Fernanda631 31/07/2023
Amante Britânico
Amante Britânico (Cocky Bastard #5) foi escrito por Vi Keeland e Penelope Ward.
Em mais uma aventura romântica de um novo cretino, acompanhamos a história do casal Bridget e Simon, duas pessoas que estão em situações de vida totalmente opostas e que se veem com uma atração forte e difícil de ignorar.
Assim como os demais da série, esse é um livro de que pode ser lido como volume único, um romance que segue no mesmo estilo dos seus antecessores. Tudo começa com um encontro em um consultório médico, de uma maneira bastante constrangedora para ela e divertida para ele.
O segundo encontro é ainda mais divertido e mil vezes mais constrangedor. Na realidade, esse reencontro é fruto de uma coincidência, pois Simon acabou alugando o apartamento anexo à casa de Bridget sem saber que era a mesma mulher do consultório.
Bridget é uma enfermeira, mãe de Branden, viúva e nunca pensou que voltaria a gostar ou sentir atração por outro homem após a morte de seu marido. Mas tudo mudou ao ir ao pronto socorro após um acidente com um anzol, ela jamais pensou que se sentiria tão atraída por um médico.
Porém, era apenas uma vez, certo? Errado! Após três meses, Calliope, sua única amiga, dá a chave do flat de Bridget para Simon, o qual ela alugaria para o homem. Mas o que essa informação faz aqui? Nada melhor do que o homem para o qual ela mostrou a bunda ir morar de aluguel com ela.
Eles têm uma paixão muito forte, mas ela é uma jovem viúva tentando se reequilibrar na vida financeira e emocional, enquanto que ele é um médico finalizando a residência. Como não poderia deixar de ser, ele é bastante galinha e não quer um compromisso, menos ainda por ela ser um “pacote família”, já que tem um filho pequeno, então ambos percebem que ter um caso não seria a ideia mais inteligente.
O que deveria ser apenas um aluguel de quarto, se tornou muito mais - o que eu já esperava – risos. Mas o caminho não será de flores. Simon é um galinha, daquele tipo que a cada noite sai com uma garota diferente e ainda nessa história temos Brendan – que é apenas um menino sem uma figura masculina em sua vida há um tempo.
O que um homem solteiro iria querer com uma mãe viúva e que nunca mais saiu ou que se acha bonita? Só que o que uma carta poderia fazer com Simon e Bridget? Que emoções iriam aflorar nesses dois? Ela poderia voltar a amar? E ele poderia ficar com uma mulher apenas, tendo o histórico que tem?
Mas grandes histórias de amor e paixão dificilmente vêm com grandes doses de cautela, então eles obviamente fazem aquilo que se propuseram a não fazer: vivem momentos intensos juntos e “sem querer querendo”, se encontram apegados também sentimentalmente.
Há muita química e a evolução do relacionamento é bonita de se ver, incluindo a relação dele com o pequeno Brendan. Basicamente é mais um clichê bastante refrescante e divertido; como de praxe, a escrita das duas só me traz diversão.
O que é preciso para duas pessoas ficarem juntas? Apenas gostarem um do outro? E se houver um fantasma do passado? Uma descoberta que pode mudar tudo?
Bridget não é mais tão jovem e por isso pensa muito antes de agir, ainda mais quando se tem Brendan na história. Por isso, muitas vezes você vai se estressar com a protagonista, mas vai entendê-la. Já Simon é jovem, do tipo que curte a vida, mas que conta com um passado sombrio, muitas vezes as insistências dele me deram um pouco de raiva, mas entendo ele.
O livro é leve, não é o normal clichê, apesar de clichê. Tem muito conteúdo nas entrelinhas e que foram bem explorados pela autora ao decorrer da trama, o que torna o livro muito atrativo. Como o passado de Ben, o marido de Bridget, o passado de Simon e Calliope, temos o preconceito com mães solteiras, o medo de se aventurar pelo novo e muito mais.