Resenhas -

Raíssa 08/01/2022

eu não sei por onde começar, esse livro me transformou, parece um pouco assustador dizer isso (já que é um livro muito intrigante e violento) mas cada página dessa obra de arte moldou meu olhar e me faz uma leitora mais crítica e um ser humano atento a todas as atitudes e escolhas ao meu redor.

confesso que no início não achei que seria tão interessante, que graça um bêbado e um viciado em montar e desmontar relógios podem trazer ao enredo??
mas ao longo desse gigantesco e desconfortável percurso eu pude entender e me aventurar em cada uma das personagens, ver suas fraquezas e principalmente aplaudir suas forças.

esse livro me tocou de uma forma surreal, a forma como o autor construiu a história e conectou todos, eu disse TODOS, os pontos não deixando nenhuma ponta sem nó foi incrível. o que você sente por essas pessoas: a empatia, raiva, desprezo, pena, carinho, amor e entre tantos outros sentimentos, é de partir o coração em muuuitos pedaços.

sobre a Anna, que personagem é essa? que mulher forte e brilhante, lutou e honrou seu nome até as últimas páginas do livro, apesar dos contratempos. Winge, meu caro, que homem espetacular, de uma inteligência admirável. e o nosso querido companheiro de guerra, leal amigo e meio sentinela (a criação dessa personagem foi muito bem feita, retratando todas as dificuldades e os problemas que o assombram). além, claro, das outras personalidades responsáveis por deixar o livro ainda mais brilhante.

é uma história de muuitos altos e baixos, você definitivamente não está no controle em que acredita estar, você irá se surpreender com tudo.

se você não leu ou está indeciso sobre essa leitura, por favor, leia!
seja forte e corajoso, vá até o final, desafie seus limites, deixe de lado todo o enjôo e sinta esse livro até a última palavra, você não vai se arrepender.

ps: perdão por algum erro ortográfico, tô nervosa kk

José Carlos 18/12/2021

Não foi para mim!
Não consegui gostar do livro! Com uma nota 4 no Skoob, esperava algo bem melhor! Achei muito enrolado, e com um desfecho sem graça!

Zá 07/12/2021

razoável
Achei o livro bastante maçante, leitura cansativa que em alguns momentos deu sono. A segunda e terceira parte são mais interessantes e não envolve os protagonistas, aliás, a personagem mais interessante tem pouquíssimo espaço: a Anna.

@buenos_livros 07/12/2021

1973 - Niklas Natt och Dag ??
?Dizem que uma pessoa muitas vezes encontra seu destino no caminho que pegou para evitá-lo.?
-
. 1973 (2017)
. Niklas Natt och Dag ??
. Tradução: Fernanda Abreu
. Romance | 432p.
. @intrinseca
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. Um thriller completo. No ambiente sombrio do fim do absolutismo na Suécia, uma dupla improvável investiga um assassinato brutal. Ótimos personagens, uma narrativa verossímil, com momentos que geram repulsa e um frio na espinha constante. Para quem gosta do gênero é uma ótima pedida!
. ????????

tatinomundodalua 24/10/2021

Brutal e magnífico
Logo de início, o que mais chamou minha atenção foi a ambientação da história. Seja pela "forte conexão" com a História do país ou por próprio mérito, o autor descreve uma Estocolmo suja, cruel, fria e, principalmente, realista. Basta a leitura das primeiras páginas para qualquer leitor, por mais alheio às minúcias históricas que seja, sentir-se entre as ruas e becos da cidade onde se passam os acontecimentos do livro.
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Pouco antes do final da primeira parte (o livro é dividido em quatro) ocorre uma revelação brutal que me fez respirar fundo para prosseguir a leitura com mais cautela. Não bastou. A partir daí a narrativa se torna ainda mais difícil de digerir; por isso, não recomendo para pessoas que, como eu, são mais sensíveis.
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Contudo, mesmo com a descrição gráfica e detalhada de acontecimentos que eu não poderia imaginar nem em meus piores pesadelos, o livro consegue ser magnífico. A escrita é impecável; a ambientação, como já mencionei, supera qualquer expectativa; o esquema de divisão do livro em quatro partes, entre as quatro estações e os diferentes narradores funcionou muito bem; e, por fim, o enredo e seus desdobramentos não decepcionam.

