Criatividade e Processos de Criação

Criatividade e Processos de Criação Fayga Ostrower
Fayga Ostrower
Fayga Ostrower




Resenhas - Criatividade e Processos de Criação


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Jamille Madureira 24/04/2024

A criatividade ainda é vista como algo excepcional, quase divina. Fayga nos mostra que é o contrário, todos nós temos esse potencial criador. Leitura recomendada!
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Luiz Pereira Júnior 21/06/2023

A criatividade ao (in)alcance de todos
“Criatividade e processos de criação”, de Fayga Ostrower, é um livro para um público bastante específico. em outras palavras, o leitor comum provavelmente se sentirá desestimulado com a leitura dele, mas não por falta de cultura do leitor ou por inabilidade da autora ou qualquer outras qualificações do tipo, mas simplesmente por estar distante desse público para o qual o livro foi escrito.

Com muitas referências eruditas relativas a diferentes períodos históricos (mas com enfoque especial nas antigas civilizações ocidentais), o livro busca descobrir o que faz alguém ser considerado criativo, original, diferente de seus semelhantes, e como isso contribui para o progresso da sociedade e, por extensão, da própria humanidade.

Ao final (na verdade, durante o desenvolvimento dos argumentos da autora, no decorrer de todo o livro), percebe-se que a criatividade não depende única e exclusivamente do imenso intelecto de algumas inteligências privilegiadas (Leonardo da Vinci é o primeiro exemplo que vem à mente). Em outras palavras, o processo de criação está extremamente relacionado à cultura, à época e à sociedade em que o individuo se insere, sempre se moldando aos critérios e padrões desses referenciais, mesmo quando busca quebrar esses padrões e formando novos padrões, que, por sua vez, serão novamente quebrados pelos próximos padrões.

Em resumo: se você gosta da área de Humanas, principalmente nas Artes, é um livro ao qual vale a pena se dedicar por alguns dias, pois esse nível de exigência é sempre requerida por aqueles livros mais técnicos, mais específicos, mais profundos. Se for o caso, mãos à obra (ou melhor, olhos à obra).
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cyborg loiro 25/03/2022

Ostrower mudou a maneira que eu vejo o mundo.
Estou sem palavras para descrever esse livro. Fui introduzida à Fayga por meio de aulas em minha faculdade, e desde então não parei de admira-la. "Criatividade e Processos de Criação" é um livro fenomenal. A autora tem uma visão muito linda sobre a criação das obras de artes.

"Quando vemos uma jarra de argila produzida há 5 mil anos por algum artesão anônimo, algum homem cujas contingências de vida desconhecemos e cujas valorizações dificilmente poderemos imaginar, percebemos o quanto esse homem, com um propósito bem definido de atender certa finalidade prática, talvez a de guardar água ou óleo, em moldando a terra moldou a si próprio. Seguindo a matéria e sondando-a quanto à ?essência de ser?, o homem impregnou-a com a presença de sua vida, com a carga de suas emoções e de seus sentimentos. Dando forma à argila, ele deu forma à fluidez fugidia de seu próprio existir, capturou-o e configurou-o. Estruturando a matéria, também dentro de si ele se estruturou. Criando, ele se recriou."
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Blonde Venus 10/10/2020

Meu Primeiro Contato com Fayga
Primeiro livro que li da Fayga e gostei muito, certamente buscarei suas outras obras. O que é interessante é o fato dela ser artista plástica e não só acadêmica e pesquisadora de Arte, isso com certeza traz uma visão mais ampla sobre o processo criativo.
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Ka 25/04/2015

