Germinal

Germinal Emile Zola



Resenhas - Germinal


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Magasoares 24/10/2020

Muito triste ?
É uma estória que relata a vida de miséria e sofrida dos mineiros. Não gostei muito porque só tem desgraça, fome, miséria e muito sofrimento. Chega à ser angustiante. Pensei que no final seria diferente...nada!! Sei que existiu e existe muita miséria por esse mundo afora, mas não gosto desde tipo de leitura, me deixa muito triste. Só por isso minhas três estrelas
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Danilo646 04/10/2020

O clássico Naturalista
?Acendam os fogos nos quatro cantos das cidades, abatam os povos, destruam tudo e, quando nada mais sobrar deste mundo podre, aí talvez nasça um melhor?

Germinal é um romance histórico publicado pela primeira vez em 1885 e conta a história dos mineiros de carvão do norte da França do século XIX.

Através do seu texto é possível se aproximar das insalubres e perigosas condições de trabalho e da insanidade a qual eram acometidos os mineradores.

O livro é tão impactante que mostra de forma angustiante, a crueldade a qual passaram os trabalhadores após uma greve reivindicando melhores condições de trabalho, passando fome e chegando a uma vida sub-humana.

Para escrever este livro, Zola fez uma pesquisa de campo ficando dois meses trabalhando como mineiro nas extrações de carvão e no livro é possível imaginar como iniciou as organizações sindicais e greves de operários na França do século XIX.

Germinal é uma obra incrível e mostra porque está sempre nas listas de maiores clássicos da literatura mundial e seu escritor como o maior representante da escola Naturalista.
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Marina 01/10/2020

"Germinal", o Naturalismo em sua essência
No começo, dei pouco para esse livro (também porque o li para uma prova da faculdade), mas a história me cativou. Ainda que seja um texto adaptado, achei interessantes os detalhes dados por Zola sobre a sociedade em carne e osso; imagino que em alguns momentos teria até sentido nojo se tivesse lido a versão integral. A demonstração da miséria, do sofrimento e da ambição demonstrada pelo autor é incrível e o sentimento que fica pelos personagens é empatia por tanta tristeza e força, especialmente pela senhora Maheu. Menos para o Étienne, por ele eu só sinto raiva.
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Mari 26/09/2020

Dilacerante
Uma das melhores leituras de 2020.
mais um livro extraordinário,ele me fez sintir sintomas físicos de tanto que me impactou.
Quero ler ele mais vezes durante a minha vida.
Quem gostou dos miseráveis vai amar essa história tb.
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Luigi.Schinzari 18/09/2020

Algumas palavras sobre Germinal
Germinal (1885), de Émile Zola (1840-1902), é um livro sujo. Seu tema -- a revolta de mineiros da cidade fictícia de Montsou, onde se indignam contra condições de trabalho degradantes -- e sua linguagem tipicamente naturalista, usuária da linguagem e dos termos mais grosseiros e depravados para buscar a poesia em meio a lama (ou carvão, mais apropriado a história), são os elementos que, propositalmente, irão chocar e atrair o leitor, enquanto Zola, admirador (o que não é o meu caso) das teorias marxistas, preenche todo o clima de sua obra com a revolta crescente dos trabalhadores contra seus patrões e sua consequente manifestação.

É notório um autor, sempre com suas ideologias, conseguir trabalhá-las de modo distante e crítica. Zola, um francês entusiasmado com as teses marxistas e anarquistas recém-surgidas no continente europeu, consegue expor em suas personagens múltiplas visões -- muitas vezes de acordo com seu posicionamento político: Étienne Lantier, o protagonista, é um jovem recém-chegado a mina Voraz e com um espírito revolucionário entranhado em seus pensamentos e ações, sendo a figura que despertará o ânimo de revolta nas vidas maltratadas, cansadas e ordinárias dos funcionários da precária Voraz; Suvarin, um niilista russo e refugiado na França após um atentado frustrado ao tsar (inspirado na onda niilista russa que acabou culminando no assassinato de Alexandre II e muito bem tecida nas impecáveis obras Os Demônios, de Dostoiévski, e Pais e Filhos, de Turguêniev), e fortemente influenciado por Bakunin e suas teses anarquistas, em sua forma mais pura e bruta; a família Maheu, maior representação da conformação com a situação degradante e, depois, exemplo dos efeitos revolucionários na vida de Montsou; Rasseneur, um antigo funcionário da Voraz que, assim como Étienne, já tentou despertar a revolta, mas foi silenciado por seus patrões e, com o tempo, mesmo com a cabeça revolucionária, não cede aos impulsos da barbárie, como tantos outros personagens, até mesmo os mais racionais, irão até o fim da obra. Todos eles, em seus posicionamentos, dividem um traço: são falhos.

