O Guerreiro Solitário

O Guerreiro Solitário Henning Mankell




Resenhas - O Guerreiro Solitário


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Isabel 07/08/2010

Excelente

“O golpe fora perfeito. Dilacerar a espinha do primeiro monstro havia sido como botar uma árvore abaixo. Ele escutara o júbilo do mundo dos espíritos vindo de dentro de si. Derrubar o monstro sobre suas costas e o escalpelara sem hesitação. Agora ele jazia onde era seu lugar, enterrado na terra, com um tufo de cabelo saindo do chão.”

O inferno na vida do inspetor Kurt Wallander, da Polícia de Ystad (província de Skåne, Suécia), começa quando ele presencia uma bela moça atear fogo em si mesma, ardendo até a morte. A cena o perturba profundamente, nunca deixando seus pensamentos e nem seus sonhos. Como se trata de um suicídio, a única coisa que Wallander deseja é descobrir a identidade da moça e, caso tenha sorte, os motivos que a levaram a si matar de forma tão dolorosa.

No dia seguinte, ao estar quase saindo da garagem do prédio da polícia, seu colega Martinson corre ao seu encontro dizendo que alguém tinha telefonado informando que havia encontrado um corpo na praia. O homem que tinha ligado sabia quem era a vítima: Gustaf Wetterstedt, ex-ministro da Justiça. Ele tinha sido escalpelado.

O caos é inevitável quando outras vítimas começam a ser encontradas. Todas escalpeladas.

Somente o inspetor Wallander, com toda sua habilidade, poderia enxergar a lógica existente entre vítimas tão diferentes quanto um ladrão, um negociante de artes e um político aposentado. Tudo isto sem se esquecer da moça suicida.

O Guerreiro Solitário, de Henning Mankell, é o mais recente livro publicado no Brasil da série do inspetor Kurt Wallander, considerado por muitas publicações americanas e européias, o melhor personagem da literatura policial recente. Realmente o personagem é excelente: inteligente, astuto, simples e emotivo. Kurt Wallander não é um personagem cheio de glamour, ao contrário, é um homem comum, que sofre com seus erros durante a investigação e com a dificuldade que enfrenta para descobrir a identidade do assassino.

A história é totalmente envolvente e muito bem escrita. Não conseguia parar de ler. É um policial clássico, com muita investigação, lógica e sem pontas soltas. Gostei muito da forma como o autor não faz do investigador Wallander um super-herói que consegue desvendar todos os mistérios e que faz adivinhações. Os fatos que Wallander descobre durante toda a história são através de investigação, lógica, testemunhas e interrogatórios. O que não é descoberto é o que dependia de revelação pelo assassino.

Sobre o autor: Henning Mankell “nasceu na Suécia em 1948, Chamado de ‘Rei do Crime’ pela The Economist, ganhou projeção internacional pelas histórias protagonizadas pelo Inspetor Kurt Wallander. Diretor de teatro e dramaturgo, há mais de quinze anos divide-se entre Estocolmo e Maputo, em Moçambique. De sua autoria, a Companhia das Letras publicou Assassinos sem rosto (2001), O cães de Riga (2003) e O homem que sorria (2006).”

Enfim, adorei o livro. Não deixem de ler. Recomendo.
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