Carla 19/10/2021

Que livro chato!
O início tem uma narrativa meio arrastada, explicando os fatos e os personagens. O problema é que no final vc percebe que o livro inteiro é arrastado, nao só o início!
Na segunda parte entra o ponto de vista de outro personagem nao mencionado antes. Na terceira parte uma outra personagem aparece. E na ultima junta todos eles. Essa quebra é ruim, pq vc fica instigado a saber como continua a situaçao anterior, mas só fica na curiosidade!
O autor usa fatos que aconteceu em Estocolmo antigamente, bem como cita nomes como se eu soubesse quem são!
Não senti nenhum apego pelos personagens (inclusive um que tava morrendo), o vocabulário não é do mais fácil, sem nenhuma novidade no suspense... enfim! O que me fez dar 2? foram as duas ultimas paginas do livro.

Sabrina.Varges 14/10/2021

Passada
Genteeee estou passada com esse livro!!!

Aqui temos um triller de ficção histórica que vai muito além do que promete.
Temos claro um assassinato, que já adianto, é brutal. Mas a construção da ambientação, de personagens e do enredo em sí, faz com que seja um livro de profundidade incrível.
Esse livro é dividido em quatro partes, sendo as 4 estações do ano em 1793, e a questão política e social da época tem tudo a ver e faz toda a diferença na trama, por isso o título do livro pra mim é perfeito.
A morte recente do rei Gustav da Suécia, pobreza e fome na França, injustiça estrutural, corrupção, a morte de Maria Antonieta na guilhotina, tudo isso é pano de fundo para os acontecimentos do livro.
Cardell e Winge são nossos personagens principais que vão investigar o assassinato e em meio a isso os conhecemos melhor. Michael Cardell um sobrevivente da guerra, onde perdeu um dos braços e hoje vive bêbado corroído por traumas do passado. E Cecil Winge um investigador que está em seus ultimos dias de vida pois sofre de tubérculose em estado avançado. Uma aliança incomum entre homens que querem trazer justiça à um rapaz que sofreu uma morte brutal.

Amei a leitura do livro e ele cumpre o desafio @creepytober de autor que eu nunca li nada. Comecei bem kkk

Bruna 11/10/2021

1793
É um ótimo livro pra passar o tempo, mas infelizmente não me envolvi emocionalmente com os personagens nem com a história.
Recomendaria a história mesmo assim? talvez tenha lido num momento errado.

Pê Reck 07/10/2021

Gosta das duplas Sherlock-Watson ou Poirot-Hastings?
O livro começa mostrando o guarda Mickel Cardell acordando de ressaca por algumas crianças que alegam ter algo de estranho boiando no rio que corta um bairro da cidade de Estocolmo de 1793. O que ele acha é o corpo extremamente mutilado de um homem. Por causa da sua descoberta, Cardell conhece o responsável por investigar esse crime, o tísico Cecil Winge e passam a ser parceiros.
Bem, além da parceria que me lembrou demais as duplas Sherlock-Watson ou Poirot-Hastings (que adoro), há a ótima reconstituição de uma cidade europeia na virada do século 18 (suja, gente, suja demais) com a efervescência da revolução francesa e o ar meio CSI medieval.
Aliás, esse é mais uma ótima indicação que peguei no blog Momentum Saga, onde inclusive tem uma resenha bem mais estruturada.
Enfim, se vc gosta de enredos detetivescos e aguenta algumas descrições escatológicas, sigam tranquilo , leiam e comentem.

Alisson 23/09/2021

Livro pesado, cheio de gatilhos e com uma leitura densa.
Aqui conhecemos a Estocolmo de 1793 e é um livro escrito em quatro partes com vai e vem na história. Lembrar das estações do ano no hemisfério norte.
Como leitura confesso que não conseguiu me prender mas é bem escrito e faz bem a ligação entre as partes.

Emilio.Curcelli 23/09/2021

O livro possui uma bela escrita e consegue transportar o leitor para Estocolmo de 1793. Achei interessante como o autor monta sua trama como se fossem 4 historias interligadas, mostrando como transformar um homem em monstro é fácil.
O final surpreende mas não achei que de uma maneira boa.

