ElisaCazorla 28/07/2016
A morte da narrativa
Lobo Antunes e sua obra são objetos de muitas pesquisas na Letras, Linguística, Literatura, etc. Eu, inclusive, descobri o autor e ele me foi sugerido por um mestrando cuja dissertação era sobre a obra deste autor. Há sim muito o que debater sobre a sua obra e seu estilo literário. Certamente seu trabalho contribui com o pensamento e levanta questões interessantes sobre a produção literária em diferentes perspectivas. Ao dizer isto espero ter sido respeitosa com os leitores, pesquisadores e admiradores deste autor. Agora gostaria de falar um pouco sobre como esta obra existiu em mim.
Ler este livro foi como passear por um museu de arte moderna e me deparar com obras estranhas e que parecem fazem sentindo nenhum mas que, ao mesmo tempo, são por algum motivo importantes. Não consigo ou não aprendi a apreciar a arte pós moderna em suas múltiplas faces e esta obra é pós-moderna demais para minha reles compreensão desta categoria. Não gostei de nada. Saía irritada todas as vezes que lia este livro. A incapacidade de acompanhar a narrativa foi-me insuportável.
O autor interrompe os parágrafos e, a certa altura, também interrompe palavras, joga diálogos no meio dos parágrafos que parecem não ter qualquer relação com a ideia do parágrafo (nos momentos que podemos perceber alguma ideia). Não é uma obra para mim. Não é um autor para mim. Pós moderno demais para mim.