Zola não poupa suas crias, como um pai bondoso que espelha em seus filhos sua mais alta moralidade e certezas absolutas, de errar e serem degradantes -- mesmo sendo elas as representações de seus ideais. -- São muitos os momentos de depravação -- depravação esta que é elemento fulcral da bestialização que o trabalho desumano causa nos moradores daquela vila -- e de violência; e são bárbaros e perturbadores: a explosão destes sentimentos não é gradual, assim como um acidente em uma mina como a deles não seria também, ocorrendo sem avisar e causando grandes estragos. As descrições feitas pelo autor, extremamente lírico, nos faz questionar como extraiu tanta beleza de tanta selvageria, e como extraiu tanta selvageria de tanta beleza. São vários os momentos de lirismo puro, enquanto as personagens chafurdam em uma maré de desgraça e ódio crescente, deixando o leitor preso àquela vila tão maltratada.

Discordando ou não da visão marxista, Zola conseguiu deixar -- pelo menos até o penúltimo capítulo, pois no último acaba adotando tons menos críticos e mais ideologizados, infelizmente; talvez seu único erro -- seu livro universal por conta da boa escrita e de seu talento em retratar a humanidade como ela, com suas falhas e contradições. O patrão draconiano da mina Voraz possui sentimentos nobres, assim como o herói revolucionário Étienne têm suas intenções além da pura causa "altruísta" em despertar o fogo da revolta na população de Montsou; não há generalidades em Germinal, assim como foi adotada por autores (menos talentosos, obviamente) Naturalistas que vieram depois e se inspiraram, com muito menos brilhantismo, na obra-prima de Zola. Com certeza Germinal não deixará, seja por sua linguagem bela mas podre, seja por sua história interessante, seja por suas personagens muito bem construídas e extremamente humanas -- Germinal irá atrair qualquer leitor e deixará uma forte impressão, seja ela de horror ou de inspiração, em quem procurar lê-la. Essa universalidade é o que a distingue de simples campanha política, que a afasta da pobre demagogia que vemos escorrendo das prateleiras de nossas livrarias, independente do espectro ideológico, e a transforma em boa-literatura, em um verdadeiro clássico.
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Letuza 08/09/2020

Simplesmente maravilhoso!
Escrito em 1884/1885, o romance Germinal marca um novo nível no estilo naturalista por sua linguagem realista e crua. O francês Émile Zola, filho de um engenheiro italiano, sempre foi muito engajado politicamente. Para compor Germinal, Zola passou uma temporada trabalhando e pesquisando em minas de carvão na França. Ele leu, entrevistou e viveu com os trabalhadores da extração do carvão, sentindo na pele as dores e dificuldades dessa atividade. Daí o realismo do livro.
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O livro narra a história de uma comunidade de mineiros massacrada pela dura realidade da relação de trabalho. A fome, a insegurança, a promiscuidade, a desigualdade, a desesperança e tristeza marcam os trabalhadores das minas Voraz e suas ?irmãs?. O personagem humano principal é Étienne Lantier, um jovem atormentado por uma herança genética de alcoolismo e violência, contra a qual ele luta diariamente. Étienne é contratado pela Voraz e lá conhece a família Maheu, com a qual cria laços de amizade. Com a filha de Maheu, Catherine, Étienne desenvolve uma espécie de amor platônico e ao longo do romance, o relacionamento deles vai evoluindo.
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Étienne, em contato com ideias socialistas, influência de Pluchart e Rassenieur e anarquistas, influência do russo Suvarin, torna-se um líder dos mineiros e os conduz à uma greve sem precedentes. Eles se organizam, formam uma previdência para ajudar nos custos da greve e engajam um grande número de trabalhadores. A luta por salários justos e condições mínimas de trabalho une os mineiros de várias minas, fazendo com que as empresas percam muito dinheiro, agravando a crise industrial já instalada na época. Os mineiros enfrentam uma fome devastadora, além do frio e do desalento, mas se mantém firmes na luta contra a burguesia e o capitalismo. No auge do desespero, eles enfrentam fisicamente policiais armados para defender seus direitos. Muitos perdem os empregos, muitos perdem a saúde e alguns perdem a vida, porém o capital vence.
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Apesar da dureza, da tristeza e do realismo da história, o romance é esplêndido. É um livro sobre a vida real, sobre a humanidade como ela é, sobre reações, sobre emoções, sobre a verdade. É também um livro sobre as relações de trabalho, sobre a realidade cruel do capitalismo, sobre a desigualdade da distribuição de rendas, sobre o sofrimento de muitos em detrimento do conforto e luxo de poucos. É um livro para refletir profundamente sobre privilégios, sobre exploração e sobre direitos humanos.
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Um dos melhores livros que já li na vida. Um livro que deixa marcas, deixa saudades e vontade de reler.
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Sarah587 06/09/2020

