Resenhas - Um, Nenhum e Cem Mil

mah 06/02/2023

FANTÁSTICO!
o livro é simplesmente fantástico.
eu demorei um pouco mais que o normal pra ler pq tava saindo de uma ressaca...
Diferente de alguns livros que eu leio que tem essa pegada mais introspectiva, o livro tem um enredo interessante e não fica tão cansativo.
O desenvolvimento do personagem, o início da história, o PLOT do fim, simplesmente magnífico. nunca li nada parecido.
O cara simplesmente ENLOUQUECEU e tudo começou pelo nariz dele KKKKKKKKK.
O que eu mais gostei do livro é que me fez perceber que existiu alguém no mundo, há tanto tempo atrás, com uma vida tão diferente que pensou coisas que eu já pensei e sempre achei loucura minha.
Acho que todos deveriam ter a experiência de conhecer Vitangelo Moscarda.
Ah, foi meu primeiro livro de literatura italiana (pelo menos q eu saiba).

Larissa4261 06/02/2023

6° livro de 2023

Amei demais esse livro, mas não achei a leitura tão fluída. O personagem traz umas reflexões que nunca parei pra pensar e amei demais a loucura do Moscada kkkkkk
Demorei mais pra ler do que de costume pq apesar do enredo ser legal eu achava a leitura mais densa, foi mais arrastada. Enfim, tô c preguiça de resenhar kkkkk
Primeiro livro de fevereiro.
Ps: não chorei

Bunig 01/02/2023

Quem sou eu e quem é você?
A reflexão apresentada por Pirandello em Um, Nenhum e Cem Mil é muito boa. A gente é a ideia que fazemos de nós mesmos e a ideia que os outros fazem da gente. Não existe apenas um de nós. Por isso quando falam “Queria te emprestar meus olhos para você se ver como eu te vejo”, e outras expressões como essa, faz muito sentido.

Contudo, Pirandello muito preso à sua descoberta, acaba criando uma narrativa repetitiva, que entra em espirais de repetições, reforçando seu ponto de vista, mas que me fez perder o interesse e tornou a leitura cansativa para mim. Ok, cara, entendi seu ponto, continua a história aí, era tudo o que eu pensava.

A história entremeada pelo pensamento do autor é até interessante. Um sequência de ações consideradas incomuns e que levaram todos a ter uma mesma visão de Moscarda: louco. Afinal, ele conseguiu o que queria, ser um só.

CAWPILE: 4.57

wnhssk 28/01/2023

po essa menina questiona tudo né, sai fora igual um poodle
como se não bastassem as minhas próprias crises existenciais, mergulhei nas crises existenciais do moscarda

Igor Melo 19/01/2023

Qual versão de você é você?
A pessoa que você considera "você mesmo" existe apenas na sua cabeça e nem você mesmo sabe quem é.
Cada pessoa com quem você encontra, tem relacionamentos ou trava conhecimento cria uma versão de "você" na própria cabeça.
Você não é o mesmo para seus parentes, colegas ou amigos. Existem milhares de versões sua na cabeça das pessoas e nenhuma delas é a versão que foi criada pela sua própria.
"A realidade que eu tenho para vocês está na forma que vocês me dão, mas é realidade para vocês e não para mim; a realidade que vocês tem para mim está na forma que eu lhes dou, mas é realidade para mim e não para vocês; para mim mesmo não tenho outra realidade a não ser na forma que consigo me dar [...] " Pág.52

nico.angelis 17/01/2023

"Quando alguém vive, vive sem se ver. Conhecer-se é morrer. A senhora fica tanto tempo se olhando nesse espelho, em todos os espelhos, porque não vive. Não sabe, não pode ou não quer viver. Quer se conhecer em excesso? e não vive."
Um, nenhum, cem mil vai mostrar a jornada íntima do protagonista/narrador em relação a si próprio e sua imagem externa. São interessantíssimas as reflexões do Moscarda, reflexões que me relembraram questões pessoais minhas, com as quais debato em meu íntimo. Toda essa questão de como as pessoas me veem, onde cada uma delas verá algo em mim diferente de todas as outras, chegando em conclusões e interpretações próprias sobre minhas falas e atitudes. Sempre me quebrou muito, e ler um "louco" que alucinou páginas e páginas sobre isso foi um afago no meu ombro, risos (não estou sozinho nessa!).
Marquei diversas passagens da obra que com certeza voltarei no futuro para reler. Recomendo demais a leitura. Bem escrito, divertido.

caiocorrea_art 05/01/2023

Fantástico
Hoje tem um livros daqueles que é ?.
E o melhor, leitura boa, divertida e de um fera da literatura e dramaturgia.
Um, Nenhum e Cem Mil, do gigante Luigi Pirandello, é uma história que narra a saga solitária de Moscarda, ou Gengé. O herdeiro de um banco que começa a perceber ele não é, quem ele pensa que é, para os outros.
Cada um tem uma única visão sobre ele mesmo, sobre si e sobre qualquer pessoa. Ou seja, o Moscarda que ele tinha pra ele, não era a mesma pessoa que o outro tinha pra si. Deu pra entender?
A partir dessa reflexão um tanto quanto complexa, Moscarda passa grande parte do livro querendo se ver sem o filtro de ser ele próprio, para tentar entender como é ser ele, para os outro, de um olhar isento.
Com isso acontecem inúmeras reflexões, trapalhadas, discussões, confusões até que ele começa a levar isso para um nível denso, profundo. Começa a querer transformar a visão dos demais. Passa como louco, e realmente acaba ficando transtornado em seus devaneios.
Tudo isso entrelaçado por uma narrativa e escrita incríveis de Pirandello.
Recomendo demais.

