A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos

A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos Zidrou
Aimée de Jongh
Aimée de Jongh




Resenhas -


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Gustavo Rodrigues 14/08/2022

História bem legalzinha sobre dois velhinhos salientes ?

Não tem muita complexidade, dá pra ler bem rápido, mas mesmo assim consegue gerar reflexões sobre envelhecimento, sensação de ?inutilidade? dos idosos, entre outras coisas.

Vale a pena ler!
Daniel 15/08/2022minha estante
Gostei da capa!


Renata.Castellano 10/10/2023minha estante
É bem lindo!! ??




alice 29/01/2024

"...o que importa é que ele viu o oceano."
"A obsolescência programada dos nossos sentimentos" vai falar sobre envelhecer, luto, frustrações, solidão, sobre as dores do corpo e as dores ainda mais terríveis da alma, sobre arrependimento, culpa e a sensação de não pertencer. É uma história sobre redescobrir, não só o amor e o prazer, mas a VIDA.

Vamos acompanhar o cotidiano de Ulisses e Mediterrânea e como os dois lidam com o medo do fluxo inevitável do tempo.

Sabe aquelas histórias que parecem simples mas carregam dentro de si um mundo de sentimentos? É o caso dessa HQ. A arte, cada traço evidenciando um sentimento, os diálogos possuem em suas entrelinhas ainda mais significados. É lindo, é doloroso... é real.

Através da perspectiva de Ulisses, acompanhamos sua rotina sufocada e desestabilizada após ser desligado da empresa em que sempre trabalhou, ele faz a mesma coisa há tantos anos que não consegue enxergar outra maneira de encarar seus dias, a solidão o acompanha e junto dela, a sensação de não ser mais útil.

"Quantas vezes mais vou repetir que estou curtindo a vida, finalmente aproveitando o tempo? E, sobretudo, não dizer que, na verdade, é o tempo que me consome pouco a pouco, como a maré, cruel, desgasta uma falésia."

Mediterrânea é uma ex-modelo, dona de uma loja de queijos e que está lidando com a morte recente da mãe. Ela carrega dentro de si outros lutos e todos eles evidenciados pelas marcas do tempo em sua pele. Sua mente não aceita o que vê em frente ao espelho, para ela é assustador que seu corpo seja um lembrete visual e constante de que o tempo ? inevitavelmente ? está passando.

"O corpo se resigna mais rápido do que a alma. O tempo o enruga, o injuria, o humilha... o "envariza", o "menopausa", o extenua, o cicatriza."

Ao encontrar Ulisses, ela redescobre os prazeres do corpo que tanto a assustava e percebe que apesar dos medos que a perseguem, está viva e merece ser desejada e amada por alguém. O desejo de Ulisses transforma a visão que Mediterrânea tinha de seu corpo, ela passa a enxergá-lo como um companheiro, cada marca carregando sua própria história.

É um dos pontos mais lindos dessa HQ, o momento em que os dois se permitem sentir. Quando percebem que estavam apenas existindo e não vivendo.

No começo achei apressado a forma como o relacionamento dos dois começou, depois percebi que eles esperaram tanto tempo...por que esperar mais ainda para ser feliz? Eles tinham a urgência daqueles que acreditam não merecer mais o amor, como se houvesse um prazo para esse sentimento.

Envelhecer é assustador, todas as cobranças que o avanço do tempo carrega mas, no fim, o importante é ter alcançado e contemplado a imensidão do oceano (nem todos têm a sorte de uma tempestade jogá-los em um galho no alto de uma árvore)
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Lucas_Callisto 28/05/2023

"Quantas vezes mais...?"
Não consegui ficar sem dizer nada sobre essa HQ, preciso dizer alguma coisa.

Que história linda e envolvente. Achei que ia ser bem deprê pelo seu início, mas ela cumpriu seu objetivo e ainda serviu mais do que isso. Não queria que ela acabasse mas é muito rápido de ler, em contrapartida da minha absorção com o tema que durou muito tempo.

Que arte linda, ela conversa muito com a história que é bem madura. A maneira como os corpos são vistos pelos personagens, a solidão, a monotonia, a tristeza e o reencontro com a felicidade, e assim o recomeço, tudo muito sedutor. A escrita é de forma simples e tocante, todos os diálogos me prenderam e a narrativa só cresce. O fim é conectado com o começo.

Os personagens!!! É muito importante falar sobre eles. Pensei muito nos sentimentos de meus avós, essa rotina estagnada foi muito perigosa pra eles, isso não pode ser ignorado. Plots interessantes, detalhes revisitados, e passagens maravilhosas, tudo bem colocado. Apresenta uma visão muito boa de como o final pode ser um reinício, onde a felicidade é sequência da infelicidade, basta só esperar, e esperar com esperança.

