O bosque das ilusões perdidas

O bosque das ilusões perdidas Alain-Fournier




Resenhas - O Bosque das Ilusões perdidas


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jota 22/05/2013

Tempo perdido?
Este é um livro muito bem citado nas altas rodas literárias (detém o 50º. lugar na lista dos cem melhores romances do século XX, conforme a Folha de São Paulo em 2006) e acho que se você disser para um francês esquentado que não gostou tanto assim de O Bosque das Ilusões Perdidas pode ser que ele quebre a sua cara (brincadeira, claro).

Título brasileiro extremamente romântico para um livro que originalmente se chama, Le Grand Meaulnes (grande em altura mesmo, não exatamente por alguma característica intelectual, comportamental ou outra coisa), e que parece, de início, ser uma bela história sobre a amizade entre dois rapazes (Augustin Meaulnes e François Seurel) no final do século XIX e início do XX. Mas que é sobre muito mais do que apenas isso, logicamente.

Muitas páginas sobre o grande Meaulnes tratam de sua aventura por caminhos e lugares desconhecidos quando ele, numa noite, se perde com sua carroça e vai acabar num castelo no campo onde encontra seu grande amor, Yvonne de Galais, durante uma festa de casamento que, afinal, acaba não se realizando. Parece que tudo transcorre numa atmosfera onírica, lírica ou poética (ou tudo isso junto) e não que as coisas tivessem se passado apenas como nos são contadas pelo narrador, François, o grande amigo do grande Meaulnes.

Achei extremamente aborrecida essa parte de O Bosque..., que é certamente a que tornou esse livro bastante conhecido e admirado entre os franceses e outros leitores. Por outro lado, os capítulos do início e do final do livro (ainda que melancólico) foram os trechos que mais me agradaram (ou que menos me desagradaram; a culpa é minha e não do livro, alerto).

Adaptado para o cinema (em 2006) agradou a pouca gente. Nesta data está com média 5,6/10,0 no IMDb e 2,7/5,0 no Filmow.

Lido entre 17 e 22/05/2013.
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minhananny 07/05/2013

Provavelmente o primeiro livro "não-romântico" que li. Nada de final feliz, nada de clichês. Interessante.
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Mey 02/02/2013

História bonita, um livro triste.
Com o passar do tempo, mesmo sem querer, mudamos, transformamos nossos sonhos, amadurecemos, nos tornamos mais rígidos, nossos olhos perdem aquele olhar inocente da infância, a magia dá lugar ao ser racional.
Sinto no livro a tristeza desta perda, a inocência esvanecendo através dessas ilusões perdidas, a ilusão encontrada na magia da festa misteriosa, a magia daquele verão cheio de aventuras com a amigo novo.
“Nós lhe dissemos: Aqui está a felicidade, aqui está o que você procurou toda a sua mocidade, aqui está a moça que era seu sonho!
Como é que ele, a quem nós assim empurramos pelos ombros, não teria sido tomado de hesitação primeiro e depois de receio e terror e não teria cedido à tentação de fugir.”
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Má Contato 16/01/2013

Resenha: O Bosque das Ilusões Perdidas (www.indicacoes-livros.blogspot.com)
Vi a recomendação deste livro em um canal literário. Foi muito bem falado e, na hora, me deu um desejo de lê-lo! Emprestei-o na biblioteca e o li em dois dias (mas é curtinho, dá pra ler em um dia só). É uma história antiga e bem construída.
A linguagem é fácil e o que nos chama atenção é a mentalidade dos personagens. Boa parte da história se passa num colégio apenas para garotos, com todas as tramoias que eles inventam. A outra parte do livro é o romance. A busca pelo amor, pela alma gêmea. Os dois melhores amigos apaixonados pela mesma garota. O final do livro é emocionante. Adorei!
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Lano 12/12/2012

Um grande livro, um romance sem fim.
Até onde vai a sua amizade?
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Raquel Lima 15/11/2012

Que grande fantasia!
Mistério, fantasia , sonho ! Que bela história ! Uma grande amizade , respeito, palavra, dignidade , tudo incluído em um enredo de amor e dor. O grande Meaunes e o Seaulnes sao amigos, e desta amizade e de uma fantasiosa festa de casamento a confusão que se chama viver acontece e assim, o tempo passa, pessoas vem e vão, mas o amor e amizade a tudo sobrevive. Mais um excelente livro que faz parte da biblioteca de livros esquecidos. Gostei muito!
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ClaudiaOSimoes 24/09/2012

Melancolia
Alain Fournier não é um autor conhecido, só escreveu um romance, O Grande Meaulnes. O livro é narrado por François que conhece o seu melhor amigo Augustin Meaulnes na escola. Meaulnes desaparece por uns tempos e quando regressa diz ter ido a uma festa e conhecido a mulher da sua vida, Yvonne de Galais. Esta desaparece e ele insiste em encontrá-la.

