leti 04/01/2024
Esta foi minha segunda leitura, e percebo que desta vez consegui me conectar mais com a profundidade emocional do livro do que na primeira vez. Na ocasião anterior, estava mais encantada com a construção do mundo - os nomos, feitiços e os diversos deuses egípcios - do que realmente com os laços entre os irmãos. Sendo filha única, não posso afirmar com total certeza, mas acredito que o livro oferece uma representação autêntica dos vínculos fraternos, que misturam amor incondicional com momentos de constrangimento mútuo, especialmente diante da pessoa por quem um deles nutre interesse. Os personagens secundários são incrivelmente cativantes, com destaque especial para Bastet, que me encantou demais.
Aqueles que tem medo que este livro seja apenas uma versão 2.0 de Percy Jackson, com filhos de deuses indo para um acampamento e embarcando em uma jornada épica ou seguindo uma profecia, podem ficar tranquilos. Embora as vibes sejam semelhantes, com muito humor e até mesmo quebras da quarta parede, como apreciamos em PJO, em CDK, ainda assim, seguindo essa "fórmula", é uma obra completamente única e autônoma, com seu próprio charme.
Para mim, há um único ponto negativo: Sadie. Não a personagem em si, pois amei sua personalidade, mas sim sua idade. No geral, ela não age como uma garota de 12 anos, e na minha mente, eu a via com pelo menos 15. Parece que Rick escreveu uma adolescente e depois lembrou que o livro era para o público infantojuvenil e, simplesmente, reduziu a idade dela, sem ajustar sua personalidade. Isso se torna um pouco mais problemático quando um romance é introduzido, apresentando uma desculpa esfarrapada para sua "justificativa".
No geral, "A Pirâmide Vermelha" é uma ótima introdução a jornada dos irmãos Kane, com uma linguagem rápida e fluída, muita aventura e humor, e um grande potencial para os dois livros seguintes.