"É a vida de um Sol. Nasce de manhã. Envelhece à tarde. Morre à noite.
O Sol tem um dia, apenas um, para viver e brilhar."
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Booleticia 29/11/2022

"A todos os peixes, pequenos ou grandes."
"Que uma onda, um dia, os leve ao topo de uma árvore. E que, lá de cima, eles contemplem a imensidão do oceano."

A primeira coisa que me chamou atenção nessa HQ foi o título, honestamente é um título muito chamativo e juntamente com a capa me fez pensar: Uau, eu totalmente preciso ler isso urgentemente.

Depois de tanto enrolar, finalmente tirei um tempo para ler. Sem o conhecimento prévio do que retrataria a história, já que não li a sinopse, fui me deparando com personagens confusos, melancólicos, tangendo sentimentos muito crus e evidentes.
Nenhum tipo de filtro cor de rosa é imposto, mas é lindo como ainda assim há esperança, amor, alegria, felicidade e recomeços.

O Ulisses e a Mediterrânea são seres humanos vulgarizados, em parte porquê talvez essa tenha sido a intenção dos artistas. Porém, me faz pensar sobre a nossa própria identidade, o quanto o exterior influencia em quem somos, como agimos, o que gostamos e o que fazemos. Assim como a mediterrânea se questiona: "Será que permanecemos fiéis à criança que fomos?" Eu também me questiono: "Será que permanecemos fiéis a nossa própria essência?" A resposta para essas duas perguntas é provavelmente não. E isso é feliz e triste ao mesmo tempo, e não necessariamente na mesma proporção.

A arte da Aimée é linda, conseguiu extenalizar os sentimentos dos protagonistas com facilidade, além da óbvia delicadeza e brutalidade ao retratar os corpos, cenários e estilos deles. Gostei também de como os traços ficaram um pouco mais esboçados no ato de amor dois dois.

O final foi esperado, contudo não menos agradável.
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My | @pagesandseasons 11/06/2022

Uma história sobre envelhecer e ao mesmo tempo sobre viver tudo o que se pode, independente da idade.

Uma HQ delicada e linda, tanto no enredo como nas artes.
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@_leandropaixao 06/01/2023

Tocante
Você já parou pra pensar como será sua vida quando atingir a terceira idade? Nessa HQ triste, porém comovente e realista nos faz ter uma pequena ideia de como é envelhecer. A sensação de simplesmente ser "descartado" pela idade ou até mesmo ter a ideia que você já é o mais "velho" da sua família. Acredito que no final das contas o problema não é envelhecer e sim não saber viver, não saber aproveitar cada instante que nos resta de vida.
Ulisses se vê desempregado de supetão tendo que recorrer a sua aposentadoria antes do tempo com apenas 59 anos, por sair completamente de sua rotina ele se vê na mesmice e tudo já não mais a mesma graça. Já com Mediterrânea ela tem a percepção de sua "velhice" quando sua mãe falece e sente na pele como a sociedade é cruel com isso, aos pouco mais de 60 anos ela nunca se casou e nem teve filhos porém seu destino sei completamente da rotina quando sua vida cruza com a de Ulisses.
Vale muito a pena ler, queria muito que o final fosse mais fechadinho e tivesse um pouco mais do que acontece com os personagens, mas não tira o valor dessa preciosidade.
Max 06/01/2023minha estante
Ótima resenha! Vou por na (interminável) lista...?


@_leandropaixao 06/01/2023minha estante
Muito obrigado ?




Amanda.Figueiredo 24/04/2023

Aos anos que virão
Penso muito futuro e sim, tenho medo de envelhecer e não fazer nada, não ser "alguém" não aproveitar
Mas acontece que enquanto penso, o tempo passa e eu me torno o que tenho tanto medo
Isso nem vem ao caso, mas essa hq me deixou felizinha, eu não preciso ter tanto medo assim do tempo, porque é fato, ele está agindo sobre minha vida assim como na de todo mundo
E eu ainda tenho 21 anos, posso fazer muita coisa, viver muita coisa
A vida não se encerra até o último suspiro e esse quadrinho é sobre isso, não tem idade ideal para viver algo, eles se apaixonaram depois dos 60 e está tudo bem (o livro também mostra a solidão e o tédio que a velhice traz, se esforçar para não estar sempre sozinho e tentar variar o dia a dia é cansativo)
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Joel.Martins 08/07/2022

Tão lindo!!
Achei que fosse mais um livro desejado, mas - é um quadrinho LINDO, REAL E NECESSÁRIO.

O que realmente é o futuro??? Já parou para pensar nisso????

