Mari Moscou 21/12/2011
A classe operária não é assexuada!
A historiadora Michelle Perrot aponta brevemente em seu livro Minha História das Mulheres (Ed. Perseu Abramo, 2011, R$35,90 na Livraria Cultura) a necessidade de se tratar os sujeitos da história como sujeitos sexuados. Como cheguei a escrever aqui no blog em certa ocasião (leia o post Como esconder as mulheres), o tratamento aparentemente “igualitário” dado ao se designar o plural masculino sem especificar grupos mistos é na verdade significativamente discriminatório. Falar em “classe operária” como se as experiências de ser homem operário, mulher operária, transexual oprário/a, entre outros, fosse a mesma, é uma falácia.
Nos anos 70, a pesquisadora Elizabeth Souza-Lobo dedicou-se com afinco a produzir conhecimento sobre as condições que as mulheres operárias enfrentavam em seus cotidianos aqui no Brasil. Neste processo produziu o livro “A Classe Operária Tem Dois Sexos – Trabalho, dominação e resistência”, lançado primeiramente em 1991 e que acaba de ser relançado pela Editora Fundação Perseu Abramo (2011, por R$45 na Livraria Cultura) em comemoração aos 20 anos da obra.
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