INCRÍVEL!!! Zola retrata de forma crua e profunda a vida desgraçada de uma comunidade de mineiros na França do século XIX. Comunidade esta que morria de fome dia após dia enquanto era devorada pelo trabalho desumano da mina, que enriquecia cada vez mais a burguesia e assombrava ainda mais os operários fadados a uma vida de miséria até o dia de suas mortes, passando o fardo a sua prole, num ciclo sem fim.
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Thiara 30/08/2020

Zola foi precursor da literatura naturalista. Viveu experiências pra escrever Germinal baseado nelas. Leitura fluida, tocante e necessária sobre o início das lutas da classe operária no século XIX por seus direitos econômicos, sociais e como o meio em que vivemos nos determina. Vale muito a leitura!
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Pedro 25/08/2020

No fundo da terra germinava uma semente, e um belo dia os homens brotariam da terra, um exército de homens que viria reestabelecer justiça.
(Página 59)

O livro é pautado acima de tudo na luta de um proletariado que mesmo após as transformações da revolução francesa ainda permanece sofrendo nas mãos da burguesia.
Sua revolta crescente é encoberta pela subordinação dos funcionários perante patrões que abusam de sua hierarquia e da falta de leis trabalhistas.
Mas a letargia não dura para sempre, após a leitura torna-se totalmente compreensível a importância histórica da obra na criação de um gênero literário que nos faz habitar o universo da sociedade da época.
Fica evidente para o leitor a influência da precarização do ambiente de trabalho na vida dos que vivem de seu sustento.
Germinal é um manifesto pulsante em forma de história, que nos faz sentir o calor das minas de carvão e do sangue que ferve em busca de melhores condições de trabalho, condições que só serão alcançadas através da luta revolucionária.
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Ana Paula 09/08/2020

Maravilhoso
Com certeza um dos meus livros favoritos, recomendo para todos. Acompanhar a vida desses trabalhadores proporciona muita raiva e choro. O autor escreve de uma maneira maravilhosa. Com certeza um dos melhores livros que já li.
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Maria.Jose 08/08/2020

A obra máxima do naturalismo
Zola cria uma obra complexa que narra o começo do movimento social na Europa e as terríveis condições de vida da classe trabalhadora. Clássico para entender o determinismo sociológico na literatura.
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Nathalie.Murcia 01/08/2020

Cruel, pungente e atual.
A exemplo do outro livro que li de Zola (A Besta Humana), as características do realismo emergem logo nas primeiras páginas. Partindo das mazelas mais cruéis de um sistema social leonino, no qual pessoas são bestializadas pelas condições de trabalho degradantes e de extrema penúria, neste romance são expostas a vida de carvoeiros que trabalham nas minas francesas sob as condições mais insalubres, desde a infância, num ciclo que se perpetua e se entende a todos das famílias da vila.

Recomendo a leitura, mas não esperem um final feliz ou catártico. Apesar de ter sido escrito há mais de cem anos, o livro é extremamente atual.

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Thiago Barros 24/07/2020

?Apodrecendo aos poucos?
Esse é um dos livros mais fortes que já li, podendo ser comparado a torturante história de José Saramago ?Ensaio sobre a cegueira?.
Zola com certeza nasceu com o dom da escrita, alcançando a perfeição nessa obra. É possível sentir a dor, a angústia e o sofrimento dos personagens como se fosse em nossa própria pele.
A esperança estava comigo dez do começo da leitura, mais como sempre: ?histórias que ironizam a realidade estão sujeitas ao tormento?.
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Edu021 18/07/2020

Leitura indispensável.
Uma realidade que ainda é possível de se identificar nos dias de hoje. Livro absolutamente necessário.
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