Política

Política Aristóteles




Resenhas - A Política


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Mari 28/03/2013

Atual, não atualíssimo. O livro apresenta algumas ideias muito boas sobre o convívio em sociedade, mas estas ideias foram para a sociedade de dois milênios atrás, Aristóteles até diz que uma cidade raramente é bem governada quando populosa demais, coisa que é difícil de evitar hoje em dia. Alguns pontos continuam sendo aplicáveis, outros, se adaptados, mas nem tudo seria possível na sociedade que se tem hoje.
Outro ponto do livro é a questão da superioridade do senhor e do homem, que me pareceu mais uma forma de tornar a ideia que estava construindo de sociedade favorável ao próprio Aristóteles do que uma parte realmente válida do estudo, o argumento básico para existirem senhores e escravos é a aptidão física ou mental de cada um, mas ao mesmo tempo é aceitável que os já ditos senhores tomem e escravizem à força? E quanto à superioridade do homem, simplesmente faltaram argumentos.
Mas, enfim, é um livro bom, mas tem que ser lido adaptando (ou tentando adaptar) as ideias ao que seria plausível nos dias de hoje e observando o que seria mera conveniência mesmo na época em que foi escrito.
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Gabii 10/03/2013

Um dos mais influentes livros da história, A Política é um livro de leitura um tanto lenta e difícil, a edição que eu possuo mesmo é lotada de notas – muitas vezes um pouco sem sentido – fato que faz com que se interrompa a leitura varias vezes.
O titulo com certeza atrai a atenção, e o autor também, mas é preciso avisar que essa leitura não será agradável ou mesmo interessante para todos. O volume discorre principalmente em torno de uma série de conceitos e criticas aplicadas aos tipos de governos, desde a formação da população, até o tipo de educação dada as crianças, necessária a criação de uma cidade “perfeita”. È importante fazer notar que esse texto se parece um pouco com a explicação de uma professora de História velhinha, não que isso seja um defeito, mas esse livro se parece realmente com uma aula, e também é importante frisar que apesar de vários conceitos explicitados nele que ainda são aplicáveis, existem muitas coisas que são meio “alienígenas” a nós uma vez que o mundo e a sociedade mudaram muito – logicamente.
Alias, se você for ler esse livro eu tenho uma dica: leia antes o livro “Apologia de Sócrates, O Banquete e Fedro” de Platão, eu tenho a leve impressão que isso ia deixar mais claro muitas partes.
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Aron 07/01/2015minha estante
Valeuuuu Gaby !!!!




jmrainho 01/10/2012

Lido em 4/1981

Principais trechos.

O homem fez os deuses à sua imagem; também lhes deu seus costumes.
O fim para o qual cada ser foi criado, é de cada um bastar-se a si mesmo.
O homem é naturalmente um animal político.
Alguns seres, ao nascer, se veem destinados a obedecer; outros, a mandar.
Para eles (escravos) nada é mais fácil que obedecer.
O lucro é o dinheiro do dinheiro: e esta é, de todas as aquisições, a mais contrária à natureza.

A arte do monopólio
Atribui-se a Tales de Mileto, por sua grande sabedoria, uma especulação lucrativa, que, aliás, nada tem de extraordinário. Reprovava-se a sua pobreza, dizendo-lhe que a Filosofia para nada serve. Ele havia previsto, diz-se, por seus conhecimentos astronômicos, que iria haver uma grande colheita de azeitonas. Estava-se ainda no inverno. Procurou Tales o dinheiro necessário, arrendou todas as prensas de óleo de Mileto e de Quito por um preço bem módico, pelo fato de não ter concorrentes. Quando veio a colheita, as prensas foram procuradas de repente por uma multidão de interessados. Alugou-lhas então pelo preço que quis, e, realizando assim grandes lucros, mostrou que é fácil aos filósofos enriquecer quando querem, embora não seja esse o fim dos seus estudos.

Segundo as leis da natureza, uma aliança só se forma para um socorro mútuo; é como a balança: o peso maior arrasta o menor.
Não é possível que todos exerçam a autoridade ao mesmo tempo: não a podem exercer por mais de um ano, ou conforme outro acordo qualquer ou tempo determinado. Acontece assim que todos chega ao poder.
A perpetuidade no poder é incompatível com a igualdade natural.
Há duas coisas que inspiram no homem o interesse e o amor: a propriedade e a afabilidade; ora uma e outra são incompatíveis na República de Platão.

