O Sedutor do Sertão

O Sedutor do Sertão Ariano Suassuna




Resenhas - O Sedutor Do Sertão


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Izamara Ferreira 14/03/2021

Inédito do Ariano Suassuna
?Vamos, ?Coronel?! Vamos, que as jumentas e as raparigas de Alagoa Grande esta?o esperando por no?s!?
É difícil não gostar de Malaquias e de suas artes. Livro fácil e gostoso de ler!
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Christiane.Sérgio 18/03/2021

Escrito, inicialmente, para ser roteiro de um filme que foi cancelado, Ariano o dedocou à memória de Euclydes da Cunha.

Engraçado e com algum ar de drama, O Sedutor do Sertão nos trás o anti-herói Malaquias Pavão e seu fiel escudeiro Miguel Biôco numa aventura pelo sertão Paraibano em meia a uma luta armada e para sair bem dos dois lados, já que o mesmo se diz do lado das mulheres e do que for mais benéfico para o momento em que estiver em risco.

Não há como não se lembrar de outro grande personagem do Auto da Compadecida - João Grilo. O mesmo jeito malandro, mas Malaquias difere na sedução. O danado tem lábia! ???
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VicBanger 27/03/2021

Uma delícia!
Primeiramente, creio ser de suma importância destacar que O Sedutor do Sertão não foi escrito em forma de roteiro - informação esta presente na própria apresentação à obra, escrita por Carlos Newton Júnior. Trata-se, sim, de um romance pensado para a posterior transformação em roteiro de cinema, mas que foi concebido como um romance mesmo. Enfim, achei válido iniciar a minha resenha falando sobre isso, visto que aparentemente algumas pessoas por aqui estão confusas quanto à produção de O Sedutor do Sertão.

Segundamente, devo dizer que este é um livro delicioso. Deixei-me envolver pela leitura de um modo que há muito não me deixava envolver. Percebo que Ariano Suassuna geralmente é lembrado pela sua contribuição ao teatro, faceta que eu já conhecia; mas sempre ouvi comentários sobre a genialidade do homem dentro do campo da prosa literária (A Pedra do Reino que o diga), e aqui estou, conhecendo agora este lado do autor paraibano.

Ah, e apesar de haver uma predominância da prosa, O Sedutor do Sertão mostra muito gosto pelos versos, que preenchem várias páginas com a tradição do cordel (quase sempre em versos de sete sílabas). E essa mistura de formas executada pelo Suassuna mostra uma sensibilidade absurda dum artista que parece o tempo inteiro estar flutuando entre o romance, o poema e o audiovisual (por mais que não seja um roteiro de cinema, dá pra notar que o autor realmente estava encaminhando o seu texto para isso - com falas curtas e diretas e versos que poderiam muito bem ter sido cantados em uma trilha sonora); o que poderia virar uma bagunça nas mãos de uns, nas dele virou um exemplo de domínio criativo.

Curioso que a minha primeira experiência pelo lado romancista do Suassuna tenha se dado por meio de O Sedutor do Sertão, visto que muitos fazem questão de destacar a importância de A Pedra do Reino. O Sedutor pode até ser uma obra menor do autor paraibano, mas é uma expressão de grandeza literária. Acompanhar a peregrinação dos personagens é fascinante, pois assim podemos ver que eles apenas tentam fazer uma coisa em meio a um cenário político caótico: viver. A malandragem do Malaquias, a amizade e submissão do Miguel, o tom ameaçador de Sinfrônio, a delicadeza enigmática de Silviana, o jeito fechado de Maria Cascalha (com os seus muxoxos)... Todos os personagens são fascinantes!

Apesar de Malaquias Pavão ser tido como um verdadeiro sedutor - segundo ele próprio, "não um galo de briga, mas de reprodução" -, percebe-se que os sentimentos dele em relação à Silviana são genuínos. Temos um protagonista cheio de vícios, mas dotado de muito carisma e de bons sentimentos. Mesmo com os seus defeitos, torna-se uma tarefa complicada não gostar do Malaquias - que está quase sempre com o seu valioso cavalo "Rei de Ouro".

