia (sim, lembra muito o nosso Machado); a narrativa é feita pelo próprio Mattia, que conta e debocha de sua própria história, narrando do além-túmulo sua malfadada e tragicômica jornada.

Tratando com desenvoltura e técnica irretocáveis os temas da identidade (se pudéssemos recomeçar nossa vida do zero, o faríamos?), da liberdade humana (até onde somos realmente livres em sociedade?) e da hipocrisia social (se morrêssemos, quem de fato se importaria com nossa morte?), o livro de Pirandello é um clássico incontornável da literatura do século XX, e deve ser lido por todas e todos: leitura fundamental.


Marcus Klinger 22/10/2020minha estante
Acabei agora esse clássico, perfeito!!


Val Alves 29/03/2021minha estante
Também me fez lembrar do Machado.




Mario Miranda 20/02/2020

Luigi Pirandello foi o 3º Italiano a ser laureado com o Prêmio Nobel da Literatura (1934). De sua vasta obra, O Falecido Mattia Pascal foi das que mais contribuiu para a popularização do autor, tanto dentro da Itália quanto internacionalmente.

A obra narra a história do personagem homônimo que, após sucessivos dissabores na vida, culminando em um matrimônio indesejado, tem a possibilidade de recomeçar a sua vida após ganhar uma quantia considerável de dinheiro na França e, paralelamente, é dado como falecido em sua cidade natal. Retornando a Itália, decide morar em Roma, onde reinicia uma nova vida, com uma nova identidade. Decepcionado com sua existência, sendo desafiado para um duelo, simula uma segunda morte, decidindo, por fim, retomar a sua existência pretérita: uma existência que não possui mais.

Mattia é o indivíduo contra si próprio, um indivíduo em constante insatisfação, alguém em busca do seu real ser. E em sua permanente insatisfação, resolve, inclusive, retornar a ser aquilo que inicialmente ele se recusou.

Pascal, apesar de não ser um morto propriamente dito, assim o é para a sociedade. É um Brás Cubas narrando a sua – ou melhor: as suas – história.


site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
Val Alves 29/03/2021minha estante
Gostei da sua definição de que ele é um indivíduo "contas si próprio ".


Mario Miranda 06/04/2021minha estante
=)




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Val Alves 29/03/2021minha estante
Você deve gostar também de Seis personagens à procura de um autor, também do Pirandello.




Sanoli 21/03/2018

http://surteipostei.blogspot.com.br/2018/03/o-falecido-mattia-pascal.html
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