História da violência

História da violência Édouard Louis




Resenhas - História da violência


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gean. 18/11/2022

Perfeito
A verdade nua e crua de uma violência sofrida está longe de ser aplaudida mas resolvi dar uma nota máxima pela coragem do autor de externar tudo que viveu.

Pra quem já leu "O fim de Eddy", também do autor, sabe que desde pequeno vem lutando com diversas questões e você acaba tomando parte da dor pra si.

A leitura é cansativa e por vezes confusa mas vale iniciar. E terminar.
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Gabriel Dias - @Done.em 10/05/2020

História da Violência
Contém conteúdo sensível, indicação recomendável 18 anos.
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É madrugada de Natal em Paris, Édouard retorna para casa, após jantar com amigos, sozinho, conhecendo no caminho Reda, um rapaz, a qual se apresenta, e o acompanha até o caminho de casa, eles conversam, uma conexão entre os dois é estabelecida, nisso Reda é convidado a entrar, um estranho, o que começa com uma noite romântica se torna em um pesadelo, Eddy é estuprado e quase assassinado, após disso tomado pela vergonha ele precisará enfrentar o relato, a verdade nua e crua.
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“Ele deveria me pedir para escrever. Quando escrevo, digo tudo, quando falo, sou covarde.”
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Eu admiro a coragem de Édouard em escrever uma obra ficcional e autobiográfica, todo o relato e a confusão de sentimentos estão presentes no livro, a violência cometida, e a própria em entender tudo, aceitar o ocorrido e transcender por tal, um processo doloroso.
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O que torna a leitura extremamente curiosa, é a presença de dois pontos de vista, o próprio e o de sua irmã, tendenciosa ao contar ao esposo, contudo, Eddy escuta toda a sua visão e nesse processo doloroso começam os questionamentos, quem está certo? Qual a base de julgamentos dela? E o quanto isso pode impactar na sua vida?
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O livro tem uma narrativa construída que me gera incomodo, as visões se mesclam em questão de parágrafos, mas como até eu e @alilendounslivros concluídos, isto faz parte de um processo de expulsar tudo aquilo que Eddy sentiu, não importando a ordem dos fatores, apenas o livramento.
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Destaque é o sentimento de conforto e desconforto que o personagem tem, apagando detalhes involuntariamente, seja na hora de relatar para a polícia ou para o médico. A sensação de pânico que aflora e está fundida com a sua essência depois do ato, o medo em virar a próxima esquina. É nos detalhes que a narrativa de Édouard toma folego e se sustenta por si só.
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“Um estupro é algo bem sério, talvez seja pior do que a morte”.
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Um livro construído de maneira inteligente, pessoal, sensível, é um exercício a empatia, você é preconceituoso nos detalhes, assim como encontra a redenção nos mesmos.

site: https://www.instagram.com/p/B_3RFG9DOXy/
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Riva 18/05/2021

Sobreviver
Embora seja baseado em fatos reais acontecidos com o autor, o livro não é um retrato fidedigno do acontecido, mas mostra de forma clara como os traumas ficam impregnados no ser.
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barbw 16/12/2023

Violências dentro da violência
Esse livro é com toda a certeza um dos livros mais difíceis que já li, tanto pelo tema, tanto como pela escolha do autor de nos contar em mais uma autoficção a violência sexual que sofreu, em um período do ano em que aprendemos socialmente ser de festas, o natal. E não só isso, em um período da vida do próprio autor, que saiu do ninho familiar já tão estranho, com um conjunto de violências por si só, que já nos contou em seu O fim de Eddy.

Édouard não é um autor de nos poupar, e nessa obra, ele não se poupa também e em momento algum.

A escolha em si de escrever o que passou e dentro dessa obra, a série de repetições que pode chegar a exaustão, do acontecimento em si do ato do estupro, como se nos colocasse em cada minuto agonizante daquele dia, em até perspectivas diferentes vindas da mesma pessoa, da vítima.

Em diversos momentos durante o livro, e de formas diferentes o autor deixa claro seu maior desejo talvez, ter o controle de sua própria narrativa, da sua dor e tornar dela o que quiser, o que puder. Isso também lhe foi tirado, e é tirado todos os dias de todas as vítimas que passaram e passam pela mesma violência.

De tornar o seu medo legítimo, perante as autoridades, família, amigos, a si mesmo.

Sua identidade foi arrancada, distorcida por tantas pessoas em tantos ambientes, e principalmente por esse ato de violência específico que é o centro desse livro.

"Eu desejava que todos soubessem, mas queria ser o único entre eles a discernir a verdade..."

A fala, a escrita, como sua arma e escudo.

E msm assim, tem os aspectos sociais permeando toda a história contada, a reprodução de discursos intolerantes a grupos específicos feitos por diferentes grupos sociais e regionais, e se colocando também como perpetuador de alguns desses discursos, atos, problematizando a si mesmo, questionando, por meio dos mais ambíguos atos e emoções interligados.