Não saberíamos dizer que prazer existe em pensar que uma coisa nos pertence. Não é apenas uma ilusão passageira, o amor-próprio; é, ao contrário, um sentimento natural. O egoísmo, eis o que se censura com a razão; mas ele consiste em amar a si mesmo, mas em amar-se mais do que se deve. Da mesma forma se censura a avareza; no entanto, é natural em todos os homens provar esses dois sentimentos. O mais doce dos prazeres é auxiliar os amigos, os hóspedes, os companheiros, e ele não pode ser obtido a não ser por meio da posse individual.

Mas está claro que Sócrates precisa manter nos cargos sempre os mesmos magistrados. Porque Deus não verte o ouro ora nas almas de uns, ora nas almas de outros, mas sempre nas mesmas almas. No próprio instante do nascimento, se nisso acredita Sócrates, Deus mistura o ouro em certas almas, a prata em outras, o bronze e o ferro em todas aquelas que são destinadas à classe dos artesãos e dos lavradores.

Platão, no seu tratado das Leis, pensava que seria necessário conceder um certo desenvolvimento, sem permitir a nenhum cidadão possuir uma fortuna cinco vezes maior que a menor.

As revoluções nascem não só da igualdade de fortunas, como da desigualdade dos cargos. E em sentido oposto de ambas as partes. O vulgar não pode suportar a desigualdade das fortunas, e o homem superior se irrita ante a igual repartição dos cargos. “O bravo e o covarde são iguais para o mérito (Ilíada)

Quando os seus desejos vão além das suas necessidades, eles não temerão praticar violências para se curar dos males que os fazem sofrer, a fim de gozar dos prazeres sem obstáculos. Qual será o remédio para esses três males? Em primeiro lugar uma fortuna modesta e o trabalho; depois, a temperança; e aquele que só quer dever a sua felicidade a si próprio não deve procurar remédio fora da Filosofia; porque os outros prazeres só se obtém pelo auxílio dos homens. É para obter o supérfluo, e não o necessário, que se cometem os grandes crimes. Ninguém se torna tirano para se livrar do frio.

Tal é a perversidade do homem, que os seus desejos são insaciáveis. Primeiro, ele se contenta com três óbolos; uma vez estes conseguidos e transformados numa espécie de herança paterna, quer aumentos sucessivos, até que os seus desejos não conheçam mais limites. A sua cupidez é infinita. E a maioria dos homens passa a vida procurando os meios de a satisfazer. O remédio para todos esses males não é igualar as fortunas, mas fazer de modo que os homens excelentemente dotados pela natureza não queiram enriquecer, e que os maus não possam. É o que se poderá obter conservando estes numa posição inferior, sem os deixar expostos à injustiça.

Cidadão, segundo a nossa definição, é o homem investido de um certo poder.
Quando a oligarquia ou a tirania são substituídas pela democracia, negam-se a cumprir com seus compromissos, sob o pretexto de que eles foram contraídos com o tirano e não com o Estado, e recusam executar quaisquer contratos semelhantes atendendo a que certos governos só se apoiam na violência, e não no interesse geral.

Por isso dizia Jasão (Tirano de Feles, na Tessália) que “morreria de fome se cessasse de reinar” – porque ele não saberia viver como simples particular.

A única associação que forma uma cidade é a que se faz participarem as famílias e os seus descendentes da felicidade de uma vida independente, perfeitamente ao abrigo da miséria.
Em todas as artes o alvo é o bem; e o maior dos bens acha-se principalmente naquela dentre todas as ciências que é a mais elevada; ora, essa ciência é a Política, e o bem em Política é a justiça, isto é, a utilidade geral.

Por pouca virtude que se tenha, sempre se acredita tê-la bastante; mas em questão de riqueza, bens, poder, glória e todas as outras coisas deste gênero, os homens não sabem impor um limite ao seus desejos.

Convenhamos, pois, que para o homem não existe maior felicidade que a virtude e a razão, e que, ao mesmo tempo, por isso ele deve regular a sua conduta. Disso temos por fiador ao próprio Deus, cuja felicidade não depende de nenhum bem exterior, mas de si próprio, da sua essência e da sua infinita perfeição. Além disso, aí se encontra exatamente o que faz a diferença entre a felicidade e a sorte: os bens estranhos à alma são devidos a algo de fortuito e ao acaso, ao passo que um homem não se pode tornar justo e prudente só por obra do acaso.

Os bens exteriores têm seus limites, como tudo que é instrumento e meio; todas as coisas que se consideram úteis são exatamente aquelas cuja superabundância é forçosamente prejudicial, ou pelo menos inútil. Dá-se o contrário com os bens da alma; mais sejam possuídos, mas utilidade deles se tirará se, contudo, se deve contar com o útil para algo, quando se compara com a honestidade.