Um texto leve, mas profundo. Bastante engraçado, mas faz uso do riso justamente para lidar com certas mazelas sociais. Um grande exemplar de prosa literária - e o meu primeiro contato com esse universo do autor. Ah, e além do mais, é uma declaração de amor ao Nordeste. Bravo!
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Dezwith (Capítulo 18) 22/04/2021

Um deleite para quem vem do sertão - como eu.
3 homens, 2 mulheres, 1 cavalo, 1 égua e alguns burros em um cenário de guerra no sertão do Semiárido nordestino. São estes ingredientes suficientes para Ariano Suassuna nos emocionar (ri, chorei e ri de novo mais e mais) e nos transportar (para o cenário da Paraíba de José Pereira e de João Pessoa pré-revolução de 30).

Esta história - simples, fácil de ler, com pouquíssimos personagens - conseguiu me tocar em um lugar muito sensível. Me fez lembrar de onde eu vim. Li com a voz dos meus antepassados, com o sotaque arrastado que até hoje ecoa no meu próprio sotaque. Ri como não ria há muito tempo lendo um livro.

O povo escrito nesta obra é o meu povo. A voz narrada nesta obra é a minha voz. A inteligência que pulsa do texto de Suassuna é a inteligência da minha cultura.
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camaziabento 13/05/2021

Divertido e didático
Ariano Suassuna escreveu esse romance para ser adaptado em roteiro de cinema. Essa informação é revelada logo no prefácio, então é quase impossível lê-lo sem imaginar Malaquias Pavão e Miguel Biôco interpretados por algum ator, acabamos nos tornando produtores de elenco.
A história se passa na Paraíba, durante a Revolta da Princesa, na década de 30, cenário familiar para o autor, que, quando criança, viu e ouviu seu pai participando ativamente das discussões políticas daquela época (o pai de Suassuna chegou a ser Governador do Estado).
Em meio a conflitos mortais entre o Estado e os cangaceiros, o protagonista fez questão de não tomar partido ? como ele mesmo diz "eu tô do lado do povo e das mulheres" ? e iniciou uma jornada para conquistar o coração de Silviana, "a dos braços brancos", morena dos olhos verdes casada com Sinfrônio Perigo.
Entre tiroteios de bases políticas radicais, o autor consegue nos fazer rir e mostrar como as pessoas, mesmo em momentos de políticas extremistas, conseguem ter resiliência e viver suas vidas sertenejas.
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Nivia.Oliveira 11/06/2021

Quando comei a ler esse livro fiquei imaginando Suassuna lendo Os Sertões de Euclydes da Cunha, parando na parte sobre o tráfico de cachaça que ocorreu em Canudos na Bahia e bingo! Começou a escrever as aventuras de Malaquias Pavão pela Paraíba e logo terminou... Dizem que ele gastou três semanas! Coisa de gênio!
O riso é garantido... Mal ou bem fiquei imaginando o nosso protagonista com a cara de Chicó e seu amigo Miguel, o João Grilo do filme Auto da Compadecida estrelado pela Globo.
Assim de uma forma simples e divertida ele fala de jeitinho brasileiro, problemas da seca, corrupção, resistência do povo sertanejo, querelas entre grupos políticos e amor... sobretudo pela cachaça! 😎


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
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Bárbara Lis 06/01/2022

MATCH PERFEITO: literatura e história
Para quem curte ficção histórica, essa leitura é a pedida perfeita. Ela tem como pano de fundo a "Guerra da Princesa", ocorrida na década de 1930, resultante da disputa entre o Governador João Pessoa e o Coronel José Pereira pelo município atualmente conhecido de Princesa Isabel, Paraiba. Uma das consequências desse conflito foi o assassinato de João Suassuna, pai de Ariano.

Nesse contexto, temos Malaquias Pavão que percorre sertão adentro para vender aguardente e folhetos, acompanhado de seu estribeiro Miguel Biôco. Astuto que só ele, Malaquias tem sempre uma carta na manga para se livrar tanto dos policiais quanto dos cangaceiros. Seu lema é "estou do lado do povo e das mulheres". E cá seus dois pontos fracos: dinheiro e mulher.

Malaquias foi projetado para ser um anti-herói, daqueles que ninguém consegue sentir raiva ou desprezo por sua pessoa, porque a astúcia que opera para sua ganância é a mesma que cativa o leitor.