"... o ódio não precisa de indivíduos determinados para existir, tão somente de abrigos nos quais reencarnar."

As realidades paralelas que poderiam ter acontecido e não aconteceram e o que fazer, com o que restou, com os objetos seus tocados, o chuveiro que foi compartilhado, a sujeira que sente na pele, os cheiros daquela noite que não vai embora, seu próprio corpo, e a busca de justificativas que não chegam a lugar nenhum.

Solidão e desamparo nenhum são justificativas ,como um jogo para a violência.

Durante toda a leitura me perguntei até que ponto as palavras podem ser o caminho de cura, por mais belas que elas sejam como instrumento na literatura de Édouard Louis.

"... e mais tarde as palavras continuaram carregando o rastro daquela possibilidade que eles fizeram nascer na minha boca."
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Wania Cris 18/01/2023

Não deu pra mim...
Com certeza o livro traz uma mensagem e ensinamento, mas, não fui perspicaz o suficiente para captar nem uma nem outra...

Boa sorte na vida, Eddy.
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Luccas.Soares 26/02/2023

A história é impactante assim como seu primeiro livro. Porém a escolha narrativa torna a trama confusa e desalinhada misturando o relato com o depoimento da irmã com diálogos e por aí vai...
Apesar disso, mais uma vez o autor expõe um lado privado e sério de sua vida. Uma leitura marcante.
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Jackson 10/12/2023

Estuprado e humilhado
Tinha tudo pra ser um ótimo livro, mas ficou desorganizado, muitas questões que poderiam ser esclarecidas e talvez contribuir com o tema, no fundo, pareceu ser só mais uma história do autor pra ele mesmo. Um diário íntimo que revela mais da personalidade do autor que das agressões que ele sofreu.

Em História da Violência vamos acompanhar o abuso sofrido por Édouard Louis em 2012 na noite de natal.

A narrativa é muito problemática, mal escrita, poderia ser uma obra excepcional caso o autor explorasse mais o tema considerando que abuso sexual em homem adulto não é um tema comum.

Uma narrativa crua que esbarra nas estruturas sociais da França contemporânea na questão policial quando a vítima faz a denuncia em uma delegacia, é perceptível a intolerância e o constrangimento em que a vítima é submetida.

A questão racial muito presente, uma vez que o abusador é de descendência Árabe e então os caminhos vão ser desvirtuando pois nesse caso é mais plausível iniciar uma investigação por tentativa de homicídio do que de estupro visto que na visão dessa sociedade a maioria dos imigrantes árabes são bandidos.

Um livro que me decepcionou pela pobreza estética e a forma desordenada com que foi escrito.
Uma pena ?
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Ederson 30/06/2020

Relato angustiante, narrativa um pouco problemática
O Fim de Eddy foi um dos melhores livros que li em 2020 e na vida. Era uma escrita fluida, cheia de emoções, detalhes e realista, algo que me deixava totalmente imerso no cruel mundo da homofobia.
Neste novo livro do mesmo autor, Édouard Louis, acompanhamos mais uma situação de amargura em sua vida, quando sofreu uma tentativa de assassinato e estupro, logo antes de lançar O Fim de Eddy.
Uma pessoa se desnudar e contar uma história pessoal tão traumatizante é louvável. Há passagens neste livro que nos deixam tão sem chão quanto o próprio Louis.
O problema nesta nova obra é que a narrativa não chega a ser tão fluida como no livro antecessor. O autor faz algumas escolhas, como colocar no papel relatos de terceiros. A maior parte do tempo é Louis contando como sua irmã relatou o estupro para o marido dela. Talvez ele tente atingir um efeito de sentido aqui, como se distanciar de sua própria história ou como ela não mais o pertence e é reescrita por outros. Na narrativa essa escolha, contudo, causa confusões ao leitor, principalmente com a repetição de muitos pronomes pessoais em uma mesma oração em relatos típicos da oralidade. Não sei se há aqui um problema da tradução em português ou se foi assim mesmo que o autor escreveu em francês.

Tirando esses problemas, é uma boa história para ser lida, que vai além de uma descrição de estupro. Ela também toca em questões sensíveis como homofobia, racismo e descaso dos médicos e policiais pela dor da vítima.
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Emily839 13/12/2023

Te faz querer arrancar a pele
Primeiro livro que li desse autor, um relato fortíssimo de partir o coração. Muito interessante a forma de narração, as repetições na fala da irmã, os maneirismo, tornando tudo muito real. Te faz pensar em muitas coisas, não só sobre o caso principal, mas também sobre a família, os amigos. Quando ele se questiona o que era a vida dele antes de tudo o que aconteceu, como se tudo que restasse fosse aquele trauma, me deixou sem chão. Não há definição melhor para esse livro do que humano.
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lipelimma 18/02/2024

História da Violência - Édouard Louis
Lido 18/02/2024 📖
Nota: 2.5 ⭐
⭐⭐⭐⭐⭐ Premissa ou Primeiras Impressões
⭐⭐⭐ Protagonista(s)
⭐⭐ Personagens secundários
⭐ Conexão com a História
⭐⭐ Page-Turner
⭐⭐⭐⭐⭐ Temas importantes ou Representatividade
⭐⭐⭐ Universo ou Ambiente
⭐ Elemento Surpresa ou Plot Twist ou Final
⭐ Escrita ou Narrativa
⭐⭐ Frases ou Citações
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Fabiana 29/04/2020

Forte.
No livro ?História da violência? vamos acompanhar o relato real do horror que o autor, Édouard, sofreu. Na noite de natal, dentro de seu apartamento ele foi estuprado e quase assassinado por um homem que conheceu naquela mesma noite.