Convenhamos, pois, que para o homem não existe maior felicidade que a virtude e a razão, e que, ao mesmo tempo, por isso ele deve regular a sua conduta. Disso temos por fiador ao próprio Deus, cuja felicidade não depende de nenhum objeto exterior, mas de si próprio, da sua essência e da sua infinita perfeição. Além disso, aí se encontra exatamente o que faz a diferença entre a felicidade e a sorte: os bens estranhos à alma são devidos a algo de fortuito e ao acaso, ao passo que um homem não se pode tornar justo e prudente só por obra do acaso.

Que a vida do homem livre e independente de qualquer obrigação seja melhor que a do homem que exerce a autoridade de senhor, é verdade. Porque não há grande mérito em saber empregar um escravo como escravo, e o talento de ordenar o que é necessário nos detalhes da vida nada tem de difícil.

“O ódio fraternal é o mais implacável... quem ama ao excesso sabe odiar ao excesso” (Eurípedes)

Duas condições são necessárias para alcançar o bem geral: primeiramente, que haja um ideal e que o fim que se propõe seja louvável; depois, que se encontrem quais são os atos que podem conduzir a esse fim. Essas duas condições podem ou não concordar-se. Ora, o fim é excelente, mas erra-se no meio de atingi-lo. Umas vezes tem-se todas as possibilidades de alcança-lo, mas o fim proposto é mau. Outras vezes erra-se ao mesmo tempo no fim e nos meios, como acontece com a Medicina, quando julga mal do estado de saúde do corpo, e não encontra os meios de atingir o fim a que se propõe. Ora, nas artes e nas ciências, é preciso apontar magistralmente ao alvo e aos meios que a ele conduzem.

Entre todos os bons governos, tais como a oligarquia perfeita e os outros, a democracia é o pior, mas que é o melhor entre os maus.

A ambição dos ricos arruína mais Estados que a ambição dos pobres.

O princípio fundamental do governo democrático é a liberdade; a liberdade, diz-se, é o objeto de toda democracia. Ora, um dos característicos essenciais da liberdade é que os cidadãos obedeçam e mandem alternativamente;
Um outro característico é o de viver como se deseja, pois é, diz-se, o resultado da liberdade, se é verdade que a marca distintiva do escravo é não poder viver como bem lhe parece.

Os homens, em sua maioria, são mais ávidos de lucro do que de honrarias.

Os pobres, não tendo escravos, servem-se das mulheres e dos filhos como de criados.

Em nossos dias, os filhos daqueles que se põem à testa dos governos oligárquicos, vivem na dissipação, ao passo que os filhos dos p obres exercitam-se nos trabalhos e se acostumam às fadigas: disso resulta que estes são ais aptos a tentar inovações e ser bem-sucedidos.

...Muitos exemplos semelhantes na monarquia dos persas. São estes, já o dissemos, os meios que a tirania emprega para conservar a força, reprimir aqueles que tenham alguma superioridade, fazer matar os homens que possuem sentimentos generosos, não permitir refeições e comum, as associações de amigos, a instrução, enfim nada de semelhante; evitar todos esses hábitos que são propícios a gerar a confiança e a grandeza do espírito, não tolerar assembleias nem qualquer reunião que possa preencher os lazeres dos homens, e fazer tudo, ao contrário, para que os cidadãos permaneçam desconhecidos uns dos outros, porque são principalmente as relações habituais que geram a confiança recíproca.
Eis por que a tirania ama os maus, já que ama a lisonja, vício ao qual jamais se abaixa o homem que tenha um coração livre. Os homens de bem amam, ou pelo menos não adulam. Aliás os maus servem para fazer o mal: um prego empurra o outro, como diz o provérbio.

Entre inúmeras causas que podem provocar revoluções. Sócrates só enuncia uma – que os cidadãos se empobreçam pelo desregramento dos costumes e pela facilidade em receber empréstimos usurários, como se desde o princípio todos ou pelo menos a maioria fossem ricos.




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VRAF 05/12/2010

Antes de Maquiavel
Este é o verdadeiro inspirador de Maquiavel, pois trata profundamente do homem e sua natureza política, nesta obra Aristóteles ensina como viver em sociedade e o que faz do homem um cidadão, afinal de contas quem não fazia parte das assembléias não tinha poder e este era representado por meio do voto que nada mais era do que a expressão de vontade emanada do querer individual da classe dominante, obra singular que faz refletir sobre a cidade e sua constituição original, afinal de contas viver é convencer.
Letícia 21/06/2014minha estante
Também me lembrou muito Maquiavel!! A forma racional como tratou da política e formas de governo. O mais interessante é o tempo em que ele se encontra e mesmo assim chegar a tais conclusões... Aristóteles é foda!! rs




kassya 27/07/2009

Ciencia
Iniciação a ciencia. atualissimo sempre..
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