Di Azevedo 11/09/2021

1793
Fazia muito tempo que eu não escrevia sobre livros. Eu perdi o gosto pela resenha, desde que percebi que minha opinião influenciava tanto, que se eu não gostasse de um livro, a pessoa dizia que não leria so por eu não ter gostado. E eu sinceramente acho muito injusto fazer isso, pq a pessoa nem se dá a oportunidade de ter sua própria experiência só pq outro disse que não gosto. Kk
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Só que hoje eu quero e vou falar um pouco desse livro:
O fato de a história se passar numa época tão distante, dos tempos atuais, me faz ficar reflexiva diante da situação da mulher naquela época, e na situação dela hoje.
Houveram muitas mudanças, obviamente. Mas a sociedade continua a tratar mulheres como meros objetos de prazer sexual. Seus corpos como moeda de troca, sua dignidade como algo sem o minimo valor.
Muitas de nós ainda não temos voz dentro da própria casa. Somos tratadas como promíscuas pela forma que nos vestimos e pela forma que nos comportamos.
Ainda não temos direito de sair na rua, sem correr o risco de sermos assediadas, violentadas e mortas.
Ainda nos tratam como prostitutas, seres inferiores, que não tem direito de simplesmente não querer alguém, ou não querer um filho.
Nos forçam a engravidar (uma mulher sem filhos, é uma mulher incompleta). Nos obrigam a aceitar que ser mãe é a unica coisa boa que poderemos oferecer ao mundo...
Francamente, após escrever tudo isso, chego a conclusão de que, 1793 não é diferente de 2021. Nós mulheres ainda temos muita luta pela frente. Que nossas filhas consigam viver num mundo melhor que o nosso.
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Di Azevedo

Diogo 09/09/2021

Brutal
"1793" é um romance policial histórico brutal, escatológico e repugnante. Foi por isso que o li. A sinopse me deixou curioso. Fiquei horrorizado? Não. Esperava algo mais vil. No fim das contas, talvez eu esteja calejado. Se você tem estômago fraco, será uma leitura difícil.

Alex07 08/09/2021

Finalmente terminei , livro muito pesado de ler , maçante.
Dividido em 4 partes
A primeira muito confusa , a segunda e terceira até que gostei já a última parte volta a ser maçante de novo
Enfim me decepcionei muito , e demorei demais para ler , não gostei .

Cirne 08/09/2021

Sádico, repulsivo e fascinante
Se "1793" estiver em uma prateleira, certamente, será um dos livros mais perturbadores ali presentes. A estreia do escritor sueco Niklas Natt Och Dag oferece um retrato da imunda e violenta Estocolmo no século 18. Acompanha-se a investigação de um crime chocante a partir de quatro personagens fundamentais para a trama: o advogado moribundo Cecil Wing, o sentinela bêbado Mickel Cardell, a jovem órfã Anna Stina Knapp e o aprendiz de cirurgião (e também golpista) Kristofer Blix. O caminho destas trágicas figuras acompanhará mortes, práticas de tortura, amputações, estupros, decapitações, tentativas de aborto e de automutilação. Não falta sangue escorrendo pelas páginas do livro.

Niklas poderia ser chamado de sádico em se munir de temáticas nauseantes, porém é extremamente habilidoso em engendrá-las a favor de um instigante mistério que se completa com maestria - e ainda oferece interessantes reviravoltas. Seu talento entrega também uma atmosfera pútrida, cujo fedor exala do livro aberto, para o passado da capital da Suécia, sendo fiel à sujeira e à crueldade do período histórico. Tal ambientação escatológica lembra a de "O perfume", de Patrick Süskind, enquanto a trama flerta com os romances sombrios e eróticos do argentino Federico Andahazi.

"1793" se tornou um fenômeno internacional e ainda recebeu diversos prêmios literários na Europa. Já ganhou a continuação "1974" (ainda inédita no Brasil) e deve ser finalizado como trilogia. De qualquer forma, o primeiro título é uma história concluída, sem necessidade dos demais. O resultado obtido por Natt Och Dag (curiosamente, traduzido como 'noite e dia') é um thriller repulsivo e fascinante.

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