Narrado em primeira pessoa e intercalando entre o presente e o passado, Édouard e sua irmã Clara nos contam o que aconteceu naquela fatídica noite. De uma forma dura e comovente mergulhamos na mente de Édouard e somos tomados por uma avalanche de sentimentos como, culpa, nojo, raiva, desprezo por si e pelo mundo. Como as pessoas podem estar felizes após ele ter vivido tudo aquilo?

O autor também relata o preconceito da polícia francesa, de uma forma subentendida, a inversão de papéis, onde a vítima se torna culpada. E culpar a vítima é subverter a lógica de uma forma perversa.

?Ela nunca poderá compreender que minha história é, ao mesmo tempo, o que há de mais importante para mim e o que me parece mais distante e estranho ao que sou, que a uma só vez eu a aperto com toda a força contra o peito por medo de alguém venha arrancá-la de mim, mas não sinto mais do que desgosto, o mais profundo desgosto, se alguém se aproxima de mim para sussurrar que ela me pertence, que tão logo alguém me recorda disso, eu gostaria de lançá-la ao pó e tomar distância.?

?História da violência? é um livro forte que merece ser lido.
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nandex 11/02/2022

A capacidade da violência de nos tirar tudo...
“História da Violência” é um relato biográfico do Édouard Louis, que foi estuprado na noite de natal de 2012 por um homem que ele havia acabado de conhecer. A maior parte da narrativa se dá sob a ótica de Clara, a irmã do autor, cuja qual Édouard já contara todo o ocorrido, e ela passa então, a transmitir as informações para o marido. A partir disso, viajamos entre o passado e o presente, e percebemos as nuances entre o que Clara diz, e o que Édouard realmente viveu. Além disso, refletimos sobre diversos temas, e a maior parte deles são extremamente sensíveis.

É um relato muito intenso e avassalador, isso não posso negar. Entretanto, é nítido que, devido o trauma, que foi um divisor de águas na vida de Louis, a organização dos pensamentos no livro foi comprometida. Em diversos momentos, senti que ele dava voltas em uma única cena e posteriormente retomava ela sem muito propósito, além de muitas vezes pontuar críticas que não eram tão bem desenvolvidas, e no fim, soavam desconexas.

Como falei anteriormente, ele também faz reflexões muito pertinentes sobre a sociedade francesa, em especial, sobre o racismo, que é uma pauta recorrente em seus livros. O momento em que ele foi prestar queixa e o policial rotulou o agressor de todas as formas só pela sua etnia foi um ótimo exemplo disso. Ademais, vários outros assuntos são tratados. Homofobia, tentativa de homicídio, ISTs, drogas, e o foco principal, o quanto tragédias como essas nos matam, ainda que continuemos vivos.

No fim, tinha tudo para ser um grande livro, mas acabou se perdendo no meio com a falta de organização. Devido ao conteúdo e à temática, não deixo de recomendar a leitura, mas é importante ter em mente de que este não é um outro "O fim de Eddy".
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Amanda.Andrade 24/12/2023

Escrita diferente, história pesada
A escrita tem uma formatação estranha de acompanhar, parágrafos imensos, torna tudo mto pesado e talvez seja intencional pela situação em si, mas acabou sendo desestimulante pra mim. Infelizmente não releria por essa questão. A "historia" é mto boa e interessante. Um caso pesado.
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Sadraque 13/05/2021

O estupro e tudo em volta
O livro relata como Eddy conheceu Reda no meio da rua, acabou levando-o pra casa e foi violentado. Tratando de forma quase ficcional é muito bem escrita, sob diversas óticas, o que aconteceu na fatídica noite e o que ocorreu depois, o livro é uma leitura interessante.
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Rittes 03/10/2022

Sempre a violência
Apesar de curto, a "História da violência" não é um livro fácil. Primeiro pela temática, a violência sofrida pelo autor num dia de Natal. Segundo, pela estrutura narrativa do livro que é bastante cansativa. Pesado no tema e no estilo, me surpreende que não tenha tantos abandonos, mas para aqueles que conseguem chegar ao final, terão muitas coisas em que pensar. Infelizmente, não me agradou. Mas, está longe de ser um livro ruim. Tente, mas esteja com a cabeça em dia.
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