Escritos sobre História

Escritos sobre História Friedrich Nietzsche




Resenhas - Escritos sobre História


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Schkoppe 28/07/2012

A história não existe
Tradicionalismo: embota os sentidos do homem, estiola a vida mesma, muito embora provê raízes ao homem e um senso de pertencimento, sacraliza o passado seja ele bom ou não, e conserva por vezes coisas ou valores que não deveriam ser conservados, pontualmente. Tem sua utilidade, porém não deve dominar a sociedade.

Monumentalismo: Alimenta grandes almas e suas visões, num período de ostracismo, desespero ou cultura artificial, porém ao inflamar o homem e suas visões contra o mundo ou época, cega-o perante as circunstâncias e os métodos de sua situação hodierna, tenta-se recriar as causas para dar azo aos mesmos efeitos de outrora, reviver esses 'efeitos' artificialmente.

História Crítica: Libera o homem do jugo do passado 'ruim', porém libera-o do 'bom' passado outrossim, ata-o a seus contemporâneos, torna-o vil e injusto com a história, julgando o passado em função do presente, julgam... como se para isso tivessem autoridade... essa suposta 'objetividade' e 'frieza' com as quais se obrigam os historiadores modernos, esses operários coletores de documentos que não entendem e não podem entender o que estudam pois não está em sua natureza entender os feitos cometidos por homens de natureza diversa e especial.

A história não existe, existe sim um caos de circunstâncias, e motivos diversos brotados nos corações dos homens, completamente obscuros, mormente aleatórios e movimentados por quaisquer circunstâncias, não nos é permitido desvendar tais motivos por documentos.

A história não existe o que existe é um encadeamento de fatos projetados na realidade por motivos diversos incognitos, esse encadeamento é engendrado na cabeça dos historiógrafos, que assim pretender dar um caráter linear e coerente a história, o 'sentido histórico'.

Não existem leis históricas, essas leis se aplicam apenas as massas e as camadas inferiores da humanidade, são leis movidas a fome e ignorância. O homem excelente escapa a essas leis.

Não existe processo universal ou qualquer sentido histórico, esses conceitos absorvidos e operantes no hegelianismo. Um homem abandonar-se ao processo histórico universal significa rejeitar sua condição mesma humana volitiva e potente, ele se reduziria a ser parte da massa, um animal domesticado, eis o porque o entendimento histórico "científico" hegeliano-marxista é promovido nas universidades do mundo pelos Estados em detrimento de outros entendimentos.

O Estado é um meio, uma ferramenta, o homem não existe em função do meio, e sim o inverso.

Deus não existe... Ou existe? Provavelmente sim, porém a volição divina reduz-se as suas leis naturais(matemática, física), um Deus que não quer muito mais que essas leis e que não opera, não merece ser posto na equação das considerações hodiernas, o trabalho dele está feito, ele não nos concerne mais... A não ser artisticamente.

A questão niilista "para quê?" revela a mentalidade servil daqueles que necessitam de um mestre, orfãos de um poder. Responde-se isso com a Vontade Suprema inata. Não há nada atrás do homem, nada a frente, o sentido de si mesmo está em sua carne, sangue, ossos, cérebro e vontade, o sentido do homem é outorgado de si a si, nada mais.

Não há causa final, se houvesse já teria sido alcançada, o que existe é o infinito, in regressus e progressus, no infinito tudo aconteceu e voltará a acontecer, eternamente.

A história não existe. A utilidade da história para a vida transmuta-se apenas pela arte, a história torna-se então um modo de afirmação da vida. O viver supra-histórico, sem a arte, a história tem muito pouco valor para o homem.

Somente porque a massa adotou uma idéia ou religião durante muito tempo isso não depõe a favor do seu criador, pelo contrário.

O super-homem já surgiu em várias partes do globo, em diversas épocas, em diversas culturas. Célere como o raio, porém o trovão das suas gestas ainda ecoa.

O super-homem é desejável.
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Bárbara 25/05/2017

II Intempestiva
Eu li apenas a segunda parte para um trabalho. Nietzsche tem um estilo de escrita marcante, que apesar de fazer a leitura fluir, é mais difícil que o necessário. Enfim, apesar de algumas concepções problemáticas, eurocentricas e elitistas, a filosofia da história de Nietzsche ainda tem considerações e críticas interessantes de se refletir sobre.
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