*Recomendo ler o prefácio somente após concluída a leitura.
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InfinitaTBR- Jana 27/06/2021

Ariano é O Cara.
Estava eu vivendo minha vida, quando de repente BUM? Um ??????? ??é???? de ?????? ????????!

Quando li o título ?? ??????? ?? ????ã??, imaginei muitos amores caóticos, mas... Malaquias Pavão, na verdade, seduzia todo mundo!

A história é uma aventura que prende a gente pela escrita impecável de Ariano; pelas enrascadas que Malaquias se mete e pelo jeito como sai delas.

Mas para mim, o melhor do livro foram algumas expressões do autor. Foram elas que arrancaram meu riso, não exatamente a história.

Por exemplo: imagine uma mulher com um ?ê??? ?? ????? ?
Ou um cara ???? ????? ??? ????? ?? ????? ?
Duas mechas de cabelo que fazem parecer que o cara tem ? ???? ????? ???ê??????. ?

? ???? ?? ??????????? continua sendo meu favorito do autor, mas ? ??????? ?? ????ã? também ganhou um cantinho no meu coração.
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Fernanda Sleiman 02/08/2021

Suassuna é enorme
Ariano é uma dessas personalidades que ascende lá no fundo da gente um orgulho enorme de ser nordestina. que cultura linda e que vida suassuna coloca na nossa cultura
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Rod. 02/08/2021

Uma história divertida, cheia de aventuras e causos.
Essa livro inédito de Ariano, mais uma vez nós traz aquele clima de contos e causos do sertão(nos remetendo muitas vezes ao clássico "O auto da compadecida").
Os personagens são cativantes e muito bem construídos.
Pena essa obra não ter para o cinema.
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Reccanello 09/08/2021

A malandragem do sertanejo!
Que livro delicioso de se ler, bons e ricos senhores e belas senhoras a quem só peço que me amem! Com um pouquinho de imaginação a gente consegue ouvir nas falas dos personagens as vozes de Chicó e João Grilo, aqueles dois cabras mais feios que briga de foice, e, da mesma forma, é fácil rir de e com suas malandragens, estripulias e seus planos mirabolantes, sempre intentados como arma e "vingança" contra a opressão das "autoridades constituídas" e a dureza da vida imposta pela natureza agreste que só a gota serena!
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Exceto pel"O auto da Compadecida", não conheço a obra de Suassuna, mas sei que uma de suas motivações sempre foi retratar o sertanejo e sua vida de uma forma alegre e orgulhosa! E ele consegue!
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Gabi 16/08/2021

SEDUTOR QUE EU QUERIA QUE MORRESSE NO FINAL
Como eu queria que o Malaquias tivesse morrido no final KKK. Mais uma vez me padeci pelo [*****] da história, Sinfronio é mó legal, qual é o problema ele gostar mais de bicho do que de mulher hahaha mais um personagem incompreendido de Suasuna que foi um dos melhores personagens da história.
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Andreia 18/08/2021

A história se passa entre o sertão da Paraíba e de Pernambuco, tendo como pano de fundo a Guerra de Princesa, em 1930 onde os moradores de Princesa se rebelaram contra o governo local devido à cobrança de impostos.
Malaquias Pavão é um anti-herói, sertanejo astuto, cheio de lábia que junto com seu companheiro Miguel Bioco viajam pelo sertão contrabandeando cachaça sem selo e vendendo folhetos, elixires, retratos do Padre Cícero. Vivem situações inusitadas e perigosas devido ao conflito político local e aos embates entre a polícia e cangaceiros. Malaquias é apaixonado por Silviana e tenta conquista-la apesar dela ser casada com Sinfrônio.
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Marivaldo.Barreto 16/11/2021

Primeiro livro que leio de Ariano Suassuna, mesmo já gostando do autor pelas entrevistas que já havia assistido. O Sedutor do Sertão é maravilhoso. O modo divertido como é escrito nos faz não querer parar de ler.
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caua 07/12/2021

E o segundo livro que eu leio de Suassuna,
E como o AUTO DA COMPADECIDA, tem o romance a aventura e personagens muito engraçado e bem espertos, os capítulos são bem curtos e fácil de se entender.
Vamos fazer uma viagem pelo Nordeste do Brasil em meio a uma guerra
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