Luciana Mara 21/08/2011Toda manhã, Babi e a irmã, Daniela, eram levadas a escola pelo pai. E em uma destas manhãs, um motoqueiro bem maloqueiro e desaforado grudou na janela do carro e a convidou para sair. Babi é claro, negou. Quem aquele cara pensava que era?
Ela descobre por sua irmã que aquele era o cara considerado por Daniela e suas amigas da escola como o ‘Nota Dez’. Step. Mas se ela nunca mais iria se encontrar com ele, porque isto importava?
À noite, sob o falatório da mãe, Raffaella (chata d+! Cruz credo nesta mulher), Babi e Daniela vão para uma festa de aniversário, e lá Babi encontra Chicco Brandelli. Os dois vão para a varanda e se beijam. Então, para o horror de Roberta, a aniversariante, e de todos os convidados, um enorme grupo de adolescentes entra de penetra na festa. Alguns só bebem, outros roubam cinzeiros de prata. Pollo, melhor amigo de Step, rouba o dinheiro de todas as bolsas guardadas em um dos quartos (e é surpreendido por Pallina, melhor amiga de Babi, e de quebra a convida para sair) enquanto Step vê a garota do carro acompanhada por um cara e se dirige para lá.
Babi e Chicco estão se encaminhando para o bar quando são surpreendidos por Step. Ele manda Chicco pegar uma bebida para ele e Babi, mas ela diz que ela mesma pega. E assim, Step é surpreendido com um copo de refrigerante na cara. E, por não levar desaforo para casa, Step joga Babi no ombro igual um saco de batata e diz que ela vai tomar banho com ele. Água quente, água fria, desaforos, socos. E finalmente, ele a libera.
E é neste momento, que todos são informados da chegada da polícia. Chicco quem fez a ligação. E enquanto ele e Babi vão de carro para casa, são perseguidos por todos os motoqueiros, que detonam seu carro. E quando o casal pensa que escapou, surge Step, que quebra a cara de Chicco. Os dois são surpreendidos pelo casal Accado, amigos do pai da garoto. O homem intromete na briga e ganha de brinde um nariz quebrado. O casal vai embora, Chicco vai embora. Só resta Babi e Step. Sim, ele acaba a levando para casa. Ela, abraçada nele, não acreditando no que aconteceu. Ele, pensando na garota linda que ele quer para si.
Babi é uma patricinha nata. Loira, olhos azuis, boa família, escola tradicional.
Stefano ou Step, como é conhecido, é um bad, bad boy, moreno, cabeça raspada, motoqueiro e arruaceiro, daquele tipo que bate em qualquer um que o incomoda, e rouba sem dó.
E o que poderia surgir do encontro destes dois mundos tão diferentes? Um louco amor, é claro, seguido de transformações.
Babi passa a enfrentar seus pais e contrariar todas as expectativas em relação à sua conduta. Step teve que se abrir e renunciar há alguns dos seus hábitos mais sombrios. Será que o amor é capaz de vencer as diferentes visões do mundo e as atitudes do casal?
Corridas malucas, saídas noturnas clandestinas, casa e noite dos sonhos, beijos na praia, ameaças, porradas de graça, perdas, revelações, o passado de Step, suas escolhas e atitudes, dor são alguns dos ingredientes deste delicioso romance.
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A história é um tanto clichê. Um bad boy e uma patricinha. Duas pessoas de mundos muito diferentes que por um acaso do destino se conhecem e se apaixonam. O grande X da questão é o modo como o Moccia fala de amor. O modo como as coisas se encaixam e se desajustam, tudo ao mesmo tempo. É o jeito dele escrever. Assim. Pausadamente. Cada frase é saboreada. Absorvida.
A história é recheada de bons personagens e de histórias paralelas que se encaixam, Pallina, Pollo, Daniela e seu inseparável namorado de telefone (André), Maddá (ex-peguete do Step) são alguns dos personagens que enriquecem e muito a história. E o casal principal é ótimo! Tem tanta química, entre eles que os professores desta matéria ficariam orgulhosos!
Pensem num bad boy. Num cara bem, bem, bem mau mesmo. Multiplique isso por 100. Insira um certo charme a receita. Eis Step! Quem não se apaixonou que atire a primeira pedra.
Porque o final... O que foi aquilo? Preciso de Ho Voglia di Te. São nestes momentos que penso em dar uma de Liz Gilbert (Comer Rezar Amar) e aprender italiano por puro prazer. Penso que a história deve ser mais bonita, mais romântica, se lida na língua de origem. Mas acho que até eu aprender italiano, é mais fácil esperar a tradução de Ho Voglia di Te que, de acordo com a Planeta, está prevista para este ano.
Minha única crítica é que acho que a parte final poderia ter sido mais bem explorada. Tudo acontece muito de repente. E é claro, eu não vou tomar partido de ninguém, e vou ficar calada para não soltar spoilers por aí.
Recomendo!
Mais em: http://toclivros.blogspot.com/2011/03/50-tres-metros-acima-do-ceu-federico.html