Leiam!!!!
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Elidia 20/05/2022

Programando releituras
É amor demais por um quadrinho!
Os sentimentos e rotinas da maturidade de forma poética, num belo enredo e desenhos lindos!
Triunfante!
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Cristian Monteiro 13/10/2022

Reflexão e leveza nessa HQ, que apesar de curta e simples (possível ler em 1h), não é nada superficial.

Linda, tanto em ilustração quanto em temática, conta a história de dois idosos, recém aposentados, refletindo sobre o que a vida fez deles, até que são surpreendidos por sentimentos de afeto e doçura, que não tinham mais expectativas de sentir.
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Igor.Banin 16/05/2022

Perfeito
Uma das melhores leituras do ano e penso que a melhor publicação do PN desse ano. Delicado e potente.
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Djeison.Hoerlle 19/05/2022

Por definição, obsolescência programada, além de uma expressão bonita de se usar, é também uma das práticas mais desonestas da industrialização. O ato de conscientemente tornar algo obsoleto apenas para forçar o advento de uma nova geração já soa absurdo quando se refere a objetos. Se tratando de seres humanos, beira o distópico, e é por isso que este já é um dos melhores títulos de quadrinhos do ano. E um dos melhores quadrinhos também.

A dinâmica do roteiro de Zidrou é bem simples: ora acompanhamos os recordatórios melancólicos de Mediterrânea, ora os inconformados de Ulisses, trazendo visões diferentes sobre a passagem do tempo, pois a nossa protagonista, na condição de ex-modelo, vê em cada reflexo de espelho, uma antagonista, enquanto seu par, dotado de uma visão mais pragmática (e mais contestadora), incomoda-se muito mais com a rejeição a qual é submetido por conta de sua idade do que pela idade em si, já que ainda se considera plenamente apto a ser quem é.

A magia dá-se, no entanto, quando ambos os personagens se encontram. A atmosfera densa e melancólica praticamente some em meio à química dos dois, que inclusive é muito bem representada por Aimée de Jongh, que sabe criar sorrisos honestos e contagiantes como poucos. A relação entre Ulisses e Mediterrânea se estabelece através de diálogos naturais intercalados com uma sucessão de tiradas cômicas de muito bom gosto, que revelam suas respectivas histórias na mesma medida em que estabelecem um saudável terreno para o desenrolar de sua história juntos. É como se os personagens encontrassem na companhia um do outro, um oásis de amor e carinho onde podem esquecer o que a sociedade, o espelho e as memórias fazem questão de lembrar exaustivamente: o tempo passa.

E passa mesmo, ideia que pude corroborar ao final da leitura, que parece ter passado em um piscar de olhos, tamanho meu envolvimento com a narrativa. Quadrinho acalentador!
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_Jorgeft 26/05/2022

OBRA-PRIMA!!!!
Toda e qualquer propagando que fizerem desse quadrinho pra você vai ser verdadeira... Menos aquelas que dizem que a obra é ruim. A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos é uma HQ corajosa, verdadeira, cruel, simples, madura, forte, grandiosa, verdadeira, única, pura e um monte de outros adjetivos. Zidrou e Aimée de Jongh fazem aqui uma obra consegue ser trágica e esperançosa ao mesmo tempo... uma obra verdadeira e que fala de assuntos universais. Que toca em temas delicados sem ser ofensiva em nenhum momento, uma obra que merece ser chamada de OBRA-PRIMA!
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Henry 19/08/2022

Aprendendo a lidar com o tempo
A brilhante HQ de nome exaustivo, "A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos", lançada pela Pipoca e Nanquim, traz a história de Ulisses e Mediterrânea, um casal de idosos que descobre que nunca é tarde para aproveitar as coisas boas da vida.

Esse álbum traz a reflexão: nós vivemos ou sobrevivemos? Quando é o momento de abandonar as aventuras e resignar-se numa poltrona e esperar o tempo passar? É possível viver um grande amor, mesmo quando seu corpo já não se lembra de como é ser amado ou tocado?

Zidrou é um gênio e traz, de forma cru e divertida, esses aspectos para serem pensados. Já Aimée de Jongh apresenta um traço cheio de detalhes e expressão. As cores são muito vivas e casam espetacularmente com o roteiro afiado do belga.

Um dos grandes lançamentos do ano. Emocionante, apaixonante e duro, assim como a vida é.
TonCorre@ 31/08/2022minha estante
Excelente explicação sobre o livro, já irei por na minha lista de quero ler.


Henry 02/09/2022minha estante
Opa, que bacana, querido. Espero que curta!!




manel T 22/08/2022

"Sobre o tempo e como afeta os corpos"
Enredo enxuto, clareza no tema, cabe ao leitor se dá o trabalho de levar a reflexão além do proposto; talvez razo... Mas ao menos não força um piegas...
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