Livre-se

Jose 13/11/2022

Qual rosto você acha que tem?
Você tem certeza que é a mesma pessoa para você mesmo? E para as outras pessoas?

Qual a face que você mostra para a sua família, amigos, conhecidos? E qual o ser que eles veem em você?

Você pode ser um, nenhum e cem mil.

maria 21/10/2022

lição de vida
Esse livro é um tapa na cara para todos nós.
É para quem julga e para quem tem medo de ser julgado.
Mostra o quão a busca pela perfeição é algo impossível, porque a perfeição não existe, quer dizer, a perfeição que nós idealizamos é que não existe.
Essa história é sobre se aceitar e aceitar os outros; ignorar o exterior e olhar para dentro.

Fê 10/10/2022

O livro te faz refletir
É um livro bom, em certos momentos chega a assustar com a veracidade de certas frases como ?Quando a visão dos outros não nos socorre para constituir em nós a realidade do que vemos, nossos olhos não entendem o que veem; nossa consciência se perde, porque o que acreditamos ser a nossa coisa mais íntima, a consciência. 1734 dizer os outros em nós, e não podemos nos sentir sozinhos.?

Gabi 08/09/2022

só descobri agora como faz uma resenha.
gostei muito desse livro é meu favorito eu li faz tempo mas ele continua sendo meu #queridinho, muito bom

fernandaararuna 17/08/2022

"...a minha realidade não é mais verdadeira que a sua..."
e foi quando li esse trecho pela primeira vez, que me veio uma vontade urgente de ler a obra de luigi o quanto antes possível, devido estar passando por um momento de crise que se igualava ao próprio conteúdo do livro. cada parágrafo era um soco no estômago e me fazia refletir sobre diversas visões que temos de si e dos outros, sobre os diferentes graus de personalidade do ser humano. perspectivas que eu já havia tido observado, mas nunca antes tinha conseguido descrever em palavras.

ideais, ações e até a própria estética do ser humano se faz parte da individualidade de cada um e mesmo que alguns conceitos que igualem ao do outro, cada um tem seu parâmetro de vida de acordo com a sua vivência e o seu tempo. não cabe a mim, nem a você querer modificá-lo e cronometrá-lo, até que urgente e solicitado seja.

e tudo isso foi relatado até a primeira metade do livro, após isso, tudo se tornou muito repetitivo e confuso, o que deixou a leitura cansativa e entediante, eu só queria terminar as páginas logo. porém, o livro é muito bom e super recomendável para quem gosta de analisar as singularidades do ser humano e suas questões sociais tanto para si, quanto para estudos acadêmicos.

Gabriel 17/08/2022

He just like me fr
Um, nenhum e cem mil segue a jornada do nosso protagonista que, ao receber um comentário sobre sua aparência, a qual nunca tinha percebido antes, cai em uma espiral sobre os conceitos alheios a ele no imaginário da população a sua volta.

Identifiquei-me com o personagem na questão de sempre indagar qual versão dele existe na cabeça das outras pessoas (chame de narcisismo - eu prefiro curiosidade) e a cima de tudo na constante luta de quebrar com esses ideias criados sobre ele. Esse livro foi uma leitura bem rápida e bem gostosa de se ter, tem o seu humor e tbm sua reflexão, recomendo a todos que assim como eu tem crises existenciais constantes, vamos enlouquecer juntos ?.

EduardoCDias 23/06/2022

Como os outros nos vêem
Último romance publicado por Pirandello. Moscarda, herdeiro de um banco, um dia se assusta quando sua mulher lhe diz que seu nariz é torto para a direita. Começa então a perceber a pluralidade dos indivíduos, que são diferentes para cada pessoa com quem se relacionam, levando-o à perda da sanidade com o desenvolvimento dessa teoria.

Helena Gáti 21/06/2022

Após ouvir um comentário feito por sua mulher, Moscarda começa a questionar suas percepções sobre vida, e especialmente as percepções dos outros sobre si mesmo. Entendendo que nada nunca será visto ou compreendido da mesma forma por duas ou mais pessoas, ele se encontra em uma crise de personalidade que muda totalmente a trajetória de sua vida.
A partir dessa uma observação, ele começa a propor reflexões sobre si mesmo, sobre sua vida e sua existência. Esses questionamentos são o ponto de tensão principal da obra, pois ao longo da história eles parecem consumir cada vez mais o protagonista que se aproxima cada vez mais do clímax de suas ponderações.
Narrado em primeira pessoa, em um diálogo com o leitor, a leitura é fluida e o engaja em cada desenvolvimento de Moscarda, que demonstra que somos únicos ao mesmo tempo que somos vários mas também podemos ser nenhum. Pirandello deixa uma grande obra como legado, uma que todos deveriam ter a oportunidade de ler pensar junto ao protagonista a mais íntima de suas reflexões.