Carla.Parreira 17/10/2023
Entre a razão e o coração
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Primeiramente tenho a dizer que me sinto um pouco como a personagem Isis no inicio de sua historia do livro: muitas vezes me recuso a crer na veracidade de meus sentimentos e tento me convencer de que crio uma personagem fictícia, alguém para sonhar. Gostei da parte que fala da lei da atração explicando que ninguém se livra dela, pois é uma lei que desafia a razão e rege o destino dos seres.
Diz o livro que nenhuma criatura, por mais simples que seja, consegue deixar de sonhar com a ventura de amar e ser correspondido. Nem tão pouco consegue deixar a esperança de um dia encontrar este alguém. É essa esperança que faz os seres humanos vencer a solidão e ter forças para viver.
O amor faz desafiar os preconceitos sociais e morais, quebra os grilhões e tudo faz para que as criaturas se unam nem que seja apenas por um momento fugidio. Daí a importância de saber distinguir a atração física magnética (grosseira e passageira) da atração fluídica espiritual (etérea e permanente). A historia narrada demonstra que existem situações na vida que são verdadeiras penitencias em forma de martírios chamados de expiações.
O livro tipifica os casamentos em acidentais, provacionais, expiatórios, sacrificiais e os transcedentais das almas gêmeas (raridade absoluta no plano terrestre). Realmente concordo que a verdadeira família compõe-se dos espíritos que subiram juntos as ásperas sendas do destino e que estas são feitas para se compreenderem e amarem. Outro enfoque válido é a diferença de obediência (consentimento da razão) e resignação (consentimento do coração). De uma maneira geral o livro demonstra que é nos momentos mais difíceis que a providencia divina se faz presente. É uma bela historia de sacrifício contido por trás de um amor do passado que com o tempo se liberta ocasionando um final feliz igual aos contos de fadas. Para mim, o melhor identificado através da leitura não é agir com a razão e nem mesmo com o coração, mas sim em equilíbrio de ambos, apoiando os sentimentos sob o crivo do bom discernimento mental. Tarefa difícil, mas possível com o auxilio dos benfeitores queridos. Espero estar vivendo nos liames desse equilíbrio.