momi 21/01/2023
os não super heróis que lutam com ameaças imaginárias
edições lidas: #19, #20, #21, #22, #23, #24 e #25
eu cheguei aqui de paraquedas depois de ter assistido a série e meu deus, foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado.
doom patrol não é um time de super heróis. você não se sente inspirado por eles e você definitivamente NÃO quer ser como eles.
eles são um bando de esquisitões e eles definitivamente não tem super poderes. eles tem super desvantagens. eles estão em corpos, situações e condições que aprisionam eles, que os limita. e eles querem fazer de tudo pra saírem dali, pra acabar logo com tudo.
mas não conseguem, não podem. eles tem que aceitar a própria realidade feia e seguirem em frente, sempre salvando um mundo que odeia e rejeita eles.
você não quer ser como eles, mas já que você é, não custa nada embarcar em todas as bizarrices deles pra ver se é possível se esquecer das próprias bizarrices por algumas páginas.
e é exatamente como grant morrison falou no finalzinho do prefácio:
"bem, se você só consegue se identificar com um cérebro humano em um corpo de metal ou um cara enrolado em bandagens, e se você cresceu como um esquisito, bem vindo ao lar. você está entre amigos agora."
e eu me senti em casa.
até agora, nessas sete edições que eu li, a galeria de vilões e antagonistas deles é é bem divertida e surreal. eles não combatem caras maus que roubam bancos. eles lutam contra conceitos abstratos, amigos imaginários e religiões criadas por filósofos.
são vilões que só a patrulha do destino pode lutar. é uma maluquice sem fim que nem se o batman se juntasse com o coringa eles conseguiriam derrotar as ameaças imaginarias e hipotéticas que são só mais uma quarta-feira normal pra patrulha do destino.
dizem que grant morrison ressuscitou doom patrol, disso eu não posso falar tanto pq essa são as primeiras hq's da patrulha do destino que eu estou lendo, mas meu deus é realmente muito bom.
doom patrol é o super time que eu não queria, mas precisava demais na minha vida.