O Processo Criativo Segundo a Ótica de Fayga Ostrower
"Criatividade e Processos de Criação" é o livro de estreia da artista plástica Fayga Ostrower. Pertencente ao expressionismo abstrato, Ostrower escreveu seu primeiro livro em 1977 e nele trata sobre a criatividade e a relação com os seres humanos, o “humano criativo” segundo ela, sustentando-o na sua vivência artística e em referências históricas de diversas áreas. “Criar é tão difícil ou tão fácil como viver. É do mesmo modo necessário”, é com essa ideia central que a autora sustenta no seu texto que a criatividade depende da sensibilidade e também da elaboração teórica.
Desde o início do texto, Fayga diz que criar é uma necessidade, não apenas um gosto ou uma maneira de se expressar. Assim como a criatividade é uma necessidade, o homem precisa se expressar criando algo, pois o potencial (título desse primeiro capítulo) criativo é inerente a ele — o que a artista chama de “dar forma”. Ainda que, em nossa sociedade, a criatividade e o fazer artístico muitas vezes são vistos como passatempo e algo supérfluo, ela os considera como trabalho. O ato criativo estaria dentro de uma intencionalidade humana, nem sempre consciente.
Há comportamentos considerados biologicamente inatos, como a consciência e a sensibilidade (dentro deste quesito, a autora trata principalmente da percepção), mas estes não se desenvolvem sem estar à luz de uma cultura. Citado por Ostrower, Carleton Coon traz uma importante contribuição ao texto, quando sustenta que “a biologia tornou-se inseparável da cultura, uma vez que nossos ancestrais começaram a usar ferramentas. A partir de então, a seleção natural favoreceu aqueles que puderam usar a cultura em seu melhor benefício” (OSTROWER apud COON, p.16, 2001). Já que a criatividade está intrinsecamente ligada ao contexto cultural em que o indivíduo vive, a autora defende que os processos criativos são fundamentais para evitar a alienação humana.
Fayga Ostrower ainda disserta sobre os processos que envolvem a memória. Talvez por se tratar de um texto com mais de três décadas, Fayga erroneamente afirma que os animais não possuem memória ou, pelo menos, a capacidade de analisar o presente, relembrando fatos passados, quando, na verdade, sabemos que os animais têm memória visual e, inclusive, afetiva. A autora afirma que os humanos teriam uma memória não-factual, mas sim “de viva vivida”.
Depois disso, ela discorre sobre os métodos associativos, a fala, a simbolização. A percepção, além de nos permitir movimentos empáticos, possibilita que representemos as coisas que vimos, percebemos, através das palavras (que também dão sentido a termos abstratos).
“No cerne da comunicação está a nossa capacidade de nos comunicarmos por meio de ordenações, isto é, através de formas”. (OSTROWER, 2001, p. 24). É por meio das formas simbólicas que constituímos nosso referencial para avaliar fenômenos e também para criar. O ato criativo seria vinculado a uma série de ordenações e compromissos internos e externos. A artista plástica ainda comenta sobre o potencial criativo — que elabora-se nos múltiplos níveis do ser sensível-cultural-consciente do homem, e nas formas de apreender a realidade — e sobre tensão psíquica (um acúmulo energético, uma noção de renovação constante do potencial criador).
Na arte, o imaginar corresponde a um “pensar específico sobre um fazer concreto” de uma matéria, ou seja, o pensar só se torna imaginativo por meio da concretização de uma matéria, como é explanado no início do segundo capítulo. Mais além, a autora diz que a imaginação criativa provém da capacidade de relacionar com a materialidade. Todavia, quando não conhecemos a matéria ou quando não vivenciamos a materialidade, torna-se impossível entender o processo de criação. A imaginação e a linguagem adquirem formas pessoais e subjetivas, mas nem por isso as obras deixaram de ser comunicativas ou referências. Elas não perderam a objetivação da linguagem pela matéria, que nos permite avaliar as ordenações e compreender seus conteúdos e sentidos.
Enquanto isso, a autora afirma que a criatividade está presente em todas as áreas, não somente na arte (por isso essa seria tratada com tanta subjetividade), pois a imaginação criativa nasce do interesse, da motivação. O processo de criação artística é consequência do processo de formação, no qual o artista ao levantar uma pergunta, relaciona os fenômenos e configura certas relações, dando-lhe uma estrutura, um conteúdo significativo.
Em suma, a criação engloba a intuição, o potencial criador, toda a vivência do artista, seus impulsos inconscientes, seus conhecimentos, seus sentimentos, seus ideais, as conjecturas, as propostas, as dúvidas, o que ele pensa e imagina, enfim, tudo o que ele é. A poesia, a pintura, a escultura, a música, a dança, a arquitetura e tantas outras são formas expressivas de arte que, para Ostrower, representam a experiência de vida e a realidade vivida do artista. Para finalizar o segundo capítulo do livro "Criatividade e Processos de Criação", a autora reitera que a criatividade é inseparável da condição humana.
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André Goeldner 16/11/2010

INTERESSANTE
Bacana comparar as teorias criativas nas artes e compará-las com a criação na publicidade. Valeu muito a pena.
Gostei muito quando a autora defende que criar é uma necessidade intrínseca do ser humano, que é pela criação (na vida, no cotidiano, no trabalho)que a pessoa cresce, se desenvolve e se conhece a si própria.
Lizi 30/07/2017minha estante
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