Mais do que um livro sobre amor é uma história sobre a amizade entre estes dois rapazes. Adorei a forma como François demonstra o respeito pelo seu amigo apesar de não se sentir o mesmo por parte de Meaulnes.
É um livro fantástico. Triste e melancólico.
Ronnie K. 16/10/2012minha estante
Eis um livro que devia ser mais conhecido.




Daniel 21/09/2012

Amor e Amizade
"A amizade é muito mais trágica que o amor, porque dura mais" (Oscar Wilde)

Um livro sobre o amor, sobre a busca do amor, sobre a reconquista, sobre promessas e sonhos da juventude, e mais ainda, sobre a amizade.

Seurel, o narrador, vai contando sem pressa suas lembranças da chegada do seu melhor amigo, "o grande Meaulnes", que passa a morar na sua casa e estudar na mesma escola. Junto com essa amizade surgem vária mudanças na sua vida pacata: o impetuoso Meaulnes fará tudo o que for preciso para reencontrar o grande amor da sua vida, Yvonne de Galais, e mudará para sempre a vida de Seurel e de outras personagens.

Durante a leitura há uma constante sensação de nostalgia, de perda iminente, de que a felicidade está prestes a ser alcançada, mas que pode ser perdida por um triz. Há cenas tristíssimas, de cortar o coração, mas escritas de uma forma tão poética que a coisa fica bonita, e não deprimente.

Alguns leitores podem achar o livro chato, antiquado... Realmente, o livro foi escrito há mais de um século, num mundo completamente diferente dos dias de hoje. Foi um dos primeiros livros "adultos" que li, que me comoveu e que com certeza ajudou a despertar meu amor pela literatura.
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Ronnie K. 22/04/2009

Inesquecível e tempestuosa aventura no campo
Quem alguma vez na vida já foi tocado profundamente pela beleza do contato direto com uma vida mais natural, tranquila, campestre, com todas as suas belas manhãs, tortuosas tempestades; quem já sentiu na pele a impetuosidade dos leves e pesados ventos, já caminhou por vastos campos e estradas de terra batida, já pentrou o silêncio de povoados desolados e tristes (mas de misteriosa beleza e atração), certamente vai se DELEITAR com a leitura de "O bosque das ilusões perdidas". No entanto, mesmo quem nunca viveu isso pessoalmente, mas já imaginou ou sonhou viver, irá encontrar aqui a evocação perfeita desse mundo perdido e irá se deleitar do mesmo modo. Tão precisas e poéticas são as descrições...

Contudo, que fique bem claro. Não se trata de uma exaltação a certo modo de vida romântico, natural. Não se trata de maneira nehuma de uma ode à vida campestre. Senão o livro seria uma Bomba! O sentimento nasce do leitor, não é uma imposição da escrita ou das idéias do narrador. Esse é o grande mérito do livro. E, como devem ser as grandes narrativas (e sendo essa uma delas), aqui nem tudo são flores e belas manhãs de sol aguçando o verde viçoso dos gramados orvalhados! A tristeza, o desepero e a desilusão são tocantes.

O que temos aqui? A história de dois jovens do povoado e a sua busca pela mulher amada que, devido a certas circunstâncias, tendo-as à mão por determinado período, deixaram escapar, talvez de forma irremediável. Passam grande parte de suas vidas nessa procura, nessa grande aflição. Loucos, obsessivos, apaixonados, românticos. Destemidos, serão capazes de tudo para atingir seu objetivo. Ou de enlouquecer, tornar-se bárbaro, livre de todas as convenções, com a revolta por não ter conseguido. Há uma volúpia e uma intensidade memoráveis nos curtos capítulos que descrevem essa epopéia. Estilo moderno, límpido, sem deixar de ser denso e minucioso. Certos acontecimentos haverão de grudar na nossa memória.

Talvez o único senão fique por conta da "quebra" da intensidade e da mudança de tom, pelas páginas finais. Porém esse esfriamento coincide com o amadurecimento dos personagens e nisso pode residir a justificativa. Não são mais as impetuosas e romanescas figuras do princípio. Já forma abatidas pela dureza da realidade. Nada será como antes. Outros rumos precisam ser tomados na vida. Ainda que levem eternamente consigo o doce sabor daquilo que poderia ter sido, daquilo que por um bom momento de suas vidas as moveram e alimentaram. Fizeram-nas fortes e brilhantes. Talvez a mudança de tom nas páginas finais, em que se detecta uma certa pressa em encerrar o relato, tenha a ver com essa desilusão dos personagens. O leitor decide.

Nota: Esse é o único livro escrito e publicado pelo autor. Estava escrevendo o segundo quando, aos 28 anos, foi convocado para lutar na 1ª Guerra e morreu por lá. É considerado um dos 100 melhores romances do século XX ppelo jornal A Folha de São Paulo (http://diariograsiela.wordpress.com/2007/09/24/os-100-melhores-livros-da-literatura-universal-segundo-a-folha-de-sao-paulo/) e um dos clássico de maior influência da literatura francesa de todos os tempo. Ou seja, motivos não